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20/11/2016 | Atualizado 10/10/2021 às 16:26

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Entre a perplexidade e o temor pelo futuro, o mundo recebeu a notícia sobre a vitória de Donald Trump nas eleições americanas. Trump fez uma campanha em tom de populismo autoritário, contra todo o establishment, contra os políticos - já vimos esse filme perto de nós, radicalizando o discurso conservador, mas fora dos padrões tradicionais, onde não foram poucas as declarações desastradas. Trump derrotou não só o Partido Democrata, Hillary Clinton e  Obama. Derrotou também todo o sistema político, inclusive o comando institucional do próprio Partido Republicano. A vitória de Trump revela, em meu ponto de vista, um fenômeno universal das democracias contemporâneas: o distanciamento crescente da sociedade do quadro partidário clássico. Há hoje na Europa e nos EUA um mal-estar com os caminhos da civilização. Os riscos são enormes. [caption id="attachment_270582" align="alignright" width="430" caption=""Trump acenou com a piora na legislação de controle às armas. Prometeu construir um muro na fronteira com o México orçado em 25 bilhões de dólares""][/caption] A democracia é assim. Não é um sistema perfeito. É tentativa e erro, aprendizado permanente. Acerta sempre  no atacado e no longo prazo, apresenta, às vezes, surpresas desagradáveis no varejo e no curto prazo. Trump surfou em cima do desemprego produzido pela crise de 2008 e pelos efeitos da globalização. Ganhou em regiões industrializadas tradicionalmente democratas com um agressivo discurso de recuperação de empregos através da expulsão de imigrantes e de retrocessos protecionistas. Mas o que nós aqui nos trópicos temos a ver com isso? Tudo e mais alguma coisa. Os EUA, gostemos ou não, é a Nação que lidera o mundo ocidental. No plano das relações internacionais, o horizonte é nebuloso e sombrio. Trump prometeu desinvestir na Otan, é perigosamente próximo a Putin, prometeu esmagar o Estado Islâmico, o que a ferro e fogo levará ao aumento das ações terroristas, acenou diálogo com a Coreia do Norte e ameaça a parceiros tradicionais dos EUA, como Japão, Coreia do Sul e Austrália. É contra as iniciativas de combate ao aquecimento global e prometeu apoiar fontes sujas de energia, como o carvão. No plano interno,  a tragédia não é menor. Trump acenou com a piora na legislação de controle às armas. Prometeu construir um muro na fronteira com o México orçado em 25 bilhões de dólares. Defendeu o endurecimento de ações e leis anti-imigração. Criticou e disse que vai acabar com o Obamacare, que garantiu a democratização do acesso ao sistema de saúde. Mas o que mais afeta o Brasil é o que se anuncia no plano econômico. Alinhado com o espírito do Brexit no plebiscito no Reino Unido, Trump advoga uma perspectiva retrógrada antiglobalização se opondo ao Acordo do Transpacífico e ao Acordo de Livre Comércio Norte-americano (Nafta). Propõe diminuir impostos, aumentar o protecionismo e tarifas de produtos importados. Setores como suco de laranja, soja, carne e produtos siderúrgicos terão, entre outros, dificuldades adicionais. O Brasil perderia um de seus maiores mercados que poderia alavancar a retomada de nosso crescimento. Em resumo, apertem os cintos. Emoções fortes estão reservadas com Donald Trump com as mãos no leme do mais importante país do mundo. Mais sobre Donald Trump Mais sobre política externa
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