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Congresso em Foco
8/9/2005 9:44
Guillermo Rivera |
Preso por dois dias sob a acusação de lavagem de dinheiro e destruição de documentos, Buratti depôs na última sexta-feira (19) mediante a garantia de delação premiada - ou seja, dependendo do grau de veracidade das afirmações, poderá ter sua pena reduzida. Além de ter sido assessor de Palocci na prefeitura, o advogado trabalhou para a Leão e Leão até 2004. A situação do ministro se agravou ainda mais com denúncia veiculada na última edição da revista Veja de que Buratti oferecia a alguns empresários encontros com Palocci. A reportagem, todavia, não deixa claro se os encontros ocorreram de fato. Na matéria, que seria baseada em documentos, e-mails e grampos telefônicos coletados em quase dois anos de investigação, há a transcrição do diálogo de um empresário com o advogado. Na conversa, o empresário, ainda não identificado, pediu a Buratti que o auxiliasse a obter uma certidão negativa na Receita Federal a fim de participar de uma licitação em Ribeirão Preto. O advogado teria respondido ao empresário que precisaria saber qual a urgência, pois não conseguiria, naquela data, conversar com Palocci. Um dos diálogos, gravados em 26 de julho de 2004, indica que Buratti conhecia a agenda do ministro. Reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo revela que material apreendido na sede da Leão e Leão pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual reforça a versão de Rogério Buratti. O documento seria um arquivo de computador denominado "despesas diversas", encontrado no notebook do ex-presidente da Leão Ambiental, Wilney Barquete. O documento se refere ao pagamento de "mensalidades" que variariam entre R$ 3 mil e R$ 50 mil a cinco cidades do interior de São Paulo - entre elas, Ribeirão Preto. Em seu depoimento ao Ministério Público, Buratti afirmou que Palocci recebia, naquela época, pagamento de R$ 50 mil por mês da Leão e Leão, empreiteira que cuidava do serviço de lixo na cidade. Buratti informou ainda que o dinheiro era repassado ao diretório nacional do PT para fazer caixa de campanha. O negócio seria intermediado por Ralf Barquete dos Santos, ex-secretário da Fazenda de Palocci, que morreu de câncer em julho de 2004. O Grupo Leão e Leão divulgou nota oficial na qual nega todas as acusações. Buratti também afirmou que a multinacional Gtech ofereceu propina de R$ 16 milhões ao PT. O dinheiro serviria para que fosse renovado o contrato de fornecimento de tecnologia para a Caixa Econômica Federal (CEF). Mas o advogado disse que o negócio não foi fechado porque Palocci resolveu não participar do acordo. As denúncias, porém, ainda são encaradas com certa cautela. O Ministério Público Estadual admitiu ontem não ter qualquer prova documental em relação ao suposto envolvimento entre Palocci e fraudes no esquema de licitações de Ribeirão Preto. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, no entanto, disse que há "fartas provas" sobre fraudes em licitações da prefeitura de Ribeirão Preto. |
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