Senador Plínio Valério critica operação da Polícia Federal no Amazonas

Em discurso no Plenário na quarta-feira (17), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) reiterou suas críticas à operação da Polícia Federal direcionada ao combate do garimpo ilegal em municípios do Amazonas.

O senador relatou que a ação, executada em Manicoré e Humaitá, culminou na destruição de embarcações utilizadas por comunidades ribeirinhas no Rio Madeira. Os eventos se desenrolaram na segunda-feira (15).

"A Polícia Federal foi em dois municípios no Rio Madeira e explodiu o que nós chamamos de flutuantes, que são casas com bombas para o extrativismo mineral. São extrativistas, são famílias que praticam aquilo há décadas e isso é cultural, é normal no Amazonas", explicou.

Plínio Valério argumentou que o resultado da operação foi o oposto do esperado, gerando poluição e prejuízos ao meio ambiente. Segundo o parlamentar, a ação, realizada durante o feriado da padroeira da cidade, causou explosões, incêndios e pânico entre os habitantes.

"O óleo diesel fica na superfície, a fumaça vai para o ar, e o que sobra vai para o fundo do rio. Esses braços de rio são lagos, não é água corrente que pode dispersar o óleo diesel em alguns meses. Crimes ambientais de toda qualidade foram cometidos durante essa operação. O policial federal é agente público e é passível de penalidade", criticou.

O senador também mencionou relatos de uso de gás lacrimogêneo, que teria afetado crianças em uma escola. Para Plínio Valério, a situação demanda uma resposta imediata. Ele defendeu a realização de uma diligência do Senado para apurar as denúncias e acompanhar a situação local.