Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. A instituição e o servidor público | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Marcus Pestana

Abram alas para a nova geração

Marcus Pestana

O equilíbrio fiscal e o IOF

Marcus Pestana

Viva o cinema brasileiro!

Marcus Pestana

O desafio da produtividade

Marcus Pestana

Sinfonia Barroca, o Brasil que o povo inventou

autonomia do bc

A instituição e o servidor público

Para Marcus Pestana, Roberto Campos Neto deixa a presidência do BC com atuação exemplar, e acusações contra ele são injustas

Marcus Pestana

Marcus Pestana

4/1/2025 11:19

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

Para Marcus Pestana, Roberto Campos Neto deixa a presidência do BC com atuação exemplar. Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Para Marcus Pestana, Roberto Campos Neto deixa a presidência do BC com atuação exemplar. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
O Prêmio Nobel de Economia 2024 foi concedido aos economistas Acemoglu, Johnson e Robison, do MIT e Universidade de Chicago, que dedicaram seus estudos ao processo histórico de formação e mutação das instituições e seu papel no processo de desenvolvimento. Para eles, a distância entre o êxito e o fracasso reside, essencialmente, na qualidade das instituições e das regras que presidem o funcionamento do jogo de poder e das relações entre Estado e sociedade. O Brasil, a duras penas, vem avançando seu quadro institucional. Muito foi feito desde a redemocratização e o Plano Real. Há um esforço para deixar no passado o histórico de insegurança jurídica, quebra de contratos, moratórias, intervenções estatais arbitrárias, mudanças da regra do jogo com ele em andamento. Uma mudança institucional estratégica e fundamental foi a fixação da autonomia do Banco Central, feita pela Lei Complementar 179/2021. Fixada a meta pelo Conselho Monetário Nacional - hoje ela é de 3% ao ano - cabe à autoridade monetária, de forma independente e técnica, conduzir a política monetária manejando a taxa de juros e o câmbio, para o alcance do objetivo traçado. Os mandatos dos diretores do BC passaram a ser fixos e não coincidentes, evitando intervenções de cunho estritamente político. Independente da posição política e ideológica que se tenha, é preciso reconhecer a qualidade e a consistência da atuação do primeiro presidente do BC após o estabelecimento de sua autonomia. Roberto Oliveira Campos Neto, economista formado pela Universidade da Califórnia, 27º presidente do Banco Central, fez um notável trabalho, consolidando a ideia de independência institucional da ferramenta pública que opera a política monetária. As instituições não são abstrações jurídicas. Dependem para seu sucesso da intervenção das pessoas que as lideram. Longe dos arroubos retóricos radicais de alguns, é inevitável perceber, nos fatos e números, a isenção e a consistência da atuação de Roberto Campos Neto, à frente do cargo que ocupou de 2019 até dezembro de 2024. Vejamos. Com base na sólida ancoragem fiscal oferecida pelo "teto dos gastos", sob sua liderança, a Selic alcançou o menor patamar de sua história, 2,0%, em agosto de 2020. Percebendo os efeitos inflacionários após a pandemia e a perda de solidez da política fiscal, o BC iniciou um aumento paulatino da taxa básica de juros, em março de 2021, chegando, às vésperas da eleição presidencial, em agosto de 2022, a 13,75%. Como acusá-lo de ação política para ajudar o presidente que o nomeou? Já no mandato do presidente Lula, com a inflação convergindo para a meta, liderou a queda da Selic para 10,50%, até maio de 2024. Quando a percepção sobre a fragilidade da política fiscal cresceu e os preços entraram em trajetória ascendente, patrocinou, junto com seus diretores, o aumento da taxa de juros para o atual patamar de 12,25%, sinalizando dois novos aumentos de um ponto percentual nas próximas reuniões do Copom. Tudo o que foi dito mostra quão injustas são as acusações de atuação parcial e tendenciosa. Sem falar na exitosa implantação do PIX e na consolidação de regras que aumentaram a competição no oligopolizado mercado financeiro brasileiro. Fica evidente que Roberto Campos Neto fortaleceu a instituição que presidiu e portou-se como exemplar servidor público. O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].    
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

economia brasileira Banco Central autonomia do bc Roberto Campos Neto economia brasileira Banco Central autonomia do bc Roberto Campos Neto

Temas

Economia País Colunistas Coluna Economia País Colunistas Coluna
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

2

Reforma política

A federação partidária como estratégia para ampliar bancadas na Câmara

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES