Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Mariana Haubert
10/7/2013 9:00
[fotografo]Jonas Pereira/Agência Senado[/fotografo][/caption]Sindicalistas de sete centrais sindicais pediram ao presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), a derrubada de três vetos da presidenta Dilma Rousseff. O Congresso deve decidir nesta quarta-feira (10) quais rejeições presidenciais serão analisadas pelos parlamentares. São mais de 1,7 mil negativas que ainda precisam ser votadas. O pedido dos sindicalistas pode causar um impacto nas contas do governo de mais de R$ 5 bilhões.
O deputado e presidente da Força Sindical, Paulinho da Força (PDT-SP), informou que os pedidos tratam das rejeições ao fator previdenciário, ao projeto que concede aumento de 16,2% aos aposentados e à chamada Emenda 29, que garante mais investimentos para a saúde. O parlamentar disse esperar apoio do Congresso, já que o Executivo não acatou às reivindicações das centrais.
"A Força Sindical perdeu a paciência com o governo Dilma. Nenhuma reivindicação nossa foi atendida. O governo terá muita dor de cabeça daqui para o final do governo dela", afirmou o deputado. Dentre os três pedidos, Paulinho destacou como mais importante o do fator previdenciário. "Nas nossas contas, se nós eliminássemos o fator previdenciário hoje, ele teria um custo de R$ 3 bilhões. Mas se você fizer uma outra conta, só a desoneração da folha de pagamento, o governo está tendo este ano um prejuízo de R$ 18 bilhões. Ou seja, seis vezes o que estamos pedindo. É uma questão de prioridade, não compromete em nada dar R$ 3 bilhões para os trabalhadores do Brasil", disse.
Renan se reuniu com os sindicalistas mas não informou se irá acatar o pedido feito. Ele disse que se reunirá hoje com líderes partidários da Câmara e do Senado para decidir quais critérios serão adotados para escolher os vetos a serem analisados. Na semana passada, o Congresso rejeitou, de uma única vez, 1478 vetos que já haviam perdido a eficácia. Restam ainda cerca de 1,7 mil rejeições a serem analisadas. Apesar de ser prerrogativa dos parlamentares dar a palavra final sobre uma determinada matéria, o Congresso deixou de votar os vetos nos últimos dez anos.
Na semana passada, Renan afirmou que o governo estava preocupado com a análise de vetos "bomba", aqueles que podem causar algum prejuízo ao equilíbrio fiscal do país, como o do fator previdenciário. Para o senador, é importante encontrar uma solução consensual entre governo e Congresso.
Greve geral
Os sindicalistas preparam uma grande mobilização nacional na próxima quinta-feira (12). Segundo Paulinho, não está descartada a hipótese de greve geral caso o governo não atenda às reivindicações dos trabalhadores. O senador petista Paulo Paim (RS) admitiu que o governo falhou ao não dialogar com os trabalhadores. "Pelo outro lado, percebi também que eles querem que o Executivo se mova. O Executivo recebe os movimetos sociais mas não negocia nenhum ponto. Com esse movimento e o Congresso apontando caminhos para atender às ruas eu espero que o Executivo sente para negociar e atenda, nem que seja em parte, as demandas dos trabalhadores.", disse.
Mais sobre vetosTemas
Câmara dos Deputados
Comissão debate isenção de registro para professor de educação física
Atualização Fiscal
Câmara aprova projeto que atualiza valores de bens no Imposto de Renda