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MAL-ESTAR DIPLOMÁTICO

Senado censura chanceler alemão após críticas a Belém

Declarações de Friedrich Merz sobre sede da COP30 provocam reação do Congresso e do presidente Lula. Voto de censura aprovado pelos senadores será enviado ao governo alemão.

Congresso em Foco

19/11/2025 10:55

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O Senado aprovou nessa terça-feira (18) um voto de censura contra o chanceler alemão Friedrich Merz, em reação às declarações feitas por ele sobre Belém, cidade que sedia a COP30. O requerimento, apresentado pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), recebeu apoio do líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e de outros senadors. O gesto simbólico de protesto será enviado ao governo alemão pelo Itamaraty como manifestação oficial de repúdio.

Durante um evento em Berlim, Merz relatou que jornalistas alemães que acompanharam a COP30 "ficaram felizes" por deixar Belém e retornar à Europa. "Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: 'Quem gostaria de ficar aqui?. Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, especialmente daquele lugar onde estávamos".

A fala provocou reação imediata no Brasil, mobilizando parlamentares, prefeitos, governadores e o presidente Lula.

Lula se encontrou com Friedrich Merz na abertura da COP30. Presidente brasileiro se irritou com declarações de colega alemão.

Lula se encontrou com Friedrich Merz na abertura da COP30. Presidente brasileiro se irritou com declarações de colega alemão.Danilo Verpa/Folhapress

Reação do Senado

No Plenário, Zequinha Marinho afirmou que as declarações do chanceler "não são apenas infelizes", mas carregam "um tom xenófobo e preconceituoso" e desrespeitam "não apenas a cidade de Belém, mas todo o povo brasileiro e, sobretudo, a Amazônia".

O senador reforçou que "a COP30 é uma oportunidade para que os países assumam compromissos reais e ambiciosos. Belém foi escolhida justamente por estar no coração da Amazônia, onde se trava a batalha mais importante contra o aquecimento global".

Randolfe Rodrigues e Davi Alcolumbre classificaram as declarações como "inadmissíveis" e defenderam a aprovação imediata do voto de censura. Com a decisão, o documento passa a representar a posição institucional do Senado brasileiro.

A resposta de Lula

Em agenda em Xambioá (TO), o presidente Lula criticou a postura do chanceler alemão, embora sem citá-lo nominalmente. O discurso foi direto: "O primeiro-ministro da Alemanha esses dias se queixou: 'Ah, eu fui no Pará, mas eu voltei logo, porque eu gosto mesmo é de Berlim. Ele, na verdade, devia ter ido a um boteco no Pará. Ele deveria ter dançado no Pará. Ele deveria ter provado a culinária do Pará, porque ele ia perceber que Berlim não oferece para ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará, a cidade de Belém".

O presidente voltou a defender a escolha da capital paraense como sede da conferência climática. "O Pará saiu do anonimato neste país. Qualquer parte do mundo sabe hoje que existe o estado do Pará, a cidade de Belém, que é pobre, mas tem um povo generoso como pouca parte do mundo", afirmou.

Reações

O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), classificou a declaração de Merz como "infeliz, arrogante e preconceituosa". O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), também criticou o chanceler: "Curioso ver quem ajudou a aquecer o planeta estranhar o calor da Amazônia. Um discurso preconceituoso revela mais sobre quem fala do que sobre quem é falado".

Embora o voto de censura não tenha efeito jurídico direto sobre o governo alemão, ele funciona como instrumento político para registrar a indignação brasileira. A Alemanha é um dos principais financiadores do Fundo Amazônia, e o episódio ocorre em um momento de maior sensibilidade nas discussões internacionais sobre preservação ambiental e responsabilidade dos países desenvolvidos.

O documento será enviado ao governo alemão pelo Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty ainda não informou se emitirá nota diplomática adicional, mas a tendência é tratar o caso com cautela para evitar desgaste maior durante a realização da COP30, que prossegue até sexta-feira (21).

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