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Congresso em Foco
13/7/2017 | Atualizado às 17:26
A base governista parece ter mudado de lado no cabo de guerra sobre a data da apreciação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário da Câmara dos Deputados. O Planalto fazia articulação no sentido de apressar a votação por entender que assim conseguiria vencer a disputa. No entanto, a exigência do quórum mínimo de 342 deputados - dois terços dos 513 parlamentares - para abrir a sessão preocupou o governo, que decidiu mudar de estratégia.
Em entrevista na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC), o integrante da "tropa de choque" de Temer e o vice-líder do governo, Darcísio Perondi (PMDB-RS), falou sobre o encontro de líderes governistas e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) na residência oficial do deputado do DEM. Aqueles mais próximos a Temer tentaram convencer o presidente da Casa a permitir a abertura da sessão com 257 deputados.
De acordo com o que relatou Perondi, Maia teria negado o pedido, o que motivou a revisão da estratégia governista. Maia chegou a fazer um apelo aos colegas para que permanecessem em Brasília durante o recesso. A oposição, no entanto, já anunciou a intenção de obstruir a votação, caso seja pautada ainda em julho.
No fim de solenidade de anúncio de liberação de recursos para a saúde pela realizada no Palácio do Planalto manhã desta quinta-feira (13), ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que a tarefa de alcançar quórum é dos deputados que defendem a admissibilidade. "Pode ser agora, pode ser em agosto. Foi uma posição pessoal do presidente Rodrigo Maia (exigir quórum de 342 deputados) e nós temos que nos resignar. O presidente da Casa é quem comanda a pauta", disse. "Estamos trabalhando e vamos continuar trabalhando. Teremos uma vitória magistral hoje na Comissão de Constituição e Justiça", acrescentou Padilha.
De acordo com o Poder360, Temer ainda na noite de ontem tentava evitar o recesso parlamentar. Ele teria telefonado para o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Assim, conseguiu adiar para as 16h a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A aprovação da LDO oficializa o início da folga de meio de ano, a partir de 18 de julho. Com o telefonema, o presidente evitou que a votação da LDO atropelasse a sessão desta manhã da CCJ da Câmara, que era fundamental para tentar derrubar já na sexta-feira, em plenário, o pedido de abertura de processo. Mas agora os governistas concluíram que não terão quórum, e não adianta impedir o recesso.
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