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Milionário assume mandato de Delcídio sem nunca ter recebido um voto

Congresso em Foco

10/5/2016 | Atualizado 11/5/2016 às 2:18

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[caption id="attachment_242826" align="alignleft" width="295" caption="Delcídio e seu suplente, Pedro Chaves"][fotografo]Divulgação[/fotografo][/caption]Aos 75 anos, o empresário Pedro Chaves dos Santos Filho vai assumir o mandato no Senado sem nunca ter recebido um voto na vida e na condição de dono da quarta maior fortuna declarada entre todos os 81 senadores. O suplente de Delcídio do Amaral (MS), cuja cassação do mandato foi aprovada pelo Plenário nesta terça-feira (10), declarou em 2010 à Justiça eleitoral possuir uma fortuna de R$ 69 milhões (valor não atualizado). O empresário nunca foi candidato a qualquer cargo eletivo e só ingressou na política em 2010 ao aceitar o convite de Delcídio para ser seu primeiro suplente. Dos atuais integrantes do Senado, apenas Tasso Jereissati (PSDB-CE), com R$ 389 milhões, Blairo Maggi (PR-MT), com R$ 152,4 milhões, e Eunício Oliveira (PMDB-CE), com R$ 99 milhões, informaram possuir patrimônio superior. Entre os bens declarados por Chaves, terras, imóveis, três apartamentos no Rio, dois aviões Cessna, quota de R$ 962 mil da Mace, importante grupo educacional de Mato Grosso do Sul, e investimento bancário de R$ 30,6 milhões. Além de Delcídio, o empresário filiado ao PSC mantém relações estreitas com outro acusado de envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, o também empresário e pecuarista sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula. Bumlai foi preso em 24 de novembro, um dia antes do então líder do governo no Senado, acusado de participar de um esquema de corrupção e fraude para pagar dívidas de campanha da reeleição da presidente Dilma. Neca Chaves, filha do suplente de Delcídio, é casada com Fernando Bumlai, herdeiro do pecuarista. "Enorme identificação" Em mensagem publicada no site de Delcídio na época da campanha, Chaves dizia ter "enorme identificação" com o companheiro de chapa. "Nunca pensei em entrar para a política, mas o convite me deixou sensibilizado a participar, especialmente porque sei que, juntos, poderemos tocar grandes projetos na área de educação e formação de mão de obra, para que o nosso Estado continue crescendo e se desenvolvendo", afirmou em 2010. Naquele ano, o empresário declarou à Justiça eleitoral ter doado como pessoa física R$ 350 mil à campanha de Delcídio. A mulher dele, Reni Domingos, doou outros R$ 350 mil. Em 2014, Pedro Chaves coordenou a campanha de Delcídio do Amaral ao governo de Mato Grosso do Sul. A disputa foi vencida pelo tucano Reinaldo Azambuja. Se Delcídio tivesse sido eleito governador, Chaves teria quatro anos de mandato no Senado, mesmo sem ter recebido um único voto. O empresário e educador começou sua trajetória como diretor da escola Mace em 1971. Três anos depois, criou o Centro de Ensino Superior de Campo Grande (Cesup), transformado na década de 90 na Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp). Em 2007 o empresário vendeu a Uniderp por R$ 246 milhões ao grupo Anhanguera, de São Paulo. Quebra de decoro O Conselho de Ética do Senado aprovou, no último dia 3, parecer pela cassação do mandato de Delcídio. De acordo com o relatório aprovado pelo colegiado, "não há qualquer dúvida de que o senador Delcídio do Amaral abusou de sua prerrogativa constitucional". Em seu voto, o relator argumentou que o colega desrespeitou o Código de Ética e Decoro Parlamentar. O então líder do governo no Senado foi preso em 25 de novembro do ano passado depois de ser flagrado em uma conversa com Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, discutindo um plano para obstruir as ações da Operação Lava Jato. A defesa de Delcídio diz que ele foi vítima de uma "chantagem explícita" para ajudar Cerveró. Ele só foi solto em 19 de fevereiro após fazer acordo de delação premiada. Por cinco oportunidades o senador não compareceu às reuniões do Conselho de Ética para se defender pessoalmente das acusações. O parlamentar compareceu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nessa segunda-feira (9) e disse ter agido "a mando" do ex-presidente Lula e da presidente Dilma. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já denunciou Delcídio ao Supremo Tribunal Federal. Além de obstruir as investigações, ele é acusado de participar do esquema de corrupção na Petrobras. O parecer do Conselho de Ética foi aprovado nesta noite pelo Plenário do Senado. Mais sobre Delcídio do Amaral Mais sobre a Operação Lava Jato
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