Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
18/7/2016 | Atualizado às 15:33
[fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr[/fotografo][/caption]O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse à Folha de S.Paulo que não haverá "dogmas" na venda de ativos da estatal, mas descartou a privatização da companhia. Uma das hipóteses estudadas por Parente é o controle compartilhado, chamado por ele de "cocontrole", com o setor privado de algumas subsidiárias, como a BR Distribuidora e a Transpetro.
"Na hipótese de a gente abrir a maior parte do controle, é com cocontrole", afirmou. Nesse caso, segundo ele, três condições terão de ser levadas em conta: a maximização do valor dos ativos, a preservação da empresa verticalizada e a manutenção dos seus interesses estratégicos.
Para ele, privatizar a estatal é um "dogma" que não está no horizonte da companhia nem da sociedade brasileira no momento. "Não acho que a sociedade brasileira esteja madura para sequer discutir, isto sim é dogma, a privatização da Petrobras. Eu acho que o trabalho que a gente tem de fazer é transformar a Petrobras de volta na maior empresa brasileira", declarou.
Pedro Parente avalia que a "intencionalidade" e não o "gigantismo" da Petrobras abriu caminho para o esquema de corrupção na estatal revelado pela Operação Lava Jato. "Eles dariam uma volta em qualquer tipo de sistema porque, no fim do dia, a consecução da prática não se dava na própria empresa, na assinatura dos contratos. Esse dinheiro saía depois de fazer o pagamento [às empreiteiras], conforme as delações. Tenho visto afirmarem que o regime de compras da Petrobras foi uma das causas. Eu tenho dúvidas. Porque havia uma claríssima intencionalidade de agir daquela forma", disse.
Um mês após ter assumido a presidência da empresa, Parente avalia que a gestão anterior, liderada por Aldemir Bendine, estancou a "hemorragia" da companhia, mas que ainda há problemas a enfrentar - o principal deles, o nível de endividamento da empresa. "Logo depois da capitalização, em 2010, a Petrobras tinha dívida equivalente a menos de uma vez sua geração de caixa. Quatro anos depois, saltou para quatro vezes a geração de caixa. E [isso foi gasto] em projetos que depois se mostraram totalmente equivocados, desastrosos. Veja por exemplo o Comperj, no qual a empresa investiu US$ 13 bilhões, mas não obteve nenhum retorno".
Engenheiro formado pela Universidade de Brasília (UnB), Pedro Parente foi ministro da Casa Civil e do Planejamento no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Após deixar o governo, presidiu a Bunge Brasil e foi vice do grupo RBS.
Leia a íntegra da entrevista na Folha de S.Paulo
Mais sobre Petrobras
Mais sobre economia brasileiraTags
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Crise no Rio reforça necessidade da PEC da Segurança, diz relator
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos