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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Erick Mota
1/11/2019 | Atualizado às 15:11
 
 
 Até onde o senhor acha que a família Bolsonaro está realmente envolvida com as milícias?
Olha, eu tenho muita prudência. Se eu não tivesse prudência, não estava vivo. Eu não falo o que eu não sei. Mas eu posso dizer que Bolsonaro é um defensor público das milícias. Ele tinha como figura da sua confiança, que articulava coisas entre todos os seus filhos, nos seus gabinetes, o (Fabrício) Queiroz. Sabidamente um cara envolvido com milícias. O Queiroz tem um histórico de relacionamento com matadores, inclusive com o matador da Marielle. Que era vizinho do Bolsonaro. A mulher e a mãe de um dos matadores mais conhecidos do Rio de Janeiro trabalhavam no gabinete do deputado Flávio Bolsonaro, colocados lá pelo Queiroz. Isso significa dizer que o Bolsonaro é um miliciano? Que Bolsonaro é dono de milícia? Não. Mas que ele tem que ser investigado. Que sua família tem que ser investigada.
A morte da menina Ághata evidenciou os problemas que pode haver na aprovação do excludente de ilicitude? 
O excludente de ilicitude é a coisa mais grave de todo o debate sobre o pacote anticrime. O nome já diz: você está excluindo uma ilicitude. Você está dizendo que pode matar alguém. Qualquer pessoa, policial e não policial. Porque o texto coloca o termo agente. Ele não coloca agente público. Ele coloca agente. Então, serve para polícia e serve para o civil. Se você matar alguém em situações de medo, forte emoção ou ameaça, isso pode servir como elemento de legítima defesa para o juiz pode anular a sentença.
Existe algum assassinato que aconteça sem grande emoção? 
Exatamente. A conclusão a que a gente chega é que só vai responder por homicídio quem matar rindo. Só que eu acho que entra uma reflexão maior. Esse é um governo que aposta no armamento. Esse é um governo que aposta na liberação das armas e esse é um governo que tem que apostar na possibilidade de as pessoas matarem, porque senão, não faz sentido.
Por outro lado, deputado, as pesquisas mostram que a segurança pública é considerado o maior problema do país. Qual seria o caminho para se enfrentar essa situação? 
É fundamental a reformulação completa da polícia. Você não pode ter um modelo de polícia tão atrasado, tão injusto para a própria polícia e  tão ineficaz. A gente tem uma população carcerária que está explodindo, que está crescendo e a gente só consegue resolver quatro por cento dos homicídios. Então, isso significa que a gente prende muito e prende mal. A gente tem uma polícia hoje que tem o maior índice de suicídio - o maior número de policiais mortos no Rio de Janeiro é por suicídio, mais do que em confronto. É preciso trabalhar o modelo de polícia, é  preciso reformular, é preciso ter um ciclo completo, com formação única, ter um investimento de carreira na polícia, para que a gente possa profissionalizar a polícia, para que a policia possa ser um instrumento de Estado, um instrumento de Justiça, de segurança para todos. A gente tem que trabalhar mais a capacidade dos municípios de agirem sobre a segurança pública. A gente tem que investir em inteligência. Tem de enfrentar a milícia.  Tem que ir no coração econômico. Tem que ter investimento de inteligência financeira sobre o crime. Tem que perseguir o dinheiro do crime.
O senhor será novamente candidato a prefeito do Rio? Nesse caso, qual será sua principal bandeira? 
Eu cheguei ao segundo turno tendo oito segundos de televisão. Eu brincava que era campanha Usain Bolt. Eu tinha o tempo que ele usa para correr cem metros. E chegamos ao segundo turno. No segundo turno, a gente teve 42%.  As pesquisas hoje apontam que eu estou em primeiro lugar. Então, é claro que eu tenho uma responsabilidade muito grande. Eu tenho me esforçado muito para criar uma grande frente ampla de enfrentamento à barbárie e à incivilidade que está colocada hoje.
O tempo passa e não se esclarece quem mandou matar a vereadora Marielle... 
Esclarecer o caso da Mariele é muito decisivo para o país. É um caso de violência política. Contra uma mulher. Nós já sabemos quem atirou nela. Foi um dos assassinos mais caros, mais sofisticados do Rio de Janeiro. Ele não matou por ódio. Ele nunca matou por ódio. Ele é um assassino profissional contratado. E é caro. Quem mandou matar Marielle é uma  pergunta republicana. Porque há um grupo político que tem como forma de fazer política no Rio de Janeiro, em pleno século 21, a possibilidade de matar alguém. Não pode haver democracia num lugar onde um grupo político tem como forma de fazer política a morte de alguém.
Assista a entrevista na completa:
> Radicalização da esquerda justifica edição de novo AI-5, afirma Eduardo Bolsonaro
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Até onde o senhor acha que a família Bolsonaro está realmente envolvida com as milícias?
Olha, eu tenho muita prudência. Se eu não tivesse prudência, não estava vivo. Eu não falo o que eu não sei. Mas eu posso dizer que Bolsonaro é um defensor público das milícias. Ele tinha como figura da sua confiança, que articulava coisas entre todos os seus filhos, nos seus gabinetes, o (Fabrício) Queiroz. Sabidamente um cara envolvido com milícias. O Queiroz tem um histórico de relacionamento com matadores, inclusive com o matador da Marielle. Que era vizinho do Bolsonaro. A mulher e a mãe de um dos matadores mais conhecidos do Rio de Janeiro trabalhavam no gabinete do deputado Flávio Bolsonaro, colocados lá pelo Queiroz. Isso significa dizer que o Bolsonaro é um miliciano? Que Bolsonaro é dono de milícia? Não. Mas que ele tem que ser investigado. Que sua família tem que ser investigada.
A morte da menina Ághata evidenciou os problemas que pode haver na aprovação do excludente de ilicitude? 
O excludente de ilicitude é a coisa mais grave de todo o debate sobre o pacote anticrime. O nome já diz: você está excluindo uma ilicitude. Você está dizendo que pode matar alguém. Qualquer pessoa, policial e não policial. Porque o texto coloca o termo agente. Ele não coloca agente público. Ele coloca agente. Então, serve para polícia e serve para o civil. Se você matar alguém em situações de medo, forte emoção ou ameaça, isso pode servir como elemento de legítima defesa para o juiz pode anular a sentença.
Existe algum assassinato que aconteça sem grande emoção? 
Exatamente. A conclusão a que a gente chega é que só vai responder por homicídio quem matar rindo. Só que eu acho que entra uma reflexão maior. Esse é um governo que aposta no armamento. Esse é um governo que aposta na liberação das armas e esse é um governo que tem que apostar na possibilidade de as pessoas matarem, porque senão, não faz sentido.
Por outro lado, deputado, as pesquisas mostram que a segurança pública é considerado o maior problema do país. Qual seria o caminho para se enfrentar essa situação? 
É fundamental a reformulação completa da polícia. Você não pode ter um modelo de polícia tão atrasado, tão injusto para a própria polícia e  tão ineficaz. A gente tem uma população carcerária que está explodindo, que está crescendo e a gente só consegue resolver quatro por cento dos homicídios. Então, isso significa que a gente prende muito e prende mal. A gente tem uma polícia hoje que tem o maior índice de suicídio - o maior número de policiais mortos no Rio de Janeiro é por suicídio, mais do que em confronto. É preciso trabalhar o modelo de polícia, é  preciso reformular, é preciso ter um ciclo completo, com formação única, ter um investimento de carreira na polícia, para que a gente possa profissionalizar a polícia, para que a policia possa ser um instrumento de Estado, um instrumento de Justiça, de segurança para todos. A gente tem que trabalhar mais a capacidade dos municípios de agirem sobre a segurança pública. A gente tem que investir em inteligência. Tem de enfrentar a milícia.  Tem que ir no coração econômico. Tem que ter investimento de inteligência financeira sobre o crime. Tem que perseguir o dinheiro do crime.
O senhor será novamente candidato a prefeito do Rio? Nesse caso, qual será sua principal bandeira? 
Eu cheguei ao segundo turno tendo oito segundos de televisão. Eu brincava que era campanha Usain Bolt. Eu tinha o tempo que ele usa para correr cem metros. E chegamos ao segundo turno. No segundo turno, a gente teve 42%.  As pesquisas hoje apontam que eu estou em primeiro lugar. Então, é claro que eu tenho uma responsabilidade muito grande. Eu tenho me esforçado muito para criar uma grande frente ampla de enfrentamento à barbárie e à incivilidade que está colocada hoje.
O tempo passa e não se esclarece quem mandou matar a vereadora Marielle... 
Esclarecer o caso da Mariele é muito decisivo para o país. É um caso de violência política. Contra uma mulher. Nós já sabemos quem atirou nela. Foi um dos assassinos mais caros, mais sofisticados do Rio de Janeiro. Ele não matou por ódio. Ele nunca matou por ódio. Ele é um assassino profissional contratado. E é caro. Quem mandou matar Marielle é uma  pergunta republicana. Porque há um grupo político que tem como forma de fazer política no Rio de Janeiro, em pleno século 21, a possibilidade de matar alguém. Não pode haver democracia num lugar onde um grupo político tem como forma de fazer política a morte de alguém.
Assista a entrevista na completa:
> Radicalização da esquerda justifica edição de novo AI-5, afirma Eduardo Bolsonaro
[caption id="attachment_401068" align="alignleft" width="640"] Catarse[/caption]
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