Após criticar saída, Ciro acusa Lula de "fritar" Lupi na crise do INSS

Em meio às turbulncias no PDT po conta da crise no INSS, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o responsável por "fritar" o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), no episódio. No Ceará, Ciro comentou a demissão do presidente do Instituto, Alessandro Stefanutto, e do próprio correligionário após operação da Polícia Federal.  Para o ex-ministro, a exoneração foi uma forma de encontrar um "bode expiatório", preservando o núcleo político mais próximo do presidente e deixando Lupi enfraquecido. Ele questionou quem, de fato, responde politicamente pelo escândalo que envolve a atuação de sindicatos e entidades suspeitas de lesar aposentados com cobranças irregulares.  

"Começou no Temer, passou no Bolsonaro, na faixa de R$ 200, R$ 300 milhões por ano. No Governo Lula, passou para R$ 3 bilhões por ano. Do ponto de vista da apuração desse crime, nós precisamos aprofundar as investigações, identificar os autores, qualificar quem se apropriou desse dinheiro sujo, tirado dos aposentados que estão doentes, sofridos e tal, e obrigá-los à cadeia e a devolver o dinheiro. Agora, fecha essa página. Vamos para a responsabilidade política. Quem é o responsável político por essa questão? É o Temer, é o Bolsonaro e é o Lula. Ah, vão transferir para os auxiliares? Isso é uma tentativa de queima de fusível. Sabe como funciona? Quando a tensão dá um pico, ele queima para proteger a fiação".

O pedetista também sugeriu que o caso pode ter sido manipulado para atingir adversários internos e desviar o foco das falhas do próprio governo. Segundo ele, o episódio revela uma tentativa de "lavar as mãos" diante de um problema grave e sistemático, que afeta diretamente a população mais vulnerável do país.  

Críticas ao governo  

Ciro, que tem feito críticas cada vez mais incisivas ao governo Lula, aproveitou para reforçar a necessidade de responsabilização política e institucional nos casos de má gestão e corrupção. Ele classificou a condução da crise do INSS como mais um exemplo de uso político de cargos e instituições para preservar aliados em detrimento do interesse público. exemplo de uso político de cargos e instituições para preservar aliados em detrimento do interesse público.  

Ainda nesta terça (6), a bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu deixar a base do governo Lula.