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Negociação
Congresso em Foco
11/7/2025 15:01
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), procurou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para defender que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse autorizado a viajar aos Estados Unidos com o objetivo de se encontrar com o presidente norte-americano Donald Trump. A informação foi revelada por Mônica Bergamo, jornalista e colunista da Folha de S.Paulo.
De acordo com a reportagem, a proposta foi recebida com surpresa por integrantes da Corte. Tarcísio teria argumentado que Bolsonaro poderia interceder diretamente com Trump para conter os efeitos da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada recentemente pelo presidente dos EUA em resposta ao julgamento do ex-mandatário brasileiro no STF.
Bolsonaro está com o passaporte retido por ordem do Supremo e impedido de deixar o país. Ministros da Corte teriam rechaçado a proposta, avaliando que a medida contraria o atual estado processual de Bolsonaro e os princípios da diplomacia oficial. Segundo apurado pela colunista, magistrados consideram que, além de não possuir mandato para atuar como negociador, Bolsonaro representa risco de fuga e poderia buscar asilo político.
Ainda segundo a coluna, interlocutores próximos ao ex-presidente buscavam articular uma viagem aos Estados Unidos com o apoio de autoridades do Legislativo. A proposta incluiria uma comitiva formada por Bolsonaro, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e pelo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Um dos objetivos da agenda seria discutir uma eventual proposta de anistia ao ex-presidente a ser avaliada pelo Congresso Nacional.
A articulação se dá no contexto da crise diplomática provocada pela carta enviada por Donald Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto, Trump afirma que a sobretaxa é uma resposta à suposta perseguição a Bolsonaro e critica o julgamento no STF por tentativa de golpe de Estado, classificando-o como uma "vergonha internacional". A correspondência foi devolvida pelo governo brasileiro, que a considerou inadequada.
Em declarações públicas, o presidente Lula afirmou que buscará o diálogo com Trump, mas advertiu que, caso as sobretaxas entrem em vigor até agosto, o Brasil adotará medidas de retaliação comercial, incluindo tarifas sobre produtos norte-americanos.
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