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Congresso em Foco
15/5/2009 19:14
Fábio Góis
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) acaba de comunicar a retirada de sua assinatura do requerimento de criação da CPI da Petrobras, cuja formalização foi lida na manhã desta sexta-feira (15) em plenário. Em ofício encaminhado à presidência do Senado, o pedetista alegou quebra de acordo firmado ontem (quinta, 14) em reunião de líderes, quando ficou decidido que, antes da leitura, o presidente da estatal, Sérgio Gabrielli, deveria ser ouvido em audiência pública conjunta das comissões de Constituição e Justiça; de Assuntos Econômicos; e de Infra-Estrutura.
"A decisão era sensata e madura. Esta audiência pública permitiria um esclarecimento imediato sobre as suspeitas levantadas contra a atual administração da mais conceituada empresa nacional", diz trecho do comunicado. Cristovam defende que, na hipótese de os esclarecimentos de Gabrielli vierem a ser convincentes, e a reunião "evitaria qualquer ameaça de risco à rentabilidade e o prestígio internacional da Petrobras".
"Caso os esclarecimentos prestados ali não fossem suficientes, não fossem capazes de atender às respostas que toda a sociedade brasileira e o Senado têm a obrigação e obter da direção da Petrobras, então faríamos a CPI", alegou o senador, acrescentando que manteria a adesão se fosse verificado o fracasso da oitiva.
Sem entrar em detalhes ou citar nomes, Cristovam também fez menção ao inédito episódio ocorrido ontem (14) em pleno plenário, quando tucanos invadiram a Mesa Diretora em reposta à relutância do colegiado em ler o requerimento de instalação da CPI. "Infelizmente, as coisas não evoluíram com a maturidade demonstrada na manhã de quinta-feira, na reunião de líderes. O acordo estabelecido ali não foi cumprido. Se esse acordo não está, portanto, sendo cumprido, retiro minha assinatura da CPI", arremata Cristovam, dizendo que poderá rever a decisão se a audiência pública for mantida.
A retirada de assinatura de Cristovam vale para os dois requerimentos de CPI que têm como objeto supostas irregularidades na Petrobras: o 570/2009, apresentado em setembro de 2007 pelo senador Romeu Tuma (PTB-SP); e o 569/2009, de autoria do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que inclui a Agência Nacional do Petróleo (ANP) nas investigações. Até a meia-noite desta sexta-feira (15) a Secretaria Geral da Mesa ficará em funcionamento para, como determina o regimento interno, receber pedidos de retirada ou inclusão de assinaturas.
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