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Relações Internacionais

Lula e o desmonte da credibilidade brasileira no cenário internacional

Nova tarifa dos EUA sobre exportações é reflexo de decisões ideológicas que isolam o Brasil.

Rosana Valle

Rosana Valle

17/7/2025 10:20

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O Brasil está prestes a enfrentar mais um revés, fruto direto do fanatismo ideológico que hoje comanda o país. Enquanto a população convive com o custo de vida nas alturas, o desemprego e a instabilidade, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acumula gafes no exterior, desgasta relações comerciais e expõe a nação a constrangimentos diplomáticos.

Como jornalista há mais de 25 anos e, há dois mandatos, deputada federal, aprendi que a imagem de um país não se sustenta apenas com discursos. Ela se constrói - ou se destrói - por meio de atitudes concretas. E o que temos testemunhado é um processo acelerado de desmonte da credibilidade brasileira no cenário internacional.

Lula tem prejudicado a reputação do Brasil com falas desastrosas, gestos impensados e alianças questionáveis. Ao lado da primeira-dama, protagonizou um sem-número de episódios constrangedores que deixaram o país em situação vexatória.

Na mais recente reunião do Brics (grupo de nações com potencial econômico emergente), o presidente ultrapassou mais uma linha sensível da diplomacia. Diante de líderes internacionais, sugeriu que o bloco buscasse formas de realizar transações comerciais sem depender do dólar. Para analistas especializados, essa declaração foi o estopim. Poucos dias depois, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), anunciou taxação de até 50% sobre produtos brasileiros, uma resposta direta à tentativa do governo Lula de enfraquecer a moeda americana e assumir uma postura hostil em relação aos norte-americanos.

Declarações e alianças equivocadas de Lula provocam perdas comerciais e desrespeitam interesses do país.

Declarações e alianças equivocadas de Lula provocam perdas comerciais e desrespeitam interesses do país.Ricardo Stuckert/PR

O Brasil, que historicamente sempre manteve sólida relação com os Estados Unidos, passou a emitir sinais contraditórios ao apoiar regimes autoritários e financiadores do terrorismo. Trump não ignorou estes movimentos. E a resposta veio. O governo brasileiro, por sua vez, não apresentou reação firme, nem estratégia clara. Preferiu o silêncio, o improviso e a construção de uma narrativa mais eleitoral do que institucional.

É preciso ser objetiva: Trump não agiu por impulso. Reagiu a meses de provocações, de discursos ideológicos e à quebra do equilíbrio que sempre pautou a política externa brasileira. Ele não atacou, apenas respondeu.

Na diplomacia, assim como na vida, é necessário saber escolher as batalhas. E o atual governo, pelo visto, optou pelas erradas. Rompeu com democracias consolidadas, divergiu publicamente de aliados históricos e se aproximou de regimes autoritários, como Irã, Venezuela, Cuba e Rússia - só para citar algumas. Quem semeia confronto, colhe retaliação.

Lula age como se estivesse acima das consequências, sem considerar o impacto de suas escolhas. Parece ainda preso ao palanque eleitoral de 2022. Em vez de governar com equilíbrio, prefere agradar a uma bolha ideológica e negligenciar os verdadeiros interesses do Brasil. Troca estratégia por vaidade, diálogo por conflito, e respeito por isolamento.

Agora, tenta transferir a culpa pela nova taxação imposta ao Brasil para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas o povo não é ingênuo. Quem governa, hoje, é Lula. O mandato é dele. E a responsabilidade por cada decisão internacional, também.

Houve tempo para planejar. Houve alertas suficientes. O governo teve a oportunidade de reposicionar o país diante da mudança política dos Estados Unidos. No entanto, preferiu insistir em provocações e discursos vazios. Alimentou narrativas, desprezou riscos e, como resultado, falhou.

Os prejuízos já são palpáveis. A nova tarifa ameaça diretamente as exportações que passam pelo maior porto do Hemisfério Sul. Produtos como suco de laranja, café, siderurgia e commodities agrícolas estão sob risco. Isso significa menos carga, queda na receita, perda de empregos e mais dificuldades para quem vive do setor portuário. O Porto de Santos-SP, orgulho de nossa economia, não pode ser penalizado pela imprudência diplomática do governo federal.

Com a imagem do Brasil abalada e novas barreiras comerciais surgindo, quem sofre é o povo: trabalhadores, produtores, exportadores, empreendedores e consumidores. A arrogância custa caro - e o preço, mais uma vez, será pago pelo país.

Chegou o momento de resolver. Cabe ao presidente Lula cessar as provocações, abandonar a retórica divisionista e retomar a diplomacia como ferramenta de solução, não como palco de confrontos ideológicos. Não há mais tempo para culpas alheias, nem para desculpas eleitorais. O Brasil exige responsabilidade, maturidade e ação.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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