O repórter Maurício Simionato, da Agência Folha em Campinas, ouviu uma testemunha cujo depoimento contraria a versão oficial sobre a morte de Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT. Ele foi assassinado em 10 de setembro de 2001 quando exercia o cargo de prefeito de Campinas (SP).
O Ministério Público e a Polícia concluíram que o crime foi acidental. Toninho teria sido baleado por atrapalhar a fuga de uma quadrilha, comandada por Wanderson Newton de Paula Lima, o Andinho.
A testemunha, um sushiman de codinome "Jack", conta que presenciou reuniões - entre 3 e 5 de setembro de 2001 - em um bingo de Campinas, no qual foi tramado o homicídio. Ele não nomina os participantes desses encontros, mas oferece várias pistas para sua identificação. Um deles seria traficante de drogas.
A viúva de Toninho, Roseana Garcia, que já depôs na CPI dos Bingos, acredita que o assassinato teve motivos políticos. Na comissão, ela criticou o Ministério Público e a Polícia Civil por não perseguir a linha de apuração apontada pelas revelações de "Jack".
O senador Eduardo Suplicy (PT) está buscando um contato com o sushiman e defende sua convocação pela CPI.