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Marcus Pestana
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17/9/2017 | Atualizado 10/10/2021 às 16:26
[fotografo]Reprodução Internet[/fotografo][/caption]Do ponto de vista coletivo e da vida pública, é inegável que as redes sociais abrem um ilimitado campo de inovações para o avanço da democracia e da liberdade. Pode se tornar um instrumento poderoso de democracia direta. Sem dúvida faz correr muito mais velozmente as informações e possibilita a interatividade dos líderes com as bases da sociedade. O problema é a qualidade do uso, fakenews, a intolerância, a falta de educação e civilidade, a falta de abertura para um verdadeiro diálogo, a distorção dos fatos.
Não sou tão radical quanto o grande escritor italiano Umberto Eco, que certa vez disse: "As mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis". "A internet não seleciona a informação. Há de tudo lá... O excesso de informação provoca amnésia. Conhecer é cortar, é selecionar".
Fui criado no meio de intenso debate acadêmico, teórico e ideológico. Nasci para a vida pública dentro do processo de reconstrução da democracia brasileira. Tenho cabeça e espírito abertos, fair play, bom humor e profundo respeito por quem pensa diferente. Mas não tenho como esconder certo incômodo com o nível de intolerância, má educação e radicalismo nas minhas redes sociais, onde "canalha" é a adjetivação às vezes mais suave que recebo aos borbotões no debate de matérias polêmicas, que sempre trato com seriedade e transparência.
Precisamos refletir sobre isso. O instrumento é precioso para a democracia, mas o mau uso pode inviabilizar seu potencial. Mais importante que instituições e ferramentas democráticas é a cultura democrática. E esta mora dentro de nós. Ou não.
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