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As artes dos senadores

Congresso em Foco

8/9/2005 | Atualizado às 11:02

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Luciana Navarro


Barítono de uma ópera-bufa que pôs em cartaz os podres poderes da República, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) não é o único parlamentar que dedica os momentos de ociosidade política às artes. Enclausurado em seu apartamento funcional em Brasília, Jefferson fez de clássicos italianos, como "Cuore Ingrato" e "Torna a Surriento", a trilha sonora da tragicomédia na qual mergulhou o governo Lula após suas denúncias.

Tampouco não se deve creditar à atuação teatral de alguns membros do Congresso Nacional nos trabalhos das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) a única habilidade artística de deputados e senadores. Conhecido historicamente como a casa legislativa que reúne a elite política e intelectual do parlamento, o Senado também se destaca pelo número de artistas que ocupam suas cadeiras.

Pelo menos cinco deles chamam a atenção pelo sucesso fora do palco do plenário: os senadores José Sarney (PMDB-AP), Ney Suassuna (PMDB-PB), Marcelo Crivella (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES) e Marco Maciel (PFL-PE). Música e literatura são as artes que mais despertam o interesse dos parlamentares.

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Suassuna, o eclético

Entre eles, no entanto, nenhum é mais eclético do que o líder do PMDB. Primo do escritor Ariano Suassuna, Ney Suassuna revela que "tem a arte no sangue". Segundo conta, começou a pintar ainda "na época do colegial", hoje chamado de ensino médio. "Cheguei a lecionar Técnicas de Pintura no colégio Sacre Coeur de Marie, no Rio de Janeiro", lembra.

Os quadros de Suassuna podem ser vistos nas paredes do corredor da ala Rui Carneiro do Senado, do gabinete e dos colégios do senador, como o Anglo-Americano, no Rio de Janeiro.

Além da pintura, a literatura é outra arte que desperta o interesse de Suassuna. Ainda que não tenha o mesmo talento do primo - autor de clássicos como "O Auto da Compadecida" e "A Farsa da Boa Preguiça" - o senador já publicou quatro livros. Depois da estréia, com uma obra voltada para a área em que é especialista, a administração de empresas, o peemedebista liberou seus sentimentos na forma de poesia.

Em "Ousadia", lançado em 2001, os poemas de Suassuna versam sobre amor, família, cotidiano e, claro, política. O segundo livro, "Desafios", publicado em 2003, traz temas mais ousados. Ainda naquele ano, lançou "Desenhos e Poesias", obra que reúne texto e ilustrações do senador. Enquanto concilia a liderança do partido no Senado, o parlamentar se dedica agora à primeira investida na prosa. Promete trazer breves histórias bem-humoradas de suas memórias.

Sem nunca ter estudado música, Suassuna também se aventura pelas partituras e compõe algumas canções. Quando pode, junta uma arte à outra. Foi o que fez com poesias do seu segundo livro. Em parceria com o arranjador Marcelo Bernardi e o compositor paraibano Antônio Barros, da dupla Antônio Barros & Ceceu, musicou os textos e criou o "Primeiro CD", lançado juntamente com o livro. Algumas músicas foram gravadas pela cantora Maíra Barros, pela Som Livre.

A última aventura artística de Suassuna foi a peça teatral "Democracia Tropical". De autoria do senador, o musical inaugurou o Centro Cultural Suassuna, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A peça narra a história da democracia desde os tempos da Grécia antiga até hoje. O musical faz uma crítica ao sistema eleitoral e aos antigos coronéis.

Mas os dotes de Suassuna para as artes não se encerram na pintura, na música e na literatura. "Me arrisco também na cozinha", diz, orgulhoso. A comida preferida é a nordestina, mas ele garante que sabe fazer "de tudo". O senador conta que aprendeu a cozinhar cedo para suprir a falta da mãe. "A dor ensina a gemer", relata.



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