Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
14/10/2007 12:49
O Globo
Crise Renan afeta produtividade no Senado
A crise política que teve como pivô, nos últimos cinco meses, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não afetou somente a imagem da Casa, mas também a produção legislativa. Desde maio, quando surgiram as primeiras denúncias contra Renan, com exceção de medidas provisórias, apenas dez projetos de lei foram aprovados pelo plenário do Senado, sendo alguns de datas comemorativas. A maior atividades dos senadores neste período foi a apreciação de medidas provisórias – editadas pelo Executivo – e decretos de concessões de rádio e televisão.
Câmara quer mudar imagem desgastada
Depois que o plenário rejeitou o parecer pela cassação do mandato de Renan Calheiros, em votação secreta, em setembro, os senadores ensaiaram uma reação e aprovaram resolução que impede a realização de sessões plenárias secretas em processos de cassação de mandato. E, na Comissão de Constituição e Justiça, foi aprovada emenda constitucional que acaba contra o voto secreto nos processos contra parlamentares. A Câmara começou o ano disposta a mudar a imagem desgastada pelas denúncias de corrupção que envolveram quase uma centena de parlamentares da legislatura passada, nos esquemas do mensalão e da compra fraudulenta de ambulâncias (sanguessugas). Mas também sofreu efeitos da crise Renan. O presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), deflagrou ritmo intenso de votações e várias matérias importantes foram votadas, como projetos da área de segurança pública aprovados no Senado em 2006. Mas no auge da crise do Senado, os deputados tentaram levar adiante a votação da reforma política e não conseguiram. No segundo semestre, com a pauta novamente trancada por MPs, a produtividade da Casa caiu e, até agora, se concentrou apenas na aprovação da CPMF.
Governo estuda cortar 2 mil cargos em comissão de sete órgãos públicos
Enquanto o presidente Lula defende publicamente o aumento das contratações de funcionários públicos, o governo estuda cortar nas próximas semanas até dois mil cargos em comissão, os chamados DAS (Direção e Assessoramento Superior), que atualmente estão distribuídos em sete órgãos públicos. A mudança faz parte de uma série de medidas de modernização da máquina pública conduzida pelo Ministério do Planejamento desde o início do ano. Outra novidade, além dos cortes, é a contratação para cargos em comissão por meio de concurso público. Hoje, o governo tem livre provimento desses cargos, que somam 21 mil.
Folha de S. Paulo
Entrevista – Lula admite disputa novo mandato, mas só em 2014
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva diz que poderá disputar um terceiro mandato em 2014 ou 2015: "A conjuntura do momento vai indicar". Em entrevista à Folha, ele afirmou apoiar a emenda que acaba com a reeleição, desde que o mandato seja estendido para cinco ou seis anos. Quer uma candidatura única à Presidência dos partidos aliados -"se tiver quatro candidatos no campo do governo, o governo vai ficar imobilizado" – e admitiu apoiar o governador Aécio Neves (PSDB-MG): "Se entrasse no PMDB e fosse candidato da base, não teria problema nenhum. Mas precisaria saber se a base quer". Em conversa de uma hora e meia na manhã de quarta-feira no Palácio do Planalto, Lula rejeitou tentar a re-reeleição em 2010. "Não existe hipótese para o bem do Brasil, para o bem da democracia e para o meu bem". Bem-humorado, Lula (que completará 62 anos no dia 27) contou que aceitara convite da Aeronáutica para voar num caça a 45 mil pés (13,7 km) de altitude: "Vai dar para ver a curvatura do globo terrestre". Pediu café e fez introdução de cinco minutos sobre as realizações do governo: "Hoje, sou um homem convencido de que o Brasil se encontrou enquanto nação".
Entrevista – “Afastamento de Renan vem tarde demais”, afirma Peres
O senador Jefferson Peres (PDT-AM) disse ontem que a licença de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado "vem tarde demais" e que o eventual retorno, após 45 dias, implicará o recomeço da crise política. "Simplesmente a autoridade dele se derreteu." Jefferson Peres diz que o senador perdeu a confiança de vários colegas da Casa e que isso é irrecuperável; "se Renan voltar, volta a crise".
O Estado de S.Paulo
Renan fez emenda para empresa fria
No papel, a empresa KSI Consultoria e Construções Ltda. tem sede (em Pernambuco) e filial (em Alagoas), dois proprietários e capital social de R$ 600 mil. De fato, ela nunca existiu. Mesmo assim, recebeu dos cofres da União R$ 280 mil - a última parte acabou de ser liberada -, por meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), com verbas oriundas de uma emenda parlamentar do presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O verdadeiro proprietário da empresa é um ex-assessor de Renan, José Albino Gonçalves de Freitas, que transita entre Brasília e Alagoas. O responsável pela contratação foi o filho do senador, Renan Calheiros Filho (PMDB), que é prefeito de Murici (AL).
Entrevista Guido Mantega – “Estamos criando a nova classe média”
A expressão social-desenvolvimentismo tem sido repetidamente utilizada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para nomear o que seria um modelo econômico adotado pelo governo Lula. Nos seminários, palestras e audiências públicas no Congresso em que é convidado a falar, Mantega afirma que esse novo modelo vai levar a economia brasileira a ter taxas de crescimento mais aceleradas, com maior distribuição de renda. Em síntese, nesta entrevista ao Estado, o ministro assenta o social-desenvolvimentismo em três pilares: mercado de consumo de massa, nova classe média e sinocentrismo. A Fazenda está preparando um documento com uma explicação detalhada sobre esse modelo. Para Mantega, trata-se de “uma terceira via econômica”, que passa ao largo da ortodoxia e da heterodoxia econômicas.
Correio Braziliense
A tríplice coroa dos petistas
Na gíria do futebol, a “tríplice coroa” é o termo dado ao time que conquista três títulos importantes. Em 2003, por exemplo, o Cruzeiro conquistou o campeonato mineiro, a Copa do Brasil e o Brasileirão. No futebol, isso é motivo de festa para quem ganha. Na política, nem tanto. Pode ser motivo de ciúme e rompimento. No curto prazo, o PT terá as presidências do Senado, da Câmara e da República. Nada mal para um partido que, há um ano, não comandava os dois primeiros e trabalhava para tentar se manter no terceiro. O problema é a conseqüência disso. Aliados e oposição estarão de olho nos passos do PT a partir de amanhã. A licença de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado abre caminho para o partido assumir a vaga por, pelo menos, 45 dias com Tião Viana (PT-AC). O PT comandará, ao mesmo tempo, a Câmara com Arlindo Chinaglia (PT-SP) e o Palácio do Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Será a primeira coincidência desse tipo desde o governo de José Sarney (PMDB-AP), no final da década de 1980, quando o PMDB tinha os três cargos nas mãos.
Insônia, tensão e abatimento
O abatimento de Renan Calheiros (PMDB-AL) no discurso em que anunciou a licença da presidência do Senado foi o resultado de um homem deteriorado pessoal e politicamente após quase cinco meses de crise. Segundo assessores, Renan engordou, ficou hipertenso, se isolou em casa e passava noites em claro. Desde o início da turbulência política, ele mudou sua rotina. Varava a madrugada com advogados e amigos em casa. Com um copo de vinho chileno ou uísque na mão, Renan não dormia antes das 3h durante a semana. Acordava às 9h. Quando lhe convinha, lia jornal e o resumo feito por assessores. Em dias de ataques, preferia ouvir relatos antes de ler com os próprios olhos. Assistia telejornais quando era informado da possível veiculação de algo contra ele. No gabinete, preferia deixar a TV Senado sintonizada. As rotineiras caminhadas na península dos ministros, espécie de condomínio onde moram autoridades, acabaram. Para evitar algum tipo de constrangimento, Renan parou de caminhar. Resultado: pressão alta e aumento de peso.
Só apoio virtual no ano que vem
Do alto de impressionantes índices de popularidade, na casa dos 60%, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá importante papel na eleição municipal de 2008. O apoio de Lula, porém, deverá ser mais virtual do que concreto. Ele sonha reproduzir a base aliada pelo país, mas percebeu que há mais disputa do que concórdia entre os partidos governistas. Em jantar com os líderes aliados na Câmara, há quase duas semanas, o presidente avisou que pretende pedir votos apenas no segundo turno, quando a base estiver unida. Mas esse cenário deverá ser raro. Nas principais capitais do país, onde o resultado eleitoral poderá ter reflexos na disputa em 2010, aliados estão unidos a partidos adversários do Palácio do Planalto. Em outros casos, duas legendas aliadas a Lula são as favoritas na disputa.
Temas
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara
Educação e Pesquisa
Comissão de Educação aprova projeto para contratação de pesquisadores