Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
30/10/2016 | Atualizado 26/4/2018 às 22:31
 
 
 [fotografo]EBC[/fotografo][/caption]Em média, nas 57 cidades que tiveram segundo turno das eleições deste ano, 32,5% dos eleitores não compareceram às urnas ou não escolheram nenhum candidato na disputa. No total, o número chegou a 10,7 milhões de eleitores que optaram pela ausência do debate. Desse total, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 17,58% não foram votar, 4,28% votaram em branco e outros 12,41% preferiram anular.
Na cidade do Rio de Janeiro, a soma de votos nulos, brancos e de abstenções no segundo turno chegou a 41,5%.  Em Cuiabá (MT), alcançou 41,03%.
Veja os resultados das eleições de 2016, cidade por cidade
Para o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, o alto índice de abstenções enfraquece e debilita os mandatos, especialmente em um momento delicado como o atual. Na avaliação dele, o índice de abstenções, apesar de mostrar uma descrença do brasileiro com a política, não traduz toda a realidade.
"Verificamos, por exemplo, que, nos estados onde a biometria avançou mais, a abstenção caiu de 18% para 10% ou 11%. Nestes locais, os cadastros estão mais atualizados. Isto foi constatado fazendo uma leitura crítica dos números da Justiça eleitoral. Sobre eles pesam outros fatores, como pessoas que morreram recentemente e que ainda constam como ausentes, ou ainda pessoas que mudaram de domicílio e que também entram na estatística dos ausentes", afirmou Gilmar Mendes.
Questionado sobre a possibilidade do voto no Brasil deixar de ser obrigatório, o ministro afirmou que o caminho não é este. "Queria aproveitar para me posicionar contrário àqueles que se manifestam contra o voto obrigatório. O Chile acaba de fazê-lo e acaba também de colher um catastrófico resultado. O nível de abstenção foi de 60%, o que é um fato de deslegitimação brutal das eleições", afirmou.
Escolas ocupadas 
Devido às manifestações de estudantes, que ocupam escolas em todo o país em protesto contra a aprovação da PEC 241 - que cria um teto de gastos públicos - o custo das eleições aumentou em R$ 3 milhões. Foi necessário mudar alguns colégios eleitorais de endereço, principalmente no estado do Paraná.
Em Curitiba, por exemplo, que foi a mais afetada pelas ocupações, cerca de 700 mil eleitores precisaram ser realocados para outros locais de votação. "Não foi só um incomodo, talvez alguma contribuição tenha se dado para a abstenção", afirmou Gilmar Mendes.
Segundo balanço divulgado pelo TSE com quase 100% das urnas apuradas, foram registradas 293 ocorrências com eleitores. Dessas, 94 resultaram em prisões. Do total de prisões, 61 ocorreram por "boca de urna"; quatro por propaganda ilegal; uma por uso irregular de alto-falantes; uma por transporte ilegal de eleitores; e 27 por motivos não informados pelo tribunal.
 
Confira aqui os resultados das eleições de 2016, cidade por cidade
[fotografo]EBC[/fotografo][/caption]Em média, nas 57 cidades que tiveram segundo turno das eleições deste ano, 32,5% dos eleitores não compareceram às urnas ou não escolheram nenhum candidato na disputa. No total, o número chegou a 10,7 milhões de eleitores que optaram pela ausência do debate. Desse total, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 17,58% não foram votar, 4,28% votaram em branco e outros 12,41% preferiram anular.
Na cidade do Rio de Janeiro, a soma de votos nulos, brancos e de abstenções no segundo turno chegou a 41,5%.  Em Cuiabá (MT), alcançou 41,03%.
Veja os resultados das eleições de 2016, cidade por cidade
Para o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, o alto índice de abstenções enfraquece e debilita os mandatos, especialmente em um momento delicado como o atual. Na avaliação dele, o índice de abstenções, apesar de mostrar uma descrença do brasileiro com a política, não traduz toda a realidade.
"Verificamos, por exemplo, que, nos estados onde a biometria avançou mais, a abstenção caiu de 18% para 10% ou 11%. Nestes locais, os cadastros estão mais atualizados. Isto foi constatado fazendo uma leitura crítica dos números da Justiça eleitoral. Sobre eles pesam outros fatores, como pessoas que morreram recentemente e que ainda constam como ausentes, ou ainda pessoas que mudaram de domicílio e que também entram na estatística dos ausentes", afirmou Gilmar Mendes.
Questionado sobre a possibilidade do voto no Brasil deixar de ser obrigatório, o ministro afirmou que o caminho não é este. "Queria aproveitar para me posicionar contrário àqueles que se manifestam contra o voto obrigatório. O Chile acaba de fazê-lo e acaba também de colher um catastrófico resultado. O nível de abstenção foi de 60%, o que é um fato de deslegitimação brutal das eleições", afirmou.
Escolas ocupadas 
Devido às manifestações de estudantes, que ocupam escolas em todo o país em protesto contra a aprovação da PEC 241 - que cria um teto de gastos públicos - o custo das eleições aumentou em R$ 3 milhões. Foi necessário mudar alguns colégios eleitorais de endereço, principalmente no estado do Paraná.
Em Curitiba, por exemplo, que foi a mais afetada pelas ocupações, cerca de 700 mil eleitores precisaram ser realocados para outros locais de votação. "Não foi só um incomodo, talvez alguma contribuição tenha se dado para a abstenção", afirmou Gilmar Mendes.
Segundo balanço divulgado pelo TSE com quase 100% das urnas apuradas, foram registradas 293 ocorrências com eleitores. Dessas, 94 resultaram em prisões. Do total de prisões, 61 ocorreram por "boca de urna"; quatro por propaganda ilegal; uma por uso irregular de alto-falantes; uma por transporte ilegal de eleitores; e 27 por motivos não informados pelo tribunal.
 
Confira aqui os resultados das eleições de 2016, cidade por cidade 
 
 
 Temas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas