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Urgência climática
2/7/2025 10:00
Um estudo recente publicado na revista científica Nature Climate Change alerta que, dentro de três anos, poderemos ultrapassar o limite crítico de 1,5C de aquecimento global estabelecido pelo Acordo de Paris. Essa pesquisa, baseada em dados de emissões globais e cenários climáticos rigorosamente avaliados por cientistas do IPCC, reforça a urgência de medidas imediatas e eficazes.
Neste contexto, a realização da COP30 no Brasil é especialmente simbólica. Ao sediar a conferência no coração da Floresta Amazônica, reforçamos a importância crucial de preservar a maior floresta tropical do planeta. O mundo espera que o Brasil apresente soluções concretas e lidere o caminho para enfrentar a atual crise climática.
Sabemos que o Brasil possui algumas das leis de proteção ambiental mais rigorosas do mundo. No entanto, infelizmente, isso não tem sido suficiente para proteger efetivamente a Amazônia. Foi com essa realidade em mente que o Congresso Nacional identificou no mercado de carbono uma excelente oportunidade para promover o desenvolvimento sustentável, financiando a transição energética a partir da preservação das nossas florestas.
Como relator desta importante lei, trabalhei para garantir o respeito ao direito à propriedade privada, permitindo assim a participação de todos os proprietários privados e usufrutuários de terras no mercado de créditos de carbono. Essa decisão estratégica amplia significativamente o alcance do mercado e reforça a responsabilidade socioambiental, criando incentivos financeiros reais para manter nossas florestas em pé.
A aprovação da Lei 15.042, na forma como o texto final foi finalizado pelo Congresso, é um claro sinal da disposição do Parlamento brasileiro em contribuir para o combate às mudanças climáticas. Este marco regulatório coloca o Brasil em posição privilegiada para, de um lado, pressionar os grandes emissores a reduzirem suas emissões e, por outro, oferecer a países subdesenvolvidos uma via sustentável de desenvolvimento econômico, sem a necessidade de destruir suas riquezas naturais.
A contagem regressiva para o ponto de não retorno climático está cada vez mais próxima. Temos pouco tempo para decidir se faremos da transição energética uma grande oportunidade de crescimento sustentável, ou se seremos forçados a adotar medidas urgentes e paliativas, sem a garantia de um futuro seguro para a humanidade. O Brasil pode e deve assumir o protagonismo nesse desafio global, e a COP30 será nossa plataforma para mostrar ao mundo que estamos prontos e comprometidos com um futuro mais justo, sustentável e próspero.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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