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Congresso em Foco
11/7/2017 | Atualizado 29/11/2017 às 11:34
 [fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo]
[fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo]
Mesa ocupada: Eunício teve que usar um microfone de mão para poder anunciar o início da sessão
Depois de uma ocupação que durou entre 11h e 19h desta terça-feira (11) na Mesa Diretora do plenário, o Senado aprovou na noite desta terça-feira (11) o Projeto de Lei 38/2017, que promove a reforma trabalhista patrocinada pelo governo Michel Temer, em meio à pior crise de sua gestão, e altera diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A matéria foi aprovada com a promessa de que Temer, denunciado por corrupção passiva e sob julgamento na Câmara, compromete-se a vetar pontos polêmicos da proposta (veja a lista abaixo). Foram 50 votos a favor e 26 contra, com apenas uma abstenção. Apenas três senadores não participaram da votação: Acir Gurgacz (PDT-RO), Hélio José (PMDB-DF) e Maria do Carmo Alves (DEM-SE). Saiba como cada senador votou na reforma trabalhista aprovada nesta terça-feira Rejeitados pela maioria governista a postos em plenário, três destaques foram apresentados na tentativa de alterar o PL 38 - de autoria da oposição, os textos alternativos pretendiam excluir do texto as questões do trabalho intermitente, da prevalência do negociado sobre o legislado e das condições de insalubridade para grávidas (leia mais abaixo). A oposição protestou e disse que não se poderia confiar em um presidente que, denunciado por corrupção, não tem condições de governar e, consequentemente, não pode garantir providências sobre o conteúdo do projeto de lei aprovado. A edição de uma medida provisória foi prometida como complemento à matéria. Reforma trabalhista: senadoras oposicionistas ocupam Mesa e Eunício manda desligar luz e som do plenário Saiba mais sobre os relatórios alternativos apresentados pela oposição ao projeto de reforma trabalhista O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), só conseguiu dar início à sessão de votação por volta das 19h. Durante todo o dia, o clima de tensão foi a regra na Casa, com muito bate-boca, protestos oposicionistas, reação governista e um impasse de sete horas. Superado o imbróglio, Eunício finalmente abriu a rodada de discursos contra e a favor da matéria, quando a maioria dos que subiram à tribuna se revezaram em protestos. Depois da jornada de votações em três comissões temáticas, que resultou até em agressões físicas entre senadores, a matéria foi aprovada em 28 de junho no último colegiado antes do plenário, a Comissão de Constituição e Justiça, por 16 votos a 9, com uma abstenção. O texto avalizado pela maioria na CCJ foi elaborado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais fiadores da gestão Temer, depois de votos em separado dos senadores Eduardo Braga (PMDB-AM), Lasier Martins (PSD-RS), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (Psol-AP) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). [fotografo]Lula Marques/AGPT[/fotografo][/caption] 
Todos eles queriam promover alterações no projeto que veio da Câmara e foi endossado integralmente pelos senadores governistas - texto relatado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, numa derrota do governo, rejeitado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Durante toda a fase de discussão nas comissões, Ferraço foi criticado porque, na condição de relator e legislador, abriu mão de promover mudanças no texto, restringindo-se a avalizar a missão dos vetos por Temer.
A pressa do governo em votar o texto no Senado sem modificações se deve ao fato de que, caso houvesse alteração de conteúdo, a matéria teria que retornar à análise da Câmara, autora do PL 38/2017. Uma das preocupações dos governistas, mesmo não declarada, é a sinalização, ao mercado financeiro, de que o Executivo, mesmo diante da denúncia de Temer por corrupção passiva, é capaz de promover no Congresso as reformas estruturantes e as medidas de ajuste fiscal - embora até os membros da base de sustentação reconheçam que as denúncias de corrupção na gestão peemedebista inviabilizaram a reforma da Previdência, por exemplo.
Discussão
Tão logo Eunício anunciou o início do processo de votação, deu-se a rodada de discursos em plenário, em um panorama de poucas intervenções governistas para defender o projeto. Relator da matéria, Jucá foi uma das vozes da base a se apresentar em público favoravelmente à matéria. "Nós temos alguns compromissos. Primeiro, ressaltar que esse projeto não retira direitos do trabalhador, porque os direitos estão garantidos na Constituição Federal, e isto aqui é uma lei infraconstitucional", discursou o peemedebista, acrescentando que o governo editará medida provisória como complemento à reforma e proibindo trabalho para gestantes em condição insalubre, por exemplo.
"Essa lei que vamos aprovar hoje é moderna, uma lei que vai gerar empregos, criar oportunidade. Principalmente para os jovens terem a condição do primeiro emprego, porque hoje o desemprego é muito grande, mas quem sofre mais com o desemprego é a juventude brasileira", concluiu Jucá.
Uma das principais críticas da matéria, Gleisi foi a primeira a subir à tribuna, e o fez de maneira indignada. "Os senhores deveriam ter vergonha de estarem votando a reforma trabalhista aqui! Nós temos que votar a favor do povo, não contra o povo! Vocês estão votando pelos interesses de vocês, olhando o umbigo de vocês, porque é isso que os senhores querem: que o trabalhador ganhe menos, trabalhe mais e que o lucro seja maior na sociedade. E, de preferência, que o orçamento público sirva, apenas e tão somente, para pagar o serviço financeiro da dívida. É a política do mercado! É a política do mais rico!", esbravejou a senadora petista, apoiada por uma das parceiras na ocupação da Mesa.
[fotografo]Lula Marques/AGPT[/fotografo][/caption] 
Todos eles queriam promover alterações no projeto que veio da Câmara e foi endossado integralmente pelos senadores governistas - texto relatado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) que foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e, numa derrota do governo, rejeitado na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Durante toda a fase de discussão nas comissões, Ferraço foi criticado porque, na condição de relator e legislador, abriu mão de promover mudanças no texto, restringindo-se a avalizar a missão dos vetos por Temer.
A pressa do governo em votar o texto no Senado sem modificações se deve ao fato de que, caso houvesse alteração de conteúdo, a matéria teria que retornar à análise da Câmara, autora do PL 38/2017. Uma das preocupações dos governistas, mesmo não declarada, é a sinalização, ao mercado financeiro, de que o Executivo, mesmo diante da denúncia de Temer por corrupção passiva, é capaz de promover no Congresso as reformas estruturantes e as medidas de ajuste fiscal - embora até os membros da base de sustentação reconheçam que as denúncias de corrupção na gestão peemedebista inviabilizaram a reforma da Previdência, por exemplo.
Discussão
Tão logo Eunício anunciou o início do processo de votação, deu-se a rodada de discursos em plenário, em um panorama de poucas intervenções governistas para defender o projeto. Relator da matéria, Jucá foi uma das vozes da base a se apresentar em público favoravelmente à matéria. "Nós temos alguns compromissos. Primeiro, ressaltar que esse projeto não retira direitos do trabalhador, porque os direitos estão garantidos na Constituição Federal, e isto aqui é uma lei infraconstitucional", discursou o peemedebista, acrescentando que o governo editará medida provisória como complemento à reforma e proibindo trabalho para gestantes em condição insalubre, por exemplo.
"Essa lei que vamos aprovar hoje é moderna, uma lei que vai gerar empregos, criar oportunidade. Principalmente para os jovens terem a condição do primeiro emprego, porque hoje o desemprego é muito grande, mas quem sofre mais com o desemprego é a juventude brasileira", concluiu Jucá.
Uma das principais críticas da matéria, Gleisi foi a primeira a subir à tribuna, e o fez de maneira indignada. "Os senhores deveriam ter vergonha de estarem votando a reforma trabalhista aqui! Nós temos que votar a favor do povo, não contra o povo! Vocês estão votando pelos interesses de vocês, olhando o umbigo de vocês, porque é isso que os senhores querem: que o trabalhador ganhe menos, trabalhe mais e que o lucro seja maior na sociedade. E, de preferência, que o orçamento público sirva, apenas e tão somente, para pagar o serviço financeiro da dívida. É a política do mercado! É a política do mais rico!", esbravejou a senadora petista, apoiada por uma das parceiras na ocupação da Mesa.
 
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