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A guerra dos esfarrapados

Congresso em Foco

4/3/2008 | Atualizado às 19:13

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Celso Lungaretti*

Dificilmente uma situação de política internacional assume características tão evidentes de comédia de erros como a crise entre Colômbia e Equador.
 
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia são um grupo guerrilheiro que teimou em continuar atuante após o término do ciclo das ditaduras militares sul-americanas e sua contrapartida, a opção das esquerdas pela via armada de libertação.
 
Pior: para sobreviverem à sua época, descaracterizaram-se como defensoras de valores nobres, estabelecendo relações promíscuas com o narcotráfico e criando a indústria de seqüestros.
 
Uma prática tão desumana só podia ser relevada por idealistas no caso da troca dos reféns por presos políticos, ou seja, como alternativa extrema aos assassinatos e torturas a que estavam sujeitos os resistentes em regimes despóticos. Sua universalização como fonte de recursos financeiros é inadmissível para revolucionários formados na tradição marxista.
 
O governo da Colômbia também parece ter retrocedido aos tempos sombrios da guerra fria. Colocou suas forças repressivas sob a tutela dos EUA e desencadeia matanças em território alheio, violando a soberania do Equador. É culpado de extermínio dos seus cidadãos e pirataria.
 
O Equador, por sua vez, abria suas fronteiras para bandos armados empenhados na desestabilização de um país vizinho. Envolveu-se, por omissão ou anuência, num problema interno de outra nação, o que faz seus atuais rompantes de virgem ultrajada soarem particularmente cínicos.
 
O presidente venezuelano Chávez, em sua queda de braço com o congênere colombiano Uribe, tudo faz para estimular uma  incrível guerra brancaleone, comportando-se com uma irresponsabilidade monstruosa. Mesmo tendo o Equador como aliado (ou  teleguiado), isto nem de longe justificava a mobilização de suas tropas, colocando mais lenha na fogueira.
 
E, last but not least, os EUA de Bush se arrogam o papel de polícia do mundo, passando por cima do Direito internacional e de todas as normas de coexistência civilizada entre os povos. Depois de devastarem o Afeganistão e o Iraque, estão ajudando a provocar uma  guerra dos esfarrapados  em nosso continente.
 
O partido das pessoas de bem, face a essa ameaça de morticínio insano, é em defesa da vida de colombianos, equatorianos e quantos outros seres humanos trabalhadores e humildes (são sempre eles as buchas de canhão!) que possam vir a tombar nos campos de batalha. A guerra pertence à pré-história da humanidade. 

*Celso Lungaretti, 57 anos, é jornalista em São Paulo, com longa atuação em redações e na área de comunicação corporativa, e escritor. Escreveu Náufrago da utopia (Geração Editorial, 2005). Mais dele em http://celsolungaretti-orebate.blogspot.com/.

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