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Congresso em Foco
14/11/2020 | Atualizado às 22:40
 
 
 O número, entretanto, pode ser ainda maior. Ao longo de dois meses a reportagem entrou em contato com o diretório nacional dos 33 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para solicitar o número de candidaturas. Muitos partidos não responderam e outros afirmaram não possuir os dados. Além disso, o TSE também não possuí esse dado específico, apenas o número de candidatos que optaram por utilizar o nome social.
Outra pessoa que colocou "o nome em jogo" para mudar essa realidade é Layza Lima, candidata a vereadora na cidade de Serra/ES pelo PT. "Isso é uma vitória, acima de tudo mostra o avanço da nossa luta. Precisamos reforçar nossa identidade e lutar diariamente contra a transfobia, que é institucional e estrutural".
Layza, que participa do conselho municipal de saúde do município e é coordenadora da Aliança Nacional Lgbti+ no Espírito Santo, se vê preparada para o desafio. "Vamos ocupar os espaços de discussão política e nos articular pela nossa sobrevivência apesar da transfobia diária. Nós nos politizamos e vamos mudar essa realidade, esses espaços também são nossos e vamos ocupar aquelas cadeiras", afirma.
O número, entretanto, pode ser ainda maior. Ao longo de dois meses a reportagem entrou em contato com o diretório nacional dos 33 partidos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para solicitar o número de candidaturas. Muitos partidos não responderam e outros afirmaram não possuir os dados. Além disso, o TSE também não possuí esse dado específico, apenas o número de candidatos que optaram por utilizar o nome social.
Outra pessoa que colocou "o nome em jogo" para mudar essa realidade é Layza Lima, candidata a vereadora na cidade de Serra/ES pelo PT. "Isso é uma vitória, acima de tudo mostra o avanço da nossa luta. Precisamos reforçar nossa identidade e lutar diariamente contra a transfobia, que é institucional e estrutural".
Layza, que participa do conselho municipal de saúde do município e é coordenadora da Aliança Nacional Lgbti+ no Espírito Santo, se vê preparada para o desafio. "Vamos ocupar os espaços de discussão política e nos articular pela nossa sobrevivência apesar da transfobia diária. Nós nos politizamos e vamos mudar essa realidade, esses espaços também são nossos e vamos ocupar aquelas cadeiras", afirma.
 Esse 'boom' de candidaturas está espalhada pelos mais diversos partidos, de todos os espectros políticos - desde os mais à direita como PSL e Patriotas, até os mais a esquerda como PCdoB e Psol. O partido que abriga o maior número de candidaturas de transexuais e travestis é o PT, com um total de 50. Logo em seguida aparecem PSOL (31), PDT (30) e PCdoB (23). PSTU, PCO e NOVO são os únicos partidos que não registraram nenhuma candidatura.
Essas candidaturas em partidos mais à direita, inclusive o PSL, podem parecer contraditórias para um movimento que se diz formado em resposta a Bolsonaro. Mas Luana destaca que a "lógica nacional não cabe para o pleito municipal". Ela afirma que a maioria dos partidos do país são ideologicamente fracos e que, por vezes podem ser conservadores nacionalmente, mas progressistas no âmbito municipal. Porém, alerta que algumas candidaturas "fortificam um partido que nacionalmente apoia o Bolsonaro".
Esse 'boom' de candidaturas está espalhada pelos mais diversos partidos, de todos os espectros políticos - desde os mais à direita como PSL e Patriotas, até os mais a esquerda como PCdoB e Psol. O partido que abriga o maior número de candidaturas de transexuais e travestis é o PT, com um total de 50. Logo em seguida aparecem PSOL (31), PDT (30) e PCdoB (23). PSTU, PCO e NOVO são os únicos partidos que não registraram nenhuma candidatura.
Essas candidaturas em partidos mais à direita, inclusive o PSL, podem parecer contraditórias para um movimento que se diz formado em resposta a Bolsonaro. Mas Luana destaca que a "lógica nacional não cabe para o pleito municipal". Ela afirma que a maioria dos partidos do país são ideologicamente fracos e que, por vezes podem ser conservadores nacionalmente, mas progressistas no âmbito municipal. Porém, alerta que algumas candidaturas "fortificam um partido que nacionalmente apoia o Bolsonaro".
 Mariana Franco, candidata em Florianópolis (SC) pelo PCdoB [fotografo] Divulgação [/fotografo][/caption]Além desses fatores, Mariana Franco também citou uma percepção dos próprios partidos que levaram a esse cenário.
"É claro que é uma preocupação de ter representatividade contra o governo Bolsonaro. Mas também porque os partidos entenderam que LGBTQ+ vota, tem opinião política, se elege e também se posiciona. Por isso os partido ampliaram a participação no cenário, nós temos um legado na construção política da população LGBTQ+. Na ditadura, é histórica a luta de mulheres trans e travestis na conquista de direitos", pontua.
Em meio a tantas candidaturas,chama a atenção a disparidade no número de candidaturas de homens e mulheres dentro da comunidade trans. Para Larrat, a diferença é explicada pela história dos dois movimentos.
A presidenta da ABGLT afirmou que a organização política de homens trans é muito mais recente e por isso as mulheres já construíram e possuem uma relação social e partidária mais estruturada. "Seja em organizações nacionais ou mais locais, já é algo mais sólido. Inclusive, é uma questão que devemos nos debruçar depois do período eleitoral para fazer uma análise séria e começar a pensar como é que corrigimos isso, esses fatos que a gente pode e deve melhorar dentro da própria comunidade".
 Mariana Franco, candidata em Florianópolis (SC) pelo PCdoB [fotografo] Divulgação [/fotografo][/caption]Além desses fatores, Mariana Franco também citou uma percepção dos próprios partidos que levaram a esse cenário.
"É claro que é uma preocupação de ter representatividade contra o governo Bolsonaro. Mas também porque os partidos entenderam que LGBTQ+ vota, tem opinião política, se elege e também se posiciona. Por isso os partido ampliaram a participação no cenário, nós temos um legado na construção política da população LGBTQ+. Na ditadura, é histórica a luta de mulheres trans e travestis na conquista de direitos", pontua.
Em meio a tantas candidaturas,chama a atenção a disparidade no número de candidaturas de homens e mulheres dentro da comunidade trans. Para Larrat, a diferença é explicada pela história dos dois movimentos.
A presidenta da ABGLT afirmou que a organização política de homens trans é muito mais recente e por isso as mulheres já construíram e possuem uma relação social e partidária mais estruturada. "Seja em organizações nacionais ou mais locais, já é algo mais sólido. Inclusive, é uma questão que devemos nos debruçar depois do período eleitoral para fazer uma análise séria e começar a pensar como é que corrigimos isso, esses fatos que a gente pode e deve melhorar dentro da própria comunidade".
 Luana Rayalla, candidata a vereadora em São Gonçalo, no Rio de Janeiro [fotografo] Divulgação [/fotografo][/caption]Para Luana, além das pautas de diversidade e acessibilidade, não há como pensar em outras políticas sem uma situação econômica sustentável. "Eu luto pela educação e pela cultura. Sempre foquei nessas área que andam de mãos dadas e vou buscar investimentos em bibliotecas escolares e municipais. Mas, fora isso, temos a pauta econômica, pois se não resolvermos ela não tem como investir. Precisamos ser economicamente sustentáveis para colocar outras políticas em prática. Apesar das bandeiras de educação e cultura eu não ignoro a pauta econômica. Não adianta nenhum candidato prometer nada para a cidade se não tiver condições para realizar isso", avalia.
Já Mariana Franco, promete lutar por pautas inclusivas e que devolvam a renda para as pessoas, Caso eleita, a candidata afirma que seu primeiro projeto apresentado será o de intérprete de libras para pessoas surdas e também ampliar o debate de acessibilidade para pessoas PCD. Além disso, Mariana quer desenvolver o poder aquisitivo da população e capacitá-la profissionalmente.
 Luana Rayalla, candidata a vereadora em São Gonçalo, no Rio de Janeiro [fotografo] Divulgação [/fotografo][/caption]Para Luana, além das pautas de diversidade e acessibilidade, não há como pensar em outras políticas sem uma situação econômica sustentável. "Eu luto pela educação e pela cultura. Sempre foquei nessas área que andam de mãos dadas e vou buscar investimentos em bibliotecas escolares e municipais. Mas, fora isso, temos a pauta econômica, pois se não resolvermos ela não tem como investir. Precisamos ser economicamente sustentáveis para colocar outras políticas em prática. Apesar das bandeiras de educação e cultura eu não ignoro a pauta econômica. Não adianta nenhum candidato prometer nada para a cidade se não tiver condições para realizar isso", avalia.
Já Mariana Franco, promete lutar por pautas inclusivas e que devolvam a renda para as pessoas, Caso eleita, a candidata afirma que seu primeiro projeto apresentado será o de intérprete de libras para pessoas surdas e também ampliar o debate de acessibilidade para pessoas PCD. Além disso, Mariana quer desenvolver o poder aquisitivo da população e capacitá-la profissionalmente.
 Layza Lima (PT), candidata em Serra-ES [fotografo] Divulgação [/fotografo][/caption]Layza Lima, por outro lado, afirma que não tem do que se queixar sobre o apoio do partido. "O PT é um partido de muita luta contra o preconceito. Recebi todo o suporte necessário para material e também recebi verba da nossa setorial nacional. Aproveitei isso e fiz questão de contratar pessoas em situação de vulnerabilidade, desempregadas e LGBTQ+ para trabalharem na minha campanha. Quis desde a campanha levar minha mensagem de 'Serra da diversidade' e mostrar que todas podem e devem ocupar todos os espaços".
A candidata do PCdoB de Florianópolis também se mostrou um pouco frustrada com o apoio do partido, principalmente na questão financeira. Mas salienta, que ao menos, a verba para todas as mulheres do partido foi igualitária, exceto para mulheres negras que receberam um pouco mais.
Ela também ressaltou que uma grande dificuldade da campanha foi que ela aconteceu em meio a uma pandemia, sem a possibilidade de ir às ruas e correr o risco de provocar aglomerações.
"Foi difícil porque a internet não permite que eu aborde as pessoas e explique as propostas. Muitas pessoas sequer tem acesso a internet para assistir um vídeo da campanha. Por isso, tentei fazer uma campanha digital simples e de mais fácil acesso possível, sempre com legendas e facilitando a comunicação. Mas senti falta de ir para a rua e poder conversar com as pessoas", contou.
 Layza Lima (PT), candidata em Serra-ES [fotografo] Divulgação [/fotografo][/caption]Layza Lima, por outro lado, afirma que não tem do que se queixar sobre o apoio do partido. "O PT é um partido de muita luta contra o preconceito. Recebi todo o suporte necessário para material e também recebi verba da nossa setorial nacional. Aproveitei isso e fiz questão de contratar pessoas em situação de vulnerabilidade, desempregadas e LGBTQ+ para trabalharem na minha campanha. Quis desde a campanha levar minha mensagem de 'Serra da diversidade' e mostrar que todas podem e devem ocupar todos os espaços".
A candidata do PCdoB de Florianópolis também se mostrou um pouco frustrada com o apoio do partido, principalmente na questão financeira. Mas salienta, que ao menos, a verba para todas as mulheres do partido foi igualitária, exceto para mulheres negras que receberam um pouco mais.
Ela também ressaltou que uma grande dificuldade da campanha foi que ela aconteceu em meio a uma pandemia, sem a possibilidade de ir às ruas e correr o risco de provocar aglomerações.
"Foi difícil porque a internet não permite que eu aborde as pessoas e explique as propostas. Muitas pessoas sequer tem acesso a internet para assistir um vídeo da campanha. Por isso, tentei fazer uma campanha digital simples e de mais fácil acesso possível, sempre com legendas e facilitando a comunicação. Mas senti falta de ir para a rua e poder conversar com as pessoas", contou.

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