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Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

Quando a violência contra um povo se banaliza, a civilização inteira adoece.

Cris Monteiro

Cris Monteiro

11/6/2025 10:52

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Já passou da hora de compreendermos que toda vez que se ataca um grupo étnico, religioso ou cultural, não é apenas aquele grupo que sofre. A humanidade como um todo é ferida. O antissemitismo não é um problema dos judeus, nem de Israel. É um problema da sociedade. Sempre que o ódio, a intolerância e a violência se tornam instrumentos de expressão, todos nós adoecemos. O que está em risco além da segurança de um povo, são os próprios valores que sustentam a convivência civilizatória.

Nesse mesmo sentido, os atentados de 7 de outubro de 2023, quando Israel foi brutalmente atacado pelo grupo terrorista Hamas, não foram apenas um ataque contra um país. Foram um ataque contra os princípios mais básicos de dignidade humana. A barbárie daquele dia, que deixou milhares de vítimas, escancarou uma realidade do avanço do antissemitismo em escala global.

O episódio mais recente dessa escalada foi o atentado na Embaixada de Israel em Washington, D.C., que tirou a vida de dois israelenses. É mais um capítulo trágico de uma onda de ódio que ultrapassa fronteiras, continentes e línguas. Esses ataques não são isolados. Eles se somam a um cenário alarmante de crescimento do antissemitismo no mundo.

Chegada de brasileiros repatriados.

Chegada de brasileiros repatriados.Pedro Ladeira/Folhapress

O Brasil, infelizmente, reflete essa tendência global. Entre 2022 e 2024, as denúncias de antissemitismo cresceram 350%, segundo relatório da Conib. Só em 2024, foram identificadas 84.971 menções antissemitas na internet, com destaque para as redes X (48%) e Instagram (37%) como principais plataformas de disseminação. O ambiente digital concentrou 73% das denúncias, um aumento significativo em relação aos 51% de 2022. Além disso, ocorreram casos presenciais, como vandalismo e agressões, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que concentram 40% das denúncias. O aumento foi impulsionado principalmente após o início do conflito entre Israel e Hamas em outubro de 2023, revelando, segundo especialistas, uma crescente radicalização desde 2019.

Esses números escancaram que o antissemitismo não é um problema distante, nem restrito a outros países. Ele está presente entre nós. E quando se normaliza esse discurso, quando se aceita o antissemitismo como parte do debate público ou como uma manifestação de opinião, abre-se espaço para que outras formas de intolerância também cresçam e se fortaleçam.

Diante disso, não podemos deixar prevalecer o ódio e a impunidade. Além de, claro, ser fundamental que a sociedade e as instituições ajam com rigor, aplicando as leis já existentes contra antissemitas, a resposta para esses casos também precisa ser respeito e, acima de tudo, educação. Só por meio de uma educação que promova o entendimento da história e que combata ativamente a desinformação, será possível construir uma cultura de paz. É justamente por isso que combater o antissemitismo não é uma causa isolada, nem uma luta de uma única comunidade. É um dever de todos aqueles que acreditam em um mundo mais livre e mais humano. Porque, quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade.


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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