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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Erick Mota
9/4/2020 | Atualizado às 17:19
![[fotografo] Agência Brasil [/fotografo] [fotografo] Agência Brasil [/fotografo]](https://static.congressoemfoco.com.br/2020/04/Demolicao_RJ_0382.jpg) 
 
 Prefeitura do Rio de Janeiro higieniza áreas da Rocinha para combater coronavírus. [fotografo] Marcos de Paula/Prefeitura do Rio [/fotografo][/caption]Como exemplo, a entidade mostra a situação do município de Japeri, na Baixada Fluminense, que "possui o maior adensamento habitacional excessivo, com 14% dos domicílios nesta condição. A favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, lidera entre as regiões administrativas da capital, seguido por Maré, Rocinha, Cidade de Deus, Zona Portuária e Santa Cruz".
O coordenador da pesquisa, Vitor Mihessen, aponta que a falta de acesso a direitos não vem de hoje e que, diante da pandemia de covid-19, não é diferente. "A pandemia tem escancarado as desigualdades nas metrópoles, o indicador de adensamento habitacional excessivo do Rio ajuda a mostrar que é preciso assegurar habitação adequada e renda básica para a população permanecer em distanciamento social", aponta Vitor.
As favelas no Brasil abrigam 5,2 milhões de mães, com média de 2,7 filhos cada uma.
"Quando a gente fala evitem aglomerações,tem uma quantidade enorme de pessoas que vivem em famílias numerosas em casas de um único cômodo. Essas pessoas ao ficarem em casa estão aglomeradas", alertou o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), para a TV Câmara na terça-feira (8).
 Prefeitura do Rio de Janeiro higieniza áreas da Rocinha para combater coronavírus. [fotografo] Marcos de Paula/Prefeitura do Rio [/fotografo][/caption]Como exemplo, a entidade mostra a situação do município de Japeri, na Baixada Fluminense, que "possui o maior adensamento habitacional excessivo, com 14% dos domicílios nesta condição. A favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio, lidera entre as regiões administrativas da capital, seguido por Maré, Rocinha, Cidade de Deus, Zona Portuária e Santa Cruz".
O coordenador da pesquisa, Vitor Mihessen, aponta que a falta de acesso a direitos não vem de hoje e que, diante da pandemia de covid-19, não é diferente. "A pandemia tem escancarado as desigualdades nas metrópoles, o indicador de adensamento habitacional excessivo do Rio ajuda a mostrar que é preciso assegurar habitação adequada e renda básica para a população permanecer em distanciamento social", aponta Vitor.
As favelas no Brasil abrigam 5,2 milhões de mães, com média de 2,7 filhos cada uma.
"Quando a gente fala evitem aglomerações,tem uma quantidade enorme de pessoas que vivem em famílias numerosas em casas de um único cômodo. Essas pessoas ao ficarem em casa estão aglomeradas", alertou o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ), para a TV Câmara na terça-feira (8).
 Não é à toa que levantamento do Instituto Locomotiva, em parceria com Data Favela, mostra que 75% dos moradores de favelas se sentem muito preocupados com sua saúde diante da pandemia de coronavírus. Mas quando se trata de parentes idosos a preocupação aumenta, chegando a 90%.
Os pais também sentem medo de transferir a doença aos filhos. No total, 82% dos entrevistados se disseram muito preocupados em transmitir covid-19 aos filhos.
Não é à toa que levantamento do Instituto Locomotiva, em parceria com Data Favela, mostra que 75% dos moradores de favelas se sentem muito preocupados com sua saúde diante da pandemia de coronavírus. Mas quando se trata de parentes idosos a preocupação aumenta, chegando a 90%.
Os pais também sentem medo de transferir a doença aos filhos. No total, 82% dos entrevistados se disseram muito preocupados em transmitir covid-19 aos filhos.
Além do vírus, a pandemia atingirá as comunidades carentes em outros pontos. Segundo o levantamento, ao menos 60% dos moradores de favelas ficarão sem ter o que comer em uma semana, caso não haja uma intervenção estatal.
O mesmo levantamento chama a atenção para o fato de que, praticamente nenhum dos 1.808 entrevistados, residentes em 269 favelas, têm alimento para um mês. A pesquisa foi feita no último fim de semana.
Usado politicamente por apoiadores de Jair Bolsonaro para contrariar o isolamento horizontal - única medida defendida pela OMS como eficaz para conter a pandemia -, o fato de que muitos moradores de periferia precisam sair de suas casas para ir atrás do alimento de cada dia também foi apontado pela pesquisa. Oito em cada dez moradores de favelas no país precisam sair das comunidades para conseguir alimentos e itens de higiene. Ceilândia em 1971 - Arquivo GDF[/caption]
Ceilândia já surgiu como fruto da desigualdade social. O seu surgimento, segundo conta nos documentos públicos do governo do DF, foi em decorrência da Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que foi o primeiro projeto de erradicação de favelas realizado no Distrito Federal pelo governador Hélio Prates. As remoções para a nova cidade foram iniciadas em 27 de março de 1971, estabelecendo a data de sua fundação a partir da transferência de, aproximadamente, 80.000 moradores de antigas favelas.
Hoje, apenas 1/3 dos moradores de Ceilândia trabalham no local, os trabalhadores, em grande medida, no Plano Piloto, e é justamente na região central de Brasília que está mais de 50% dos casos de coronavírus do Distrito Federal.
"A nossa média no Distrito Federal é de três a quatro pessoas por família. Em Santa Luzia, por exemplo, que é uma invasão na Estrutural, as casas são só com sala, cozinha e banheiro. As salas viram quarto a noite. A pessoa não tem como isolar seus parentes. Por isso que o nosso maior medo dessa epidemia chegar na periferia é por esse fator", declara Max.
 Ceilândia em 1971 - Arquivo GDF[/caption]
Ceilândia já surgiu como fruto da desigualdade social. O seu surgimento, segundo conta nos documentos públicos do governo do DF, foi em decorrência da Campanha de Erradicação de Invasões (CEI), que foi o primeiro projeto de erradicação de favelas realizado no Distrito Federal pelo governador Hélio Prates. As remoções para a nova cidade foram iniciadas em 27 de março de 1971, estabelecendo a data de sua fundação a partir da transferência de, aproximadamente, 80.000 moradores de antigas favelas.
Hoje, apenas 1/3 dos moradores de Ceilândia trabalham no local, os trabalhadores, em grande medida, no Plano Piloto, e é justamente na região central de Brasília que está mais de 50% dos casos de coronavírus do Distrito Federal.
"A nossa média no Distrito Federal é de três a quatro pessoas por família. Em Santa Luzia, por exemplo, que é uma invasão na Estrutural, as casas são só com sala, cozinha e banheiro. As salas viram quarto a noite. A pessoa não tem como isolar seus parentes. Por isso que o nosso maior medo dessa epidemia chegar na periferia é por esse fator", declara Max.
 
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