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Congresso em Foco
9/3/2009 | Atualizado às 19:58
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), considerou nesta segunda-feira (9) que “excessos” ocorreram na utilização de escutas telefônicas por parte de autoridades policiais. Para ele, é preciso que a polícia atue “dentro dos estritos limites da lei e do estado de direito”.
“Nós tivemos muitos excessos dando a impressão, e até mesmo criando dentro da população brasileira um certo medo, a respeito de ações que extrapolassem o estado legal”, afirmou.
Sarney também deixou a entender que é favorável a um controle externo da Polícia Federal. “O preço do Estado de Direito é realmente o controle da sociedade”, afirmou.
A declaração do parlamentar diz respeito à mais recente edição da revista Veja, que afirma que o delgado Protógenes Queiroz (coordenador da Operação Satiagraha) montou um esquema ilegal de escutas contra autoridades federais. Por sua vez, Protógenes nega a acusação.
A Satiagraha investigou um bilionário esquema de crimes financeiros e chegou a prender no ano passado o dono do Grupo Opportunity, Daniel Dantas; o investidor Naji Nahas; e o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Investigações
O peemedebista também pediu ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que determine à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar as denúncias do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) à Veja. Segundo o parlamentar pernambucano, ele próprio estaria sendo grampeado a mando de integrantes do PMDB. Há cerca de um mês, o parlamentar afirmou à publicação que grande parte do seu partido queria corrupção. Sarney ainda pediu ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que acompanhe a investigação.
Já o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, afirmou que a instituição deve concluir nos próximos dias o inquérito sobre eventuais vazamentos de informação durante a Satiagraha.
“A gente está em apuração. Houve uma matéria jornalística, mas para nós é matéria de investigação ainda não concluída. Nos próximos dias, haverá um relatório conclusivo por parte da Polícia Federal.”, disse Corrêa nesta segunda-feira, após encontro com Sarney.
Conversa entre pai e filho
O próprio Sarney já chegou a ser grampeado pela Polícia Federal. Em um diálogo gravado com autorização judicial, o peemedebista pergunta a seu filho Fernando Sarney se ele havia recebido informações da Agência Basileira de Inteligência (Abin), supostamente a respeito de uma ação judicial que corria sob sigilo.
O diálogo, gravado em 17 de abril do ano passado, mostra Fernando perguntando ao senador se ele tinha notícias de um processo sob segredo de Justiça ajuizado na 1ª Vara da Justiça do Maranhão, reduto eleitoral do clã dos Sarney. Em entrevista, José Sarney afirmou que não lembra de ter usado o nome da agência no diálogo interceptado. (leia mais) (Rodolfo Torres)
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