Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
27/8/2008 | Atualizado às 19:10
Após receber diversas críticas sobre a passividade do Congresso em relação ao número de medidas provisórias, o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou há pouco que vai determinar que a Secretaria Geral da Mesa não leia nenhuma medida provisória durante 45 dias. A única exceção será a MP que reajusta o salário de servidores, que será editada até a próxima sexta-feira (leia mais).
“É hora de agir. Mas vou agir à minha maneira”, afirmou Garibaldi. Por sua vez, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a decisão de Garibaldi “não produzirá nenhum efeito”, uma vez que já existem MPs tramitando e o Congresso entrará em “recesso branco” devido às eleições municipais. Já o líder do DEM, José Agripino (RN), afirmou que “ficaria feliz” se a decisão de Garibaldi fosse a partir do dia 10 de outubro.
“Estamos agachados. O Congresso está perdendo a sua utilidade”, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Autor de uma proposta que tramita há quatro anos sobre o fim do nepotismo (contratação de parentes), o parlamentar goiano destacou que o Supremo Tribunal Federal (STF) acertou ao editar uma súmula na semana passada proibindo a prática. “O Senado vai mal, sim!”, destacou.
Já a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), avaliou que as MPs “trazem transtorno ao Senado”, uma vez que “já chegam trancando a pauta”. “A responsabilidade é de todos nós, que não fizemos as mudanças”, avaliou.
Senado “moribundo”
O debate nesta tarde sobre o excesso de medidas provisórias começou após uma crítica do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O tucano fez referência a uma entrevista de Garibaldi na qual o peemedebista afirma que o Senado estava “moribundo” e em “extrema-unção”.
"Está na hora de Vossa Excelência parar de falar no jornal e reagir. Reagir como presidente desta Casa, reagir ao defender a honra desta Casa, defender a dignidade e a existência desta Casa. Se Vossa Excelência continuar a falar pelos jornais e não fizer nada de concreto, estará sendo coveiro deste moribundo Senado que está acontecendo aqui agora", afirmou o tucano.
"Não estou nem um pouco satisfeito com a condução que Vossa Excelência imprime a esta Casa, a partir de frases como: 'eu faço o que povo quer'. Vossa Excelência não se elegeu presidente da Casa para fazer o que o povo quer. Se elegeu para fazer aquilo de que a Instituição precisa. Se elegeu para fazer aquilo de que a instituição carece do ponto de vista da sua reafirmação institucional", complementou o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
Segundo Virgílio, Garibaldi está adotando um “comportamento midiático” e ressaltou que, caso declarações como essa voltem a ocorrer, um clima de “ingovernabilidade” pode se instalar no Senado. (Rodolfo Torres)
Atualizada às 19h03
Temas
DEFESA DA ADVOCACIA
OAB pede reunião urgente com INSS após postagem sobre benefícios
AGENDA DO SENADO
Pauta do Senado tem isenção do IR e proteção a direitos sociais
A revolução dos bichos
Júlia Zanatta diz que galinha pintadinha é "militante do PSOL"
TENTATIVA DE GOLPE
STF começa na sexta a julgar recurso de Bolsonaro contra condenação
SEGURANÇA PÚBLICA
Entenda o projeto de lei antifacção e o que muda no combate ao crime