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A revitalização do centro de São Paulo e o papel estratégico da iniciativa privada

Reocupar a região histórica exige menos burocracia, incentivos a novos negócios e parcerias para gerar segurança e empregos.

Cris Monteiro

Cris Monteiro

7/7/2025 18:00

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A revitalização do centro antigo de São Paulo é uma pauta cada vez mais urgente. Durante décadas, essa região, que já foi símbolo do dinamismo econômico e cultural da cidade, foi marcada por processos de esvaziamento, degradação e insegurança. Entre janeiro e julho de 2023, os bairros da Sé e Campos Elíseos enfrentaram um agravamento da segurança pública, com 4.398 casos de roubo, o maior número já registrado, representando um aumento de 3,5% em comparação ao mesmo período de 2022. No mesmo intervalo, também houve um salto preocupante na presença diária de pessoas na região da Cracolândia, com drones identificando, em média, 1.200 indivíduos por dia, um crescimento de 27,8%. Como consequência desse cenário, 23 comércios da área foram forçados a encerrar suas atividades apenas nos primeiros três meses do ano.

Diante desse contexto, a pauta de reocupação urbana tem ganhado força em conjunto com a promoção da moradia e da reestruturação dos espaços públicos. Essas são estratégias importantes para a revitalização do centro da cidade de São Paulo, que demanda um pacote de estratégias que não se referem apenas a requalificação de fachadas, reforma de calçadas ou aumento da oferta habitacional. Para que a transformação seja efetiva, é importante garantir também a presença ativa da iniciativa privada, promovendo empregabilidade, parcerias e segurança.

Habitação, trabalho e investimentos articulados podem devolver vitalidade ao coração da capital paulista.

Habitação, trabalho e investimentos articulados podem devolver vitalidade ao coração da capital paulista.Oslaim Brito/Thenews2/Folhapress

Mais do que um território físico, o centro histórico é um espaço de convivência, trabalho e circulação. E é justamente por isso que a recuperação econômica da região precisa caminhar junto da reocupação urbana. A atração de empresas, startups, escritórios, lojas e serviços é parte fundamental de um projeto que almeja devolver ao centro sua vitalidade de décadas atrás. Geração de empregos, circulação de renda, iluminação natural das ruas e maior vigilância espontânea são algumas das externalidades positivas que a iniciativa privada pode promover nesse contexto.

Além disso, a presença do setor privado viabiliza parcerias importantes com o poder público, seja por meio de concessões, adoção de espaços públicos, naming rights ou investimentos em segurança e zeladoria. Uma região com mais comércios ativos também favorece o adensamento urbano inteligente, com mais pessoas morando e trabalhando no mesmo território, reduzindo deslocamentos e aumentando a sensação de segurança. Para isso, o poder público precisa reduzir entraves regulatórios, simplificar processos de licenciamento e facilitar parcerias que conectem o setor público ao setor produtivo. Mais do que oferecer incentivos pontuais, é urgente rever a carga tributária que incide sobre empreendedores, especialmente em regiões centrais, onde o custo de operação já é elevado. A excessiva tributação se tornou uma barreira real à retomada econômica e à presença de novos negócios.

Revitalizar o centro é viabilizar habitação e, ao mesmo tempo, promover trabalho, segurança, dinamismo econômico e inovação social. Isso passa, necessariamente, pela construção de um ambiente de negócios mais racional e acessível, com menor carga tributária e maior segurança jurídica. Com o envolvimento direto da iniciativa privada, em diálogo com políticas públicas bem desenhadas, o centro de São Paulo tem potencial para deixar de ser visto como um problema urbano e voltar a ser um espaço pulsante.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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