Poleto vai depor na CPI dos Bingos dia 8
Congresso em Foco
31/10/2005 | Atualizado às 15:43
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Autor da denúncia de que o PT teria recebido dinheiro de Cuba para financiar a campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, o economista Vladimir Poleto já está convocado a depor na CPI dos Bingos. O requerimento foi aprovado ainda no dia 30 de agosto, quando a comissão apurava a ligação de Poleto com o advogado Rogério Tadeu Buratti, que também sustenta a acusação contra os petistas na última edição da revista Veja.
O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), anunciou que vai marcar para a terça-feira (8) da semana que vem o depoimento do economista. Poleto e Buratti foram assessores de Antonio Palocci quando o atual ministro da Fazenda era prefeito de Ribeirão Preto (SP).
Na matéria, os dois confirmam a existência de um caixa dois montado dentro do PT com dinheiro vindo da ilha governada por Fidel Castro. Os recursos - US$ 3 milhões, segundo Buratti, US$ 1,4 milhão, de acordo com Poleto - teriam sido totalmente utilizados na campanha presidencial de Lula em 2002.
Na reportagem de capa de Veja, os dois descrevem à revista como o dinheiro teria sido transportado de Brasília a Campinas (SP) e, de lá, a São Paulo em duas caixas de uísque e em uma de rum cubano. A reportagem, porém, não especifica como a doação chegou ao Brasil. Poleto conta, inclusive, que teria feito o transporte da "encomenda" entre a capital federal e Campinas num avião Seneca, de propriedade do empresário Roberto Colnaghi, amigo do ministro da Fazenda.
Ele foi chefe de Controle Interno da Prefeitura de Ribeirão Preto em 2001, quando o atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci, era prefeito do município. Ele trabalhava em constante contato com Buratti. Na época da convocação, a CPI queria saber se Poleto tinha ligação com o esquema de tráfico de influência montado pelo advogado para a renovação do contrato da multinacional GTech com a Caixa Econômica Federal já no governo Lula.
A empresa é responsável pela administração do sistema das Loterias Federais e, para conseguir a prorrogação do serviço, teria pedido a Buratti que interferisse nas negociações junto à Caixa. No sigilo bancário do ex-assessor, estão registradas várias ligações para Poleto, o que levantou suspeitas na CPI.
Porém, o foco do depoimento do próximo dia 8 será mesmo a denúncia de doação de recursos pelo governo de Cuba à campanha de Lula. Pela legislação eleitoral, é vedado a qualquer candidato receber dinheiro de empresas ou governos estrangeiros. A punição para esse tipo de crime é a cassação do registro partidário, o que, tornaria, na prática, todos os petistas inelegíveis para a disputa de 2006.
O presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL-PB), anunciou que vai marcar para a terça-feira (8) da semana que vem o depoimento do economista. Poleto e Buratti foram assessores de Antonio Palocci quando o atual ministro da Fazenda era prefeito de Ribeirão Preto (SP).
Na matéria, os dois confirmam a existência de um caixa dois montado dentro do PT com dinheiro vindo da ilha governada por Fidel Castro. Os recursos - US$ 3 milhões, segundo Buratti, US$ 1,4 milhão, de acordo com Poleto - teriam sido totalmente utilizados na campanha presidencial de Lula em 2002.
Na reportagem de capa de Veja, os dois descrevem à revista como o dinheiro teria sido transportado de Brasília a Campinas (SP) e, de lá, a São Paulo em duas caixas de uísque e em uma de rum cubano. A reportagem, porém, não especifica como a doação chegou ao Brasil. Poleto conta, inclusive, que teria feito o transporte da "encomenda" entre a capital federal e Campinas num avião Seneca, de propriedade do empresário Roberto Colnaghi, amigo do ministro da Fazenda.
Ele foi chefe de Controle Interno da Prefeitura de Ribeirão Preto em 2001, quando o atual ministro da Fazenda, Antonio Palocci, era prefeito do município. Ele trabalhava em constante contato com Buratti. Na época da convocação, a CPI queria saber se Poleto tinha ligação com o esquema de tráfico de influência montado pelo advogado para a renovação do contrato da multinacional GTech com a Caixa Econômica Federal já no governo Lula.
A empresa é responsável pela administração do sistema das Loterias Federais e, para conseguir a prorrogação do serviço, teria pedido a Buratti que interferisse nas negociações junto à Caixa. No sigilo bancário do ex-assessor, estão registradas várias ligações para Poleto, o que levantou suspeitas na CPI.
Porém, o foco do depoimento do próximo dia 8 será mesmo a denúncia de doação de recursos pelo governo de Cuba à campanha de Lula. Pela legislação eleitoral, é vedado a qualquer candidato receber dinheiro de empresas ou governos estrangeiros. A punição para esse tipo de crime é a cassação do registro partidário, o que, tornaria, na prática, todos os petistas inelegíveis para a disputa de 2006.
