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Lúcio Big
2/7/2015 | Atualizado 10/10/2021 às 16:20

A "derrapada" do deputado Tiririca não se resumiu no restaurante San Siro. Em outro restaurante, desta vez em Brasília, o deputado foi novamente ressarcido integralmente por despesas realizadas por terceiros, conforme pode ser visto nos cupons fiscais abaixo:

Utilizar o dinheiro público da Ceap de maneira incorreta pode ser interpretado como improbidade administrativa, algo que pode ocasionar a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, multas e reparação do dano.
Verba indenizatória
A Câmara oferece a cada um dos 513 deputados federais uma verba financeira para o custeio de despesas inerentes ao trabalho parlamentar. A verba indenizatória faz parte da Ceap e seu valor varia de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67, dependendo da unidade federativa do parlamentar.
Dentre as inúmeras despesas reembolsáveis previstas no Ato da Mesa 43/2009, a alimentação possui um limite totalmente questionável; o valor total da verba daquele gabinete. A Câmara, por sua vez, se limita a verificar apenas a legalidade fiscal da nota, deixando a cargo do parlamentar assumir toda e qualquer responsabilidade pelos comprovantes de despesas apresentados.
Operação Prato Vazio
Lançada no início de maio deste ano, a Operação Prato Vazio, coordenada pela OPS, travou uma batalha contra o uso abusivo do dinheiro público da Ceap com despesas de alimentação dos parlamentares. Esta operação oferece à sociedade ferramentas na internet que possibilitam a fiscalização deste tipo de despesa de maneira simples e eficaz.
Os internautas são convidados a fazer parte desta operação e os indícios de irregularidades encontrados por eles são enviados à OPS, que realiza conferências profundas em cada um. A finalidade é que, ainda neste ano, todos os deputados federais que utilizaram de maneira incorreta recursos da Ceap sejam denunciados no Ministério Público.
Até o momento centenas de deputados já foram fiscalizados e, destes, algumas dezenas tiveram suas despesas questionadas pelos colaboradores da OPS que, ainda este ano, apresentará denúncia ao Ministério Público.
Apesar de ser fã do artista Tiririca e de considerá-lo um exemplo de alguém que, apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas ao longo da vida tornou-se um vencedor, eu não poderia deixar que esta inquestionável ingerência com o dinheiro público fosse deixada de lado.
Eu acredito, inclusive, que não houve má-fé do deputado e sim um mau assessoramento. Mas, de qualquer forma, o responsável pelas notas e cupons apresentados é, tão somente, o deputado.
Na OPS é assim: não importa o nome ou sobrenome; não importa o partido e a religião; não importa se é doutor ou iletrado; se há indícios de mau uso do dinheiro público, a OPS cobra a devolução deste dinheiro.
Vídeo:
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