Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Ações na Justiça restringem liberdade de expressão

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Ações na Justiça restringem liberdade de expressão

Congresso em Foco

9/1/2013 | Atualizado 26/4/2018 às 14:36

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
[caption id="attachment_97457" align="alignright" width="290" caption="Para o presidente da Abraji, Justiça tem sido usada para restringir o trabalho de jornalistas"][fotografo]Antônio Cruz/ABr[/fotografo][/caption]Apesar de a liberdade de expressão estar garantida na Constituição como um dos direitos e garantias fundamentais, ela nem sempre é respeitada no Brasil. Por via judicial ou até mesmo com ameaças de mortes, a imprensa brasileira enfrentou uma série de percalços no ano passado. Na maioria dos casos, são os próprios agentes do poder público que acionam os meios legais - ou até mesmo os caminhos fora da lei - para tentar calar os jornalistas. Salário de servidor é público, consagra Justiça Juiz nega indenização a ex-diretor-geral do Senado O resultado desse cenário é que o Brasil está em quinto lugar no ranking dos piores países para a prática do jornalismo, segundo levantamento da organização internacional Repórteres sem Fronteiras (RSF). O país fica atrás somente da Síria, Somália, Paquistão - que enfrentam guerra civil - e México. No ano passado, quatro jornalistas foram assassinados no país, enquanto vários outros sofreram ameaças de morte por denúncias publicadas contra agentes públicos. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Marcelo Moreira, o fato chamou tanto a atenção de órgãos internacionais que obrigou o governo brasileiro a tomar atitudes práticas. "O quadro é muito ruim, mas há um lado positivo nessa história. Há uma percepção das autoridades de que isso é um problema. Já vemos que existe uma preocupação do governo em tomar alguma medida prática para diminuir a violência contra jornalistas", disse. Essa preocupação não se traduziu até agora em nenhuma medida concreta. Houve, no entanto, um primeiro passo, que foi a criação de uma comissão formada pelas principais organizações de jornalismo do país e órgãos do governo para propor ações que, de acordo com o presidente da Abraji, "possam de fato contribuir para diminuir esse tipo de violência". "Na verdade, o jornalista não é diferente de ninguém da sociedade. O que a gente pede é que aconteça o que já é lei. Que medidas sejam tomadas. Agora, apesar do jornalista ser igual a qualquer outra pessoa da sociedade, quando se provoca ou quando se faz um atentado contra um jornalista por causa do trabalho que ele exerce, é um atentado contra o direito de acesso a informação e à liberdade de expressão", afirmou. Caminhos legais Apesar de seguirem caminhos legais, os processos judiciais têm sido usados em alguns casos de forma abusiva para inviabilizar o funcionamento de veículos, principalmente os menores. Na opinião do presidente da Abraji, essa tática também representa uma violência contra os meios de comunicação. Segundo o jornalista, não existem dados concretos sobre o número de processos impetrados contra jornalistas e contra os meios de comunicação, mas é perceptível que está havendo um aumento do número de casos. "É uma tentativa de tentar calar a imprensa, usando métodos não ortodoxos, embora legais. A indústria de processos é uma arma usada pelos corruptos para tentar fazer com que a verdade não surja. Não é uma violência física, mas é uma violência brutal da mesma forma", afirma Marcelo Moreira. Um exemplo foi a tentativa de inviabilizar a atividade do Congresso em Foco pela via econômica. Em 2011, 50 processos foram impetrados contra o site pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis) e por funcionários do Senado que tiveram seus nomes divulgados por terem recebido salários acima do teto constitucional. A relação constava de uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em 2009. Processos em massa ameaçam Congresso em Foco Tudo sobre supersalários A maior parte das ações foi movida nos juizado especiais, pedindo indenização no valor máximo permitido para os chamados tribunais de pequenas causas: R$ 21,8 mil cada uma. No total, as indenizações reclamadas judicialmente somaram R$ 1,6 milhão. O valor, se tivesse que ser pago, inviabilizaria as atividades do site. No entanto, a Justiça já julgou improcedentes 42 ações. Blog Mesmo não sendo jornalista, o advogado capixaba Gustavo Bassini Schwartz foi obrigado a retirar seu blog do ar após uma queixa feita pela Associação de Magistrados do Espírito Santo (Amages). O blog "Direito de Família" denuncia e repercute notícias sobre os bastidores da Ordem dos Advogados no Estado (OAB-ES) e do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). A Amages argumentou na Justiça que Gustavo publicava onteúdo calunioso, difamatório e injurioso contra magistrados capixabas. O juiz Cleanto Guimarães Siqueira, da 2ª Vara Cível de Vila Velha (ES), acolheu a queixa contra o advogado, a empresa titular do CNPJ do site e também do provedor UOL, que o hospedava. O juiz Cleanto Siqueira ordenou, em sua decisão, que o site retirasse do ar todas as matérias envolvendo membros da Amages e proibiu qualquer menção futura a eles. Caso descumprisse a decisão, Gustavo teria que pagar multa diária de R$ 10 mil e poderia ser preso. "Como a decisão foi tomada um dia antes do início do recesso forense, só poderei apresentar o recurso depois de 18 de janeiro. Dessa forma, tive que tirar o site do ar porque não havia a possibilidade técnica de apagar notícia por notícia. Assim, homenagens a juristas importantes do nosso estado também foram tiradas do ar", relata o advogado. Ele também questiona a decisão judicial porque o juiz que proferiu a sentença é um dos denunciados por seu blog em matérias que o relacionavam a corrupção e nepotismo. Gustavo Bassini acredita que a iniciativa do processo contra ele é resultado de perseguição feita por "uma meia-dúzia de juízes de Vila Velha". "Eles querem me destruir. A manobra que fizeram contra mim foi suja, mas eu vou continuar lutando pelos meios legais", disse. O advogado acredita que só conseguirá reverter a situação quando o processo chegar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para ele, o país enfrenta uma "ditadura branca" em que políticos e agentes públicos utilizam os instrumentos democráticos para calar a imprensa: "Acho esta ditadura branca em que estamos muito pior porque não há nada escancarado. Fazem isso hoje com todo o requinte de crueldade do que chamam de processo democrático e fica parecendo que você teve chance de defesa, mas na verdade não se teve chance nenhuma. Mas a Justiça tem entendido a importância da liberdade de imprensa e eu acho que essa estratégia não persistirá", afirmou. Ameaça parlamentar No fim dos trabalhos parlamentares de 2012, o senador Magno Malta (PR-ES) fez um discurso em plenário em que pediu a investigação, sem citar o nome, do jornalista Marcos Rosetti, editor do site Agência Congresso, pela polícia do Senado e pela Polícia Federal por uma suposta invasão ao seu gabinete. O caso surgiu quando Rosetti quis levantar informações sobre as viagens feitas pelo senador com a verba indenizatória do Senado. O jornalista alega que Magno Malta concede passagens para sua namorada, filhas e assessores. "O senador me acusou de ter invadido o seu gabinete para procurar informações contra ele. Eu nunca fiz isso. As informações que obtive estão publicadas no site do Senado. Basta acessar a internet. O que ele está tentando fazer é me intimidar, porque sou de um veículo muito pequeno, mas lido por gente de outros veículos maiores. Ele está tentando queimar na fonte", argumenta Rosetti. Segundo o jornalista, em cinco anos de existência o seu site já foi processado três vezes pelo senador. "Em todas as vezes nós conseguimos provar que as informações publicadas são verdadeiras. Se ele não quiser ser alvo de denúncias, é só andar na linha", acrescenta Marcos Rosetti. Por meio de sua assessoria, o senador informou que "defende todo o tipo de transparência na vida pública, jamais negou entrevista a nenhum veículo de comunicação e condena qualquer tipo de censura". Ele afirmou ainda que sofreu violação em seu site no Congresso Nacional e na sua página  particular. "Temeroso com Marcos Rosetti, que usando recursos aéticos e perversos ameaça Magno Malta, e em virtude do assédio impulsivo do jornalista, o senador Magno Malta sente-se no dever de denunciar, mesmo sem citar nomes, a perigosa estratégia do repórter", disse. Veja ainda: Salário de servidor é público, consagra Justiça O que o Congresso em Foco já publicou sobre a farra das passagens aéreas no Congresso Tudo sobre supersalários
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures supersalários

Temas

Reportagem Justiça

LEIA MAIS

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

DEPUTADA FORAGIDA

Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

DEPUTADA FORAGIDA

Itália diz que busca Zambelli e que Bolsonaro não pediu cidadania

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

COMÉRCIO

Câmara vota fim da regra que exige acordo para trabalho em feriados

2

Piso Salarial

Comissão da Câmara aprova piso salarial para tradutores e intérpretes

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Grupo de políticos brasileiros tenta sair de Israel pela Jordânia

4

TRÊS PODERES

Entenda as "emendas paralelas" que entraram no radar do STF

5

Agenda

Lula participa de Cúpula do G7 no Canadá

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES