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11/5/2021 | Atualizado 10/10/2021 às 17:28

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Até o momento, 28 pessoas perderam a vida na operação policial na comunidade do Jacarezinho (RJ) [fotografo]Reprodução, ICICT/Fiocruz
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Até o momento, 28 pessoas perderam a vida na operação policial na comunidade do Jacarezinho (RJ) [fotografo]Reprodução, ICICT/Fiocruz [/fotografo]
Nós brasileiros, além de sem vacina, estamos todos virando Jacaré (zinho). A operação policial naquela comunidade carioca, na última quinta-feira (6), é evidência da crescente barbárie em nosso país. Como sair desta? Um advogado que atua no Jacarezinho indagou na TV: o tráfico de drogas vai diminuir depois da operação? Alguém acredita que sim? Uma autoridade do Judiciário disse que o problema é o consumo de drogas, e alguém indagou, em redes sociais, o consumo ou a proibição do consumo? Avaliando o "sucesso" da operação, autoridades policiais comentaram que foram apreendidos vários fuzis, além de bandidos mortos. O "sucesso" da operação não deveria ser medido pela queda no consumo e tráfico de drogas?  A avaliação dos resultados das políticas públicas é essencial, e nosso país é quase que totalmente carente nesse aspecto. Uma das alegações para se realizar a operação é que os "traficantes" estariam aliciando jovens. Com 35% de desempregados na faixa de 18 a 24 anos, e com mais de dez milhões de jovens "nem-nem" (nem estudam nem trabalham), a tentação de obter alguma fonte de renda é enorme, ainda que ilegal,  afinal, exemplos veem de cima, pois também o caixa 2 é ilegal, assim como ganhar comissões de obras ou emendas superfaturadas, ou mesmo as rachadinhas. Alguém sabe de iniciativas governamentais para resolver esses problemas? Providências que sejam mais objetivas do que "retomar a economia"? Aliás, a população brasileira sofre com muitas carências e excessos. À carência de cidadania associa-se o excesso de violência; à abundância da natureza corresponde a pobreza da maioria; enquanto políticas públicas inovadoras surgem mundo afora, aferramo-nos a propostas obsoletas; ao excesso de promessas de candidatos corresponde a carência de resultados; a infinidade de leis e normas gerou uma balbúrdia jurídica que parece só faz crescer; produzimos alimentos para gado em abundância, e a comida falta em muitos lares. A parte mais rica, educada, de elevada qualidade de vida do planeta Terra caminha célere para terminar a absurda e letal "guerra a (algumas) drogas". Vários deles já liberaram o consumo recreativo da maconha. Aqui, continuamos praticando chacinas após chacinas e o resultado supostamente esperado não aparece, pelo contrário! Combate-se os comerciantes de algumas drogas (até chamando-os traficantes), enquanto se permite até publicidade para enriquecer os vendedores de outras drogas, cuja riqueza é louvada. Seguindo nesse rumo, em breve todos nos tornaremos jacarés(zinhos). Quantas chacinas mais serão necessárias para que busquemos paz? Estamos entre os dez países do mundo onde as forças de segurança mais matam pessoas, comparando mortos por dez milhões de habitantes. As forças de segurança da Venezuela, da Síria, de El Salvador, entre outros, matam mais que as nossas. Matam menos, porém, aquelas de países como Afeganistão, Honduras, África do Sul e o Iraque. Qual o resultado da chacina de 6 de maio? A indignação da população, seguida de letargia? 24 horas após a mortandade ainda não se sabia sequer os nomes dos mortos. Será que os que mataram serão identificados e punidos algum dia, ou não, como ocorreu com praticamente todas as chacinas anteriores? Aqueles que insistem nesse tipo de operação igualmente contribuem para a barbárie. Sem radical e profunda reorganização e redirecionamento das políticas de segurança, nós brasileiros continuaremos sem vacina e ampliando os jacarés(zinhos). >>Deputado pede que Câmara investigue mortes em operação no Jacarezinho >>Chacina do Jacarezinho: não podemos deixar esse resultado falando sozinho O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected]. > Leia mais textos do autor.
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