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Protestos deste domingo dividem reação de parlamentares nas redes

Deputados e senadores da oposição minimizaram os atos de rua, enquanto lideranças da esquerda exaltaram mobilização popular em defesa da democracia.

22/9/2025
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Os protestos realizados no último domingo (21), em várias capitais do país, contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, ganharam eco imediato no debate político, mas em frentes opostas. Enquanto parlamentares da esquerda celebraram as ruas cheias e destacaram a mobilização popular em defesa da democracia, integrantes da direita minimizaram os atos e ironizaram a participação do público.

Parlamentares da esquerda exaltaram a adesão popular. José Guimarães (PT-CE) publicou uma foto da Paulista lotada e disse que essa seria "a foto do ano". Lindbergh Farias (PT-RJ) mostrou imagens da Esplanada dos Ministérios e celebrou: "Brasil inteiro nas ruas. É sem anistia, sem PEC da Blindagem".

No Recife, Humberto Costa (PT-PE) afirmou que a capital "respirou esperança". Orlando Silva (PCdoB-SP) destacou que não haverá "perdão para golpista" e que a mobilização foi um recado direto contra a anistia. Randolfe Rodrigues (PT-AP) publicou um comparativo entre os atos do dia 7 de setembro, marcados pela presença da bandeira dos EUA, e os deste domingo, que exibiram a bandeira do Brasil.

Outros parlamentares também marcaram posição: Luiza Erundina (Psol-SP) ressaltou a defesa da democracia, Erika Hilton (Psol-SP) chamou a PEC da Blindagem de "nojenta e fajuta", e Fabiano Contarato (PT-ES) afirmou que o Brasil "não aceita retrocessos". Rogério Correia (PT-MG) frisou que o recado dos atos foi claro: "hora de pautar os interesses do povo".

Na outra ponta, deputados ligados ao bolsonarismo usaram as redes sociais para ironizar a presença nos atos. Carlos Jordy (PL-RJ) compartilhou imagens da Avenida Paulista com a frase "cheia de espaços vazios". Marco Feliciano (PL-SP) disse que, para "uma manifestação que preste", seria preciso convocar o pastor Silas Malafaia. Já Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que a esquerda estaria "sempre passando vergonha" ao comentar imagens de Brasília.

André Fernandes (PL-CE) afirmou que "com ou sem artistas, a esquerda sempre faz manifestações flopadas", enquanto o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou dizendo que "nem com Rouanet vingou". O deputado Sanderson (PL-RS) foi além e insinuou que participantes estariam em busca de "pão com mortadela", questionando o pagamento dos artistas que se apresentaram.

PEC da Blindagem

A PEC das Prerrogativas, mais conhecida como PEC da Blindagem, altera os artigos 53 e 102 da Constituição Federal para ampliar prerrogativas de deputados e senadores. Entre as principais mudanças estão a exigência de autorização prévia da respectiva Casa Legislativa para abertura de ação penal contra parlamentares, limitação de prisões ou medidas cautelares pelo STF apenas, com aval do Congresso; e ampliação do foro para presidentes nacionais de partidos políticos com representação.

Críticos veem a proposta como um retrocesso institucional significativo, argumentando que ela pode dificultar processos contra políticos, atrasar investigações e gerar impunidade. Por outro lado, defensores afirmam que a PEC resgata prerrogativas previstas originalmente na Constituição de 1988, oferecendo maior proteção ao exercício do mandato parlamentar frente a possíveis abusos judiciais. Aprovado na última semana pela Câmara dos Deputados, o texto seguirá para análise no Senado, onde precisará de maioria qualificada para sua aprovação.

Protestos deste domingo dividem reação de parlamentares nas redes.Roque de Sá/Agência Senado | Arte Congresso em Foco
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