Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Cotas em concurso público: entenda o projeto que será votado pela ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Cotas raciais

Cotas em concurso público: entenda o projeto que será votado pela Câmara

O PL 1.958/2021 aumenta o percentual das cotas sociais nos concursos públicos para 30% e inclui indígenas e quilombolas em lei

Congresso em Foco

17/11/2024 | Atualizado às 12:34

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Manifestantes protestam em favor de cotas raciais. Foto: Reprodução/Sintrajufe

Manifestantes protestam em favor de cotas raciais. Foto: Reprodução/Sintrajufe
A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira (13) o regime de urgência para o projeto de lei que substituirá a Lei de Cotas no Serviço Público, que completa uma década de vigência. Com a urgência, o texto não precisará passar mais por comissão e seguirá diretamente para o plenário. Sua votação depende apenas da inclusão do item na pauta pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Há expectativa de que a votação no Congresso seja concluída ainda em novembro, quando se celebra o Mês da Consciência Negra. Na próxima quarta-feira, dia 20, pela primeira vez o Dia da Consciência Negra será feriado em todo o país. Veja a íntegra do relatório enviado ao Plenário Aprovado pelo Senado em abril deste ano, o PL 1.958/2021, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), aumenta o percentual das cotas nos concursos públicos de 20% para 30%. Além de pretos e pardos, hoje contemplados com a reserva das vagas em concursos, o projeto estende a prerrogativa a quilombolas e indígenas. A proposta mantém a confirmação complementar à autodeclaração racial. Para coibir fraudes, a proposta prevê a padronização nacional das bancas de heteroidentificação, com participação de especialistas e garantia de recurso da decisão. [caption id="attachment_563007" align="alignleft" width="490"] Carol Dartora: é preciso aumentar o percentual de vagas e incluir indígenas nas cotas para acelerar a reparação histórica. Foto: Divulgação[/caption] Em casos de fraudes ou má-fé na autodeclaração, o órgão ou entidade responsável deverá instaurar processo administrativo para apurar a conduta, conforme o texto. Se atestada a fraude, o candidato pode ser eliminado do certame, se ainda estiver em andamento, ou até mesmo ter a admissão do cargo anulada, caso o tenha assumido. O resultado do processo será enviado ao Ministério Público para apurar ilícito penal e para a Advocacia-Geral da União (AGU) para verificar a necessidade de ressarcimento ao erário.  Primeira deputada federal negro do Paraná, Carol Dartora (PT) é a relatora do projeto. Para ela, as cotas são uma oportunidade de reparação histórica pelas injustiças sofridas pelos povos indígenas e quilombolas, como a perda de territórios, a discriminação sistemática e a exclusão social. "A reserva de vagas em concursos é uma das formas de trabalhar para corrigir essas desigualdades e proporcionar aos indígenas e quilombolas acesso a oportunidades que lhes foram historicamente negadas", defende a deputada em seu relatório na Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais. A relatora explica que, sem aumentar o percentual de vagas destinadas a pretos e pardos, a representatividade racial no serviço público no Brasil só seria alcançada daqui a 36 anos. Ao elevar o número de vagas reservadas, esse processo será acelerado em 13 anos. "Um estudo realizado em 2023 pelo Departamento de Soluções Digitais e Informações Gerenciais (Desin) e pela Coordenação de Infraestrutura de Tecnologia da Informação (Coinf), a pedido da Secretaria Extraordinária para Transformação do Estado, todos vinculados ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), revelou que, mantendo-se o atual percentual de 20% de reserva de vagas para pessoas pretas e pardas, alcançaríamos 48% de representatividade no corpo de servidores apenas em 2060. Com o aumento proposto para 30% e a inclusão de pessoas indígenas na política, essa meta seria atingida em 2047, antecipando o resultado em 13 anos. Para cargos de ensino médio, essa proporção de 50% seria alcançada já em 2036, enquanto para cargos de nível superior, a previsão é de atingir a meta em 2050", ressalta Carol Dartora. Outros casos previstos O projeto garante que as cotas sejam aplicadas quando o número de vagas do concurso público seja superior ou igual a dois. Quando o certame tiver apenas uma vaga ou cadastro reserva, a matéria aponta que os candidatos possam se inscrever por meio de reserva de vagas para negros, pardos, indígenas e quilombolas.  Nos casos de reserva de vaga, no entanto, o PL 1.958/2021 estabelece que disputarão concomitantemente com os candidatos da ampla concorrência. Assim, os candidatos com cotas serão classificados tanto no sistema de cotas quanto na ampla concorrência. Quando aprovado dentro da ampla concorrência, não serão computados nas vagas reservadas.  "A nomeação dos candidatos aprovados e classificados observará os critérios de alternância e proporcionalidade, considerada a relação entre o número total de vagas e o número de vagas reservado a pessoas pretas e pardas, indígenas e quilombolas e a outros grupos previstos na legislação", aponta o projeto.  Segundo o texto, o Poder Executivo federal  deverá promover a revisão do programa de ação afirmativa em dez anos, a partir da sanção presidencial. Caso seja aprovada sem mudanças pelos deputados, o texto seguirá diretamente para sanção do presidente Lula. Do contrário, será encaminhado ao Senado para nova votação. O projeto do senador Paulo Paim passou na Casa em 2021. Em junho de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu prorrogar a Lei de Cotas Raciais em concursos públicos, prevista na Lei 12.990/2014, até que o Congresso Nacional se pronuncie sobre o futuro da política. A legislação perdeu a validade em 10 de junho de 2024, após dez anos em vigor. Contudo, o STF considerou inconstitucional encerrar a política sem uma avaliação prévia de seus impactos e resultados.  
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Senado câmara dos deputados paulo paim Cotas Sociais cotas raciais Carol Dartora

Temas

Democracia Congresso Notícia

LEIA MAIS

AGENDA DA SEMANA

Pauta do Senado tem projeto de aumento do número de deputados

AGENDA DA SEMANA

Congresso marca sessão conjunta para discutir vetos presidenciais

AGENDA DA SEMANA

Pauta da Câmara inclui derrubada do aumento do IOF e proteção ao idoso

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

2

Data simbólica

Há 63 anos, o Acre era elevado à categoria de Estado

3

Segurança Pública

Comissão aprova reintegração de trechos vetados em lei das polícias

4

Educação

Deputado propõe cursos de medicina veterinária apenas presenciais

5

AGENDA DA SEMANA

Pauta da Câmara inclui derrubada do aumento do IOF e proteção ao idoso

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES