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Congresso em Foco
27/1/2009 | Atualizado às 17:33
Um dos idealizadores do Fórum Social Mundial, o empresário Oded Grajew, presidente do Instituto Ethos de Responsabilidade de Empresas, afirmou nesta terça-feira (27) que espera que as autoridades convidadas para participar do evento “ouçam mais do que falem”. Aguardados com grande expectativa, pelo menos cinco presidentes latino-americanos devem participar do painel "América Latina e o desafio da crise internacional", na próxima quinta-feira (29).
Além de Lula, também são aguardados para participar dos debates os presidentes Evo Morales, da Bolívia, Hugo Chávez, da Venezuela, Rafael Correa, do Equador, e Fernando Lugo, do Paraguai. Ao contrário dos anos anteriores, Lula desta vez não irá ao Fórum Econômico Mundial, realizado também esta semana em Davos, na Suíça. O presidente deve se deslocar até Belém acompanhado de 12 ministros.
“A vinda deles pode significar uma vontade política de se associar a esse movimento da sociedade civil. Espero que eles venham mais para ouvir do que para falar e espero que isso repercuta em políticas públicas”, disse Grajew, referindo-se à presença dos presidentes.
Nesta manhã, o empresário criticou a destinação de recursos públicos para socorrer instituições financeiras. Oded Grajew condenou a ajuda a montadores e bancos em detrimento da aplicação de dinheiro público em programas sociais e de saúde e educação.
“Antes se falava que, para combater a pobreza, para promover a justiça social e a qualidade de vida para todos, não tínhamos recursos. Agora, rapidamente, temos trilhões que são empregados para socorrer o sistema financeiro, montadoras de automóveis, e tudo isso seria mais do que suficiente para acabar com a pobreza do mundo”, protestou.
Governo Lula
Em relação às medidas anticrise tomadas pelo governo Lula, Grajew preferiu não criticar diretamente. Ao Congresso em Foco, o empresário desconversou sobre críticas pontuais a políticas do governo Lula e defendeu que qualquer ajuda a bancos, montadoras e outras instituições só deve ser feita mediante “condições”.
“[Sobre as medidas] cada um tem sua opinião. Utilizar recursos públicos para melhorar a vida das pessoas é sempre importante. Do meu ponto de vista, os recursos colocados teriam que ser com ‘condicionalidade’. No caso da indústria automobilística, por exemplo, o governo deveria dizer ‘vou te ajudar, mas vocês terão o compromisso de preservar empregos e adotar no Brasil os carros que fazem lá fora, que são menos poluentes’”, exemplificou.
Grajew foi o primeiro empresário a se aproximar de Lula, em 1984, quando o país deflagrava o movimento pelas eleições diretas para presidente e o petista enfrentava forte resistência do empresariado por causa de sua militância no sindicalismo no Grande ABC Paulista. Com a eleição de Lula, em 2002, o empresário foi nomeado assessor especial da Presidência com a tarefa de envolver a iniciativa privada no programa Fome Zero. Grajew deixou o cargo em novembro de 2003.
“Os indicadores do governo Lula foram muito melhores do que de governos passados em relação à redução da pobreza, à redução da desigualdade. Esses, inclusive, são indicadores que indicam a popularidade do presidente Lula. Mas é também um governo que deixou de fazer reformas importantes, como a reforma política. Ele poderia ter feito reformas mais estruturais, até mesmo aproveitando a sua popularidade”, avaliou. (Renata Camargo. de Belém)
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