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Congresso em Foco
22/9/2006 7:44
Sylvio Costa, Renaro Cardozo e Antônio Augusto de Queiroz *
O que há em comum entre nomes como os do apresentador de TV Clodovil, a comentarista de esportes Soninha, o cantor Frank Aguiar, o ex-ministro da Educação Paulo Renato de Souza e a vereadora carioca Cristiane Brasil (filha de Roberto Jefferson)? No próximo dia 1º, todos eles deverão se eleger, pela primeira vez, deputados federais.
Concorrendo pelo minúsculo PTC, Clodovil tem chance de ser um dos deputados mais votados de São Paulo e do Brasil. Na sua assessoria, há quem diga até mesmo que ele poderá superar Paulo Maluf (PP-SP), tornando-se o campeão nacional de votos na disputa para a Câmara.
Quem também deve se eleger com grande votação é Geraldo Roberto Siqueira de Souza, o Pudim (PMDB-RJ). Seu principal cabo eleitoral é o ex-governador fluminense Anthony Garotinho, que pretende fazer bonito na eleição do afilhado político. Será uma forma indireta de Garotinho demonstrar que, apesar das derrotas amargadas nos últimos tempos (a maior delas foi o sonho frustrado de concorrer à Presidência da República), ele mantém incólume seu prestígio popular.
Outro nome novo que deve chegar na Câmara avalizado por um caminhão de votos é o ex-deputado estadual Ângelo Vanhoni (PT-PR). No Paraná, no entanto, ele trava com o atual deputado federal Gustavo Fruet (PSDB), Ratinho Júnior (PPS, filho do apresentador Ratinho) e o ex-prefeito de Curitiba Cássio Taniguchi (PFL) uma batalha feroz para definir quem será o mais votado.
A força da mídia
A eleição de Ratinho Júnior reúne duas vantagens comparativas que explicam o potencial eleitoral de outros candidatos: a herança de um sobrenome (ou, no caso, um apelido) forte e a presença na mídia.
Na Bahia, o fenômeno se repete com ACM Neto (PFL), que, como ocorreu em 2002, deverá ser o mais votado, colhendo os benefícios do poderio político da família Magalhães, que, por sua vez, controla o principal grupo de comunicação do estado.
Sem sobrenome, mas com espaço livre na mídia, a vereadora paulistana Soninha (PT-SP) e o cantor Frank Aguiar (PTB-SP) são outros exemplos de candidatos que navegaram nas águas do chamado "quarto poder" para alcançar a popularidade de que desfrutam.
Paulo Bornhausen (PFL), filho do senador Jorge, e Ângela Amin (PP), mulher do ex-governador e ex-senador Esperidião, têm o sobrenome a favor: deverão estar entre os mais votados em Santa Catarina.
Em eleições com regras tão rígidas quanto as atuais, afinal, o conhecimento prévio do candidato representa uma vantagem imensa em relação aos concorrentes (leia mais).
Ética também dá voto
As projeções para a futura Câmara mostram ainda que ética também dá voto. Parlamentares como Fernando Gabeira (PV-RJ), Chico Alencar (Psol-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG), como o já citado tucano Gustavo Fruet, deverão estar entre os mais votados em seus estados exatamente por terem mostrado serviço no combate à corrupção.
Também deve se eleger com tranqüilidade o petista José Eduardo Cardozo (SP), que em alguns momentos ficou contra o seu partido, por defender uma investigação para valer da série de malfeitorias praticadas por integrantes do governo e do próprio PT
Mas, como sempre, haverá espaço para tudo. Por acreditar nisso, o ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) dá como certa sua eleição, depois de ter renunciado ao mandato em meio ao escândalo em que foi acusado de cobrar propinas de fornecedores da Casa. Seu otimismo não é compartilhado, contudo, por conhecedores da cena política pernambucana, que consideram possível, mas não garantida, a reeleição de Severino.
De Pernambuco, deve voltar a Brasília como deputado o ex-presidente da Infraero e ex-senador Carlos Wilson. No Pará, dois peemedebistas disputam a maior votação estadual, Jader Barbalho e Wladimir Costa. No Ceará, ninguém tem dúvidas de que o mais votado será o ex-ministro Ciro Gomes (PSB).
Entre os novos nomes com chances de vitória, devem ser mencionados ainda a ex-prefeita de Maceió Kátia Born (PSB-AL) e Jilmar Tatto (PT-SP), um das peças-chave do esquema político da ex-prefeita Marta Suplicy. Precisando de mais votos para dormirem tranqüilos, o especialista em segurança pública Luiz Eduardo Soares (PPS-RJ) e o ex-nadador e empresário Djan Madruga (PCdoB-RJ) também lutam por um mandato de deputado federal.
Outro que tenta chegar à Câmara pela primeira vez, aliás com boas chances de êxito, é o deputado estadual José Guimarães (PT-CE). Ele é irmão do ex-deputado federal e ex-presidente nacional do PT José Genoino (SP), também candidato e que, após ser envolvido nas irregularidades praticadas pelo partido, enfrenta agora a eleição mais difícil de sua carreira política. Já Guimarães ganhou notoriedade nacional quando seu assessor foi preso, ano passado, carregando dólares na cueca.
* Antônio Augusto de Queiroz é diretor de Documentação do Diap
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