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Ricardo Cappelli
Lula ou Bolsonaro: quem se arrisca a cravar o resultado final?
Ricardo Cappelli
Ricardo Cappelli
24/4/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:38
A pesquisa XP que testou Bolsonaro e Moro no mesmo cenário, em dezembro de 2019, mostrou que o presidente perde pouco. Sem Moro, alcança 33% das intenções de voto. Contra Moro, recua para 28% e o ex-juiz vai a 15%, empatando com Haddad (16%) e Ciro (13%). Perder 5 pontos para assumir a direção da PF e proteger a família pode ser um custo razoável.
Doria, Caiado, Witzel e Joyce estão em festa. Não será fácil Moro sobreviver na planície até 2022. Ele está cercado de inimigos poderosos por todos os lados. Possui muitos flancos. De toda forma, é um poderoso reforço no time da oposição de direita.
O agora ex-ministro fez questão de bater em Lula na sua despedida, deixando claro que sua saída é mais um capítulo da briga entre a direita e a extrema-direita.
A esquerda continua como aquele penetra animado que fica na porta da festa tentando entrar de qualquer jeito. Vai transformar Moro - talvez o mais perigoso agente da inteligência norte-americana no Brasil - em herói nacional do impeachment? O que ele fala contra Lula é mentira, mas o que fala contra Bolsonaro é verdade? Frente Ampla com Moro?
Esta jogada foi mais uma tentativa de recolocar a presidência da República como o poder moderador. Dilma e Temer fragilizaram o executivo, abrindo espaço para a ascensão do judiciário, do legislativo e das corporações. O c
apitão tenta recolocar todos dentro das suas caixinhas.
A construção de uma base política com o Centrão, a demissão de Mandetta e o rompimento com a Lava Jato marcam uma nova fase. O presidente chutou parte da classe média e vai tentar se agarrar ao povo. Vai funcionar?
Por isso o próximo alvo parece ser Guedes. O vírus engoliu a agenda fiscalista do ministro da Economia. O presidente vai cair abraçado ao posto Ipiranga? O pró-Brasil está a caminho. Votos ou mercado? A escolha será inevitável.
Bolsonaro é um beócio genocida, mas seus movimentos parecem ser bem orientados. A pauta na sociedade é outra. A agenda da Lava Jato desapareceu. Haveria melhor momento para assumir a PF e se livrar de um concorrente incômodo? Moro saiu. E daí?
> Declarações de Moro podem acelerar impeachment de Bolsonaro, dizem políticos e juristas

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