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Dulce Pereira
Roberta Eugênio
Para mais mulheres na política, uma nova cultura de direitos
Roberta Eugênio
Dulce Pereira
11/3/2021 17:19
Por entre caminhos políticos cada vez mais desastrosos, de negação de direitos ao povo, silenciamentos e instituições viciadas por práticas e pessoas que evitam o encontro com o que somos -uma sociedade racista, misógina, lgbtfóbica, de classes, nesses últimos três anos houve um trabalho continuado, conduzido pela própria família de Marielle, mas também por cada mulher e homem brasileiro que se insurge contra os ataques ao povo brasileiro, e que hoje se materializa na luta contra a fome, contra a abertura de novas covas rasas e pela vacina.
Desde seu assassinato não pararam de brotar "sementes", em tantos espaços quanto pudermos olhar. A ancestralidade nos ensina sobre um conhecimento que torna-se coletivo e que acompanha as ações, as dúvidas, os espinhos e o desabrochar de sucessos.
Há três anos girassóis se espalhavam pelas ruas, nas escadarias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, simbolizando a marca de quem ali brilhou e compartilhando a mensagem de que outras viriam - e vieram, sem que nos esquecêssemos de quem Marielle Franco foi -e pela ancestralidade, é.
Os girassóis, desde então, nunca pararam de ser lançados na política nacional através de pronunciamentos, projetos de lei, ideais políticos e novos corpos - cada vez mais coletivos.
Sem dúvida, o que mais queríamos era um Delorean que voltasse no tempo, que o assassinato não passasse de um atentado infrutífero, e que Marielle, com sua voz maviosa repetisse no dia seguinte, do púlpito da Câmara de Vereadores, que não iriam calá-la novamente.
Mas na impossibilidade de fazer no presente o passado desejado, hoje projetamos o futuro com o que ela fez. Acompanhamos o florescer de suas palavras por onde quer que esteja um defensor de direitos humanos, um parlamentar que paute a política de forma interseccional e responsiva ao genocídio da população negra, no enfrentamento à violência contra mulheres e LGBTQIs, na reivindicação por auxílio emergencial, isolamento e vacina para todos.
Marielle está (e permanecerá) presente nas lutas e vidas de cada um de nós.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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