Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
11/6/2009 6:15
[/caption]Eduardo Militão
A reforma administrativa do Senado, prometida como resposta aos inúmeros escândalos que tomaram conta do Congresso este ano (leia mais), não tem prazo para ser concluída. A ideia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), contratada para apoiar a Casa no processo, é que as medidas sejam aplicadas gradativamente num período de dois anos. Mas a assessoria do primeiro secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), diz que não há previsão de quando as mudanças serão executadas.
Como não é a primeira vez que a Casa garante que vai mudar o jeito de cuidar da coisa pública, há desconfiança de que as dezenas de ideias, estudos e projetos feitos pela FGV jamais saiam do papel. Desde 1993, essa é a terceira oportunidade em que são apontados novos caminhos para o Senado ser mais eficiente e menos vulnerável à corrupção. Até agora, nenhuma medida foi aplicada.
Na semana que vem, a Comissão Técnica Especial (CTE) que sistematiza propostas para o novo organograma do Senado deve concluir seus trabalhos. O grupo vai reunir, filtrar e consolidar sugestões dos servidores e parlamentares sobre um relatório preliminar entregue pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), justamente a pedido do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), para conter a crise que se abateu desde que assumiu o posto.
O prazo para a entrega das sugestões acaba na próxima segunda-feira (15). Uma semana depois, no dia 22, o professor da FGV Bianor Cavalcante e parte de sua equipe de consultores se encontram com a CTE para verificar a contraproposta do colegiado e formular um relatório comum sobre o novo organograma do Senado e a quantidade de diretorias que devem existir.
Um relatório preliminar entregue pela Fundação foi criticado por servidores e pelo próprio primeiro secretário do Senado. O motivo é que seria impraticável a sugestão de se reduzir as 181 diretorias para sete (leia mais). Funcionários da Casa e outras pessoas ligadas ao processo ouvidas pelo Congresso em Foco classificaram o trabalho inicial da FGV como deficiente porque foi feito às pressas, apenas para "calar a boca" de jornalistas em face do amplo noticiário negativo do Senado, como pagamento de horas extras a funcionários em pleno recesso, farra das passagens aéreas (leia mais) e repasse de imóveis funcionais a terceiros.
A assessoria da Fundação evita contrapor os argumentos e diz que o trabalho foi feito conforme a determinação da Casa. "Foi feito o que foi combinado, uma proposta de reestruturação administrativa. Era só montar um organograma."
Segundo a assessoria da FGV, na verdade, foram identificadas 110 pessoas com cargos de diretor no Senado. Mas 69 diretorias não existiam de fato. Apenas 41 realmente funcionavam. Aí, sim, a fundação propôs a redução para sete diretorias.
A partir das conversas com a CTE, os consultores da FGV vão tentar chegar a um consenso sobre o número de diretorias. Se isso não acontecer, produzirão dois relatórios, com propostas diferentes. Em ambos os casos, o material será entregue a Sarney na quinta-feira 25 de junho.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), é um dos que estão preocupados com a aplicação da reforma administrativa no Senado. Ele promete fazer sua parte e brigar para as propostas moralizadoras saírem do papel. O tucano defende que os prazos sejam encurtados.
"Qualquer coisa protelatória só vai complicar", diz Virgílio. "Um dia a mais ou a menos não vai atrapalhar. Eu quero é que as coisas andem. É preciso urgência que leve a caminhos novos. Eu, por exemplo, vou exigir, vou cumprir com meu dever."
Em discurso no plenário, o senador lembrou que estudos para a melhoria do Senado foram sim
Temas
DEFESA DO CONSUMIDOR
Lula sanciona lei que cria novos direitos para clientes de bancos
Imposto de Renda
Comissão adia votação da isenção do IR para esta quarta-feira
Análise de Processos
Conselho de Ética da Câmara analisa abertura de 12 novos processos