Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Dilma vira ré em processo de impeachment

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Dilma vira ré em processo de impeachment

Congresso em Foco

10/8/2016 | Atualizado às 21:42

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Temer conta com apoio folgado no Congresso, mas enfrenta denúncias de envolvimento na Lava Jato

Temer conta com apoio folgado no Congresso, mas enfrenta denúncias de envolvimento na Lava Jato
[caption id="attachment_256011" align="alignleft" width="300" caption="Presidente afastada será julgada pelos senadores na fase final do processo"][fotografo]Elza Fiúza/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Por 59 votos a 21, sem abstenções, os senadores aprovaram há pouco o parecer de Antonio Anastasia (PSDB-MG) sobre o processo de impeachment e a presidente afastada Dilma Rousseff passa oficialmente à condição de ré em processo por crime de responsabilidade (veja abaixo como cada senador votou). Após a conclusão desta segunda etapa, que registrou o discurso de 47 oradores, Dilma irá a julgamento na fase final do processo, em sessão prevista para ser realizada a partir de 25 de agosto. Em raro registro sobre o número de presentes, o painel eletrônico do plenário mostrava quórum de 81 senadores em boa parte da sessão - mas, ao final dos trabalhos, exatamente às 2h38 desta quarta-feira (10), 80 nomes ainda constavam dos registros. Foram mais de 16 horas de sessão em plenário para que o relatório de Anastasia, uma vez aprovado, abrisse caminho para o último ato no Senado, depois de um período de oito meses de disputas - enredo iniciado com a decisão pró-impeachment por parte do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciada em 2 de dezembro e vista como vingança por aliados da presidente afastada. Coube a Sérgio Petecão (PSD-AC) proferir o último discurso da jornada inciada às 9h44, quando uma rodada de questões de ordem teve e início e consumiu toda a manhã desta terça-feira (9). Por coincidência, também pertence ao PSD o primeiro senador a discursar na tarde de ontem - José Medeiros (MT), estreante no Legislativo federal. Ambos votaram contra Dilma. Conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a votação de hoje é encarada como um termômetro para o  julgamento final. Nesta etapa, exige-se ao menos 41 votos para que o texto seja aprovado - ou seja, o grupo contrário ao retorno da presidente ao cargo conseguiu quase 20 votos a mais. A margem dá mais segurança ao presidente interino Michel Temer, cada vez mais próximo da confirmação no cargo como efetivo, para a votação definitiva. No dia 12 de maio, o afastamento da presidente foi aprovado por 55 votos, no que foi a primeira sinalização de que a petista não teria vida fácil no Senado. Todos os senadores contra Dilma mantiveram o posicionamento, e ainda contaram com a adesão de outros quatro parlamentares. Por outro lado, a presidente afastada perdeu um voto entre os 22 da primeira votação - João Alberto Souza (PMDB-MA), aliado do ex-presidente da República José Sarney e presidente do Conselho de Ética do Senado. A exemplo do que fez naquela ocasião, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou. [caption id="attachment_256142" align="alignright" width="399" caption="Em registro quase inédito, painel mostra a presença de 81 senadores"][fotografo]Fábio Góis/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]Fla x Flu No encaminhamento final para a votação, defesa e acusação falaram por 30 minutos, cada, para o conjunto do plenário. E, de novo, ganhou protagonismo em plenário o duelo verbal entre a tese de "golpe", defendida pelos partidários de Dilma, e a do cumprimento à Constituição, à luz da legislação sobre crime de responsabilidade, argumentação dos parlamentares pró-impeachment. "Ela não merece mais governar o Brasil, porque a forma com que ela governou levou o Brasil ao desastre em que ele se encontra. E de que forma ela governou? Ela governou através da obscuridade, através da mentira", fustigou o jurista Miguel Reale Jr., que se encarregou da explanação acusatória. Para o especialista, senadores devem levar em conta para a definição seus votos o "conjunto da obra", isso é, a reunião de supostos malfeitos de Dilma. "Quem afasta o presidente da República pelo conjunto da obra é o povo, na eleição!", rebateu o ex-ministro da Advocacia-Geral da União José Eduardo Cardozo, que faz a defesa de Dilma desde a fase inicial de tramitação do processo na Câmara. "Há desrespeito constitucional pelos eleitores de Dilma Rousseff", acrescentou. Depois da discussão entre defesa e acusação, senadores ainda tiveram que deliberar sobre três destaques para votação em separado, com quatro oradores (dois contra e dois a favor) inscritos para discutir cada um deles. Os destaques se referiam às chamadas pedaladas fiscais (Plano Safra) e assinatura de dois decretos de crédito orçamentário alegadamente sem autorização do Congresso (um de R$ 29 bilhões, assinado em 27 de julho de 2015; e outro de R$ 600 milhões, com a data de R$ 20 de agosto do mesmo ano). Senadores contra o impeachment queriam retirar do relatório a configuração de crime de responsabilidade atribuída a Dilma nesses três pontos. Mas, com ampla maioria em plenário, a base aliada de Temer suplantou a minoria favorável à petista e rejeitou todos os destaques. Rito A partir da aprovação do parecer, acusação e defesa serão intimadas para que apresentem, em até 48 horas, o libelo acusatório - termo jurídico utilizado para a consolidação das acusações e provas produzidas durante as investigações - e, também, a contra-argumentação. Nesse momento, tanto acusação quanto defesa terão que apresentar os nomes das seis testemunhas a serem convocadas para cada lado. Os autores da denúncia contra Dilma - os juristas Miguel Reale Jr., Hélio Bicudo e Janaína Paschoal - já informaram que pretendem entregar o libelo acusatório no prazo de 24 horas, com o objetivo de adiantar a finalização do processo. Já a defesa de Dilma garante que usará todo o tempo definido na legislação pertinente para apresentar a contra-argumentação. A sessão de julgamento ainda não foi marcada oficialmente, e só será agendada após o recebimento dos documentos da acusação e da defesa. Além disso, as partes precisam ser notificadas com dez dias de antecedência. [caption id="attachment_256143" align="alignleft" width="300" caption="Temer conta com apoio folgado no Congresso, mas enfrenta denúncias de envolvimento na Lava Jato"][fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Temores Nos bastidores, o Palácio do Planalto tem pressa e trabalha para que o julgamento aconteça ainda no mês de agosto, para que Michel Temer deixe a condição de interino e possa comparecer à reunião do G-20 já como presidente efetivo. O encontro será realizado na China, nos dias 4 e 5 de setembro. Mas o que preocupa Temer de fato, segundo adversários (principalmente petistas), é a sequência de notícias sobre delações premiadas da Operação Lava Jato envolvendo Temer e alguns de seus ministros - entre eles o presidenciável tucano José Serra, ora titular do Ministério das Relações Exteriores, acusado de ter recebido R$ 23 milhões via caixa dois. Já o presidente interino recebeu, de acordo uma das delações, R$ 10 milhões em dinheiro vivo. Tanto Serra quanto Temer, assim como os demais ministros, têm recorrentemente negado as acusações - um deles, Romero Jucá (PMDB-RR), também foi alvejado por denúncias e, em consequência, perdeu o posto de ministro do Planejamento. Além disso, governistas temem que o processo de cassação de Cunha seja aprovado na Câmara antes da votação final sobre Dilma, embora haja articulação no sentido contrário. Na avaliação de parlamentares ligados a Temer, o peemedebista pode, uma vez fora do mandato e sem a prerrogativa de foro privilegiado, rebelar-se por ter de ser julgado pelo juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato em primeira instância e conhecido pelo rigor na punição a investigados por corrupção. Assusta o Palácio do Planalto, de acordo com fontes próximas ao presidente interino, a possibilidade de que uma delação premiada de Cunha atinja diversos parlamentares de vários partidos, principalmente o PMDB, além do próprio Temer. Último passo A sessão que definirá o futuro político de Dilma será novamente conduzida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. Para condenar a presidente é preciso o voto de pelo menos 54 dos 81 senadores. Neste caso, Dilma deixa definitivamente o cargo, perde os direitos políticos por oito anos e Michel Temer é efetivado na Presidência da República. Caso contrário, a presidente é absolvida e reassume imediatamente o mandato. Veja o voto de cada senador sobre o relatório de Anastasia:
  • Acir Gurgacz (PDT-RO) - SIM
  • Aécio Neves (PSDB-MG) - SIM
  • Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) - SIM
  • Alvaro Dias (PV-PR) - SIM
  • Ana Amélia (PP-RS) - SIM
  • Angela Portela (PT-RR) - NÃO
  • Antonio Anastasia (PSDB-MG) - SIM
  • Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) - SIM
  • Armando Monteiro (PTB-PE) - NÃO
  • Ataídes Oliveira (PSDB-TO) - SIM
  • Benedito de Lira (PP-AL) - SIM
  • Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) - SIM
  • Cidinho Santos (PR-MT) - SIM
  • Ciro Nogueira (PP-PI) - SIM
  • Cristovam Buarque (PPS-DF) - SIM
  • Dalirio Beber (PSDB-SC) - SIM
  • Dário Berger (PMDB-SC) - SIM
  • Davi Alcolumbre (DEM-AP) - SIM
  • Edison Lobão (PMDB-MA) - SIM
  • Eduardo Amorim (PSC-SE) - SIM
  • Eduardo Braga (PMDB-AM) - SIM
  • Eduardo Lopes (PRB-RJ) - SIM
  • Elmano Férrer (PTB-PI) - NÃO
  • Eunício Oliveira (PMDB-CE) - SIM
  • Fátima Bezerra (PT-RN) - NÃO
  • Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) - SIM
  • Fernando Collor (PTC-AL)- SIM
  • Flexa Ribeiro (PSDB-PA) - SIM
  • Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) - SIM
  • Gladson Cameli (PP-AC) - SIM
  • Gleisi Hoffmann (PT-PR) - NÃO
  • Hélio José (PMDB-DF) - SIM
  • Humberto Costa (PT-PE) - NÃO
  • Ivo Cassol (PP-RO) - SIM
  • Jader Barbalho (PMDB-PA) - SIM
  • João Alberto Souza (PMDB-MA) - SIM
  • João Capiberibe (PSB-AP) - NÃO
  • Jorge Viana (PT-AC) - NÃO
  • José Agripino (DEM-RN) - SIM
  • José Aníbal (PSDB-SP) - SIM
  • José Maranhão (PMDB-PB) - SIM
  • José Medeiros (PSD-MT) - SIM
  • José Pimentel (PT-CE) - NÃO
  • Kátia Abreu (PMDB-TO) - NÃO
  • Lasier Martins (PDT-RS) - SIM
  • Lídice da Mata (PSB-BA) - NÃO
  • Lindbergh Farias (PT-RJ) - NÃO
  • Lúcia Vânia (PSB-GO) - SIM
  • Magno Malta (PR-ES) - SIM
  • Marta Suplicy (PMDB-SP) - SIM
  • Omar Aziz (PSD-AM) - SIM
  • Otto Alencar (PSD-BA) - NÃO
  • Paulo Bauer (PSDB-SC) - SIM
  • Paulo Paim (PT-RS) - NÃO
  • Paulo Rocha (PT-PA) - NÃO
  • Pedro Chaves (PSC-MS) - SIM
  • Raimundo Lira (PMDB-PB) - SIM
  • Randolfe Rodrigues (Rede-AP) - NÃO
  • Regina Sousa (PT-PI) - NÃO
  • Reguffe (sem partido/DF) - SIM
  • Renan Calheiros (PMDB-AL) - pres./nâo vota
  • Ricardo Ferraço (PSDB-ES) - SIM
  • Ricardo Franco (DEM-SE) - SIM
  • Roberto Muniz (PP-BA) - NÃO
  • Roberto Requião (PMDB-PR) - NÃO
  • Roberto Rocha (PSB-MA) - SIM
  • Romário (PSB-RJ) - SIM
  • Romero Jucá (PMDB-RR) - SIM
  • Ronaldo Caiado (DEM-GO) - SIM
  • Rose de Freitas (PMDB-ES) - SIM
  • Sérgio Petecão (PSD-AC) - SIM
  • Simone Tebet (PMDB-MS) - SIM
  • Tasso Jereissati (PSDB-CE) - SIM
  • Telmário Mota (PDT-RR) - NÃO
  • Valdir Raupp (PMDB-RO) - SIM
  • Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) - NÃO
  • Vicentinho Alves (PR-TO) - SIM
  • Waldemir Moka (PMDB-MS) - SIM
  • Wellington Fagundes (PR-MT) - SIM
  • Wilder Morais (PP-GO) - SIM
  • Zeze Perrella (PTB-MG) - SIM
  Mais sobre impeachment Mais sobre crise brasileira
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

pictures Senado STF impeachment Dilma Dilma Rousseff Renan Calheiros Ricardo Lewandowski golpe votação Michel Temer supremo tribunal federal Antonio Anastasia crise política Hélio bicudo janaina paschoal Miguel Reale Jr. crise brasileira

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Propostas legislativas

Mês do Orgulho: veja projetos em prol da comunidade LGBTQIAPN+

JUDICIÁRIO

Moraes determina soltura do ex-ministro Gilson Machado, preso em PE

Justiça

Moraes pede à Meta para analisar perfis atribuídos a Mauro Cid

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Prisão à vista

PF descobre localização de Carla Zambelli na Itália

2

RETRATAÇÃO

Ex-ministro da Defesa pede perdão ao advogado após depoimento no STF

3

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

4

DEPUTADA FORAGIDA

Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

5

PERFIL

Entenda quem é Gilson Machado, quarto ex-ministro preso de Bolsonaro

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES