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DIREITOS DO CONSUMIDOR
Congresso em Foco
17/11/2025 17:17
A deputada Erika Hilton (Psol-SP) solicitou à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) a abertura de procedimento para investigar a venda de ingressos do GP de São Paulo de Fórmula 1 de 2026. A parlamentar afirma que o acesso dos consumidores foi restringido por falhas no sistema da Eventim Brasil, e pede que seja apurada a possibilidade de leniência da empresa diante da ação de cambistas.
Segundo relatos de fãs, as entradas para o evento em Interlagos se esgotaram em poucos minutos após o início das vendas. Houve longas filas virtuais e pouca ou nenhuma disponibilidade de ingressos comuns. Os únicos bilhetes ainda visíveis eram os de alto valor, com preços que ultrapassam R$ 20 mil.
"Não é normal que todos os ingressos de um evento que recebe, anualmente, um público de cerca de 300 mil pessoas, estejam esgotados 7 minutos depois do início das vendas, conforme apuração da imprensa", declarou Erika Hilton em suas redes sociais. "O resultado desta falha materializou-se imediatamente em anúncios de revenda por cambistas em plataformas digitais, onde os ingressos são oferecidos, inclusive, acima do valor original", apontou no ofício enviado à Senacon.
A deputada também quer saber se de fato a empresa ofertou todos os ingressos disponíveis. "Estou requerendo que sejam apuradas as possibilidades de que parte dos ingressos tenha sido reservada para cambistas, para plataformas digitais de revenda ou para a venda em futuros lotes 'extraordinários mais caros", escreveu. Além disso, ela questiona os meios de proteção da Eventim contra compras automatizadas e de confirmação de identidade dos compradores.
A parlamentar reforçou que o evento é financiado com recursos públicos, o que exige maior rigor na condução das vendas. "O GP de São Paulo ocorre em Interlagos pois a prefeitura de São Paulo paga por isso. São cerca de 132 MILHÕES de reais por ano pagos à Fórmula 1", afirmou. "Um setor que recebe tanto apoio do governo e da sociedade precisa se guiar pelas melhores práticas comerciais possíveis", defendeu a deputada.
Erika Hilton também alertou no ofício que a empresa contratada acumula um histórico de suspeitas sobre sua própria atividade. Ela citou que a empresa já possui sentença judicial envolvendo falhas na venda de ingressos, e é alvo de múltiplos processos movidos pela Federal Trade Commission nos Estados Unidos por favorecimento de cambistas.
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