O empresário Paulo Nei de Almeida, dono da construtora Espaço Aberto, negou nesta quinta-feira, em depoimento à CPI dos Correios, que tenha havido irregularidades na construção, ainda não concluída, da sede dos Correios em Florianópolis.
A empresa é responsável pela obra que, segundo relatório do Tribunal de Contas da União, causou prejuízo de R$ 6 milhões para a estatal. Almeida disse que a obra foi iniciada em 2001, após uma licitação, e foi interrompida um ano depois por divergências técnicas entre a construtora e os Correios a respeito do projeto.
Dois anos depois a Espaço Aberto e a estatal firmaram um acordo na Justiça para que a obra fosse retomada.
"Para compensar prejuízos com material parado e deterioração foi necessário aumentar o preço total da obra de R$ 21 milhões para R$ 28 milhões", afirmou Almeida.
O empresário confirmou que tem amizade com políticos locais e que financiou duas campanhas políticas, do PV e do PFL. Mas disse que os acordos foram resolvidos na Justiça e sem intermediação política. O sub-relator de Contratos da CPI, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) disse que a comissão não tem como investigar o caso, que terá de ser resolvido no Tribunal de Contas da União.