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Ricardo Cappelli
Lula ou Bolsonaro: quem se arrisca a cravar o resultado final?
Ricardo Cappelli
Ricardo Cappelli
17/7/2020 | Atualizado 10/10/2021 às 17:34
Claro que o resultado da economia sempre pode desestabilizar o governo. Neste setor, os resultados de 2021 e 2022 serão piores ou melhores do que o desastre de 2020?
O capitão está reorganizando o seu governo. Trocou seus líderes na Câmara. Avançou no acordo com o Centrão. Está tentando estabilizar sua relação com o STF. Conseguiu calar por 20 dias seu principal opositor: ele mesmo. Arrefeceu a agenda ideológica e deu novamente centralidade à pauta econômica.
Não existe oposição com uma estratégia definida. Ainda estamos na fase de acordos pontuais em torno de questões específicas, importantes, mas insuficientes.
Com o risco de impeachment cada vez mais distante, quem será o principal adversário do capitão em 2022? A oposição liberal seguirá dividida entre Moro, Doria, Huck, Mandetta e outros? A convergência destes atores pode colocá-los no segundo turno contra o presidente?
A ressaca das eleições municipais será dura e educativa. Só uma reviravolta improvável, com a unificação das candidaturas progressistas, poderia mudar este quadro.
Tragédias têm o poder de provocar profundas reflexões. Costumam promover mudanças drásticas nas formas de ver e compreender o mundo.
Pelo amor ou pela dor, sua excelência, a realidade, sempre acaba se impondo. Nestas horas, nada fala mais alto que o instinto de sobrevivência. Ele vai gritar em 2021.
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