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Café com jornalistas
7/4/2023 | Atualizado às 10:17
 
 
 35 horas dentro de um avião devem ajudar a reduzir os conflitos entre Lira e Pacheco, acredita Lula. Foto: Marcos Corrêa/ABr[/caption]
Durante o café da manhã que teve com jornalistas na quinta-feira (6), Lula admitiu que o atual Congresso Nacional ainda não foi testado quanto ao tamanho da sua simpatia ao não com relação ao novo governo. Até agora, Lula avalia, não há ainda dificuldades objetivas na relação entre o governo e o Legislativo.
"Ainda não vi muita dificuldade na relação com o Congresso Nacional", afirmou. Lembrou, então, que antes mesmo de tomar posse, já conseguira fazer aprovar no Congresso a PEC que flexibilizou o teto de gastos, dando autorização ao governo para gastar R$ 145 bilhões além do teto. "Temos um presidente do Senado que foi eleito com o apoio da bancada do PT. Um presidente da Câmara eleito com o apoio da bancada do PT", emendou, referindo-se a Pacheco e Lira.
Lula admitiu, porém, que os dois presidentes eleitos "com o apoio da bancada do PT" resolveram entrar em uma disputa de poder. Segundo Lula, uma "divergência para ver quem pode mais e quem pode menos".
O presidente, no entanto, acredita que as condições para o entendimento começaram a ser postas. E que o tempo de confinamento no avião, tanto na ida quanto na volta, ajudará a promover conversas que afinem o entendimento. "Tenho certeza que eles vão se entender", afirmou.
"Vamos esperar o primeiro teste", afirmou. "Tenho certeza de que será aprovada a reforma tributária e o arcabouço fiscal", disse ele. "Não tem nenhum projeto que seja do meu interesse pessoal. Os projetos são de interesse do país".
O tamanho e a diversidade da comitiva que vai com Lula à China relacionam-se a essa busca de entendimento, relacionada à complexidade de montagem de uma base com a diversidade de partidos e posicionamentos que existe no Brasil. "É muito difícil se pensar em um sistema de coalizão política com quantidade de partidos que existe no país", constatou o presidente.
 35 horas dentro de um avião devem ajudar a reduzir os conflitos entre Lira e Pacheco, acredita Lula. Foto: Marcos Corrêa/ABr[/caption]
Durante o café da manhã que teve com jornalistas na quinta-feira (6), Lula admitiu que o atual Congresso Nacional ainda não foi testado quanto ao tamanho da sua simpatia ao não com relação ao novo governo. Até agora, Lula avalia, não há ainda dificuldades objetivas na relação entre o governo e o Legislativo.
"Ainda não vi muita dificuldade na relação com o Congresso Nacional", afirmou. Lembrou, então, que antes mesmo de tomar posse, já conseguira fazer aprovar no Congresso a PEC que flexibilizou o teto de gastos, dando autorização ao governo para gastar R$ 145 bilhões além do teto. "Temos um presidente do Senado que foi eleito com o apoio da bancada do PT. Um presidente da Câmara eleito com o apoio da bancada do PT", emendou, referindo-se a Pacheco e Lira.
Lula admitiu, porém, que os dois presidentes eleitos "com o apoio da bancada do PT" resolveram entrar em uma disputa de poder. Segundo Lula, uma "divergência para ver quem pode mais e quem pode menos".
O presidente, no entanto, acredita que as condições para o entendimento começaram a ser postas. E que o tempo de confinamento no avião, tanto na ida quanto na volta, ajudará a promover conversas que afinem o entendimento. "Tenho certeza que eles vão se entender", afirmou.
"Vamos esperar o primeiro teste", afirmou. "Tenho certeza de que será aprovada a reforma tributária e o arcabouço fiscal", disse ele. "Não tem nenhum projeto que seja do meu interesse pessoal. Os projetos são de interesse do país".
O tamanho e a diversidade da comitiva que vai com Lula à China relacionam-se a essa busca de entendimento, relacionada à complexidade de montagem de uma base com a diversidade de partidos e posicionamentos que existe no Brasil. "É muito difícil se pensar em um sistema de coalizão política com quantidade de partidos que existe no país", constatou o presidente.
 O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, homenageia soldado no aniversário da guerra contra a Rússia. Para especialistas, chances de mediação para a paz são remotas. Foto: Fotos Públicas[/caption]
"Vou falar com Xi-Jinping sobre paz como falei com Joe Biden", disse Lula. Desde que tomou posse, Lula levou a Biden, presidente dos Estados Unidos, e a outros líderes mundiais a proposta de criação de um grupo de países, que não estão diretamente ligados ao conflito, para que possam mediar uma saída para o fim da guerra.
"Não há justificativa para essa guerra continuar", considera Lula. Para Lula, a situação que levou à guerra envolve erros de todas as partes. "O Brasil defende a integridade territorial de qualquer nação. Por isso, não aceitamos a invasão da Ucrânia", afirmou. Por outro lado, pressões da Europa e dos Estados Unidos para que a Ucrânia entrasse na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pesaram também para que a guerra acontecesse. Na conversa com os jornalistas, Lula chegou a fazer uma proposta polêmica. Sugeriu que a Ucrânia cedesse à Rússia a região da Crimeia, que já estavam ocupados antes do início da guerra, e cedesse as regiões que conquistou depois. A Ucrânia, porém, já respondeu que não aceita ceder a Crimeia e que lutará para recuperá-la.
Lula imagina que Xi-Jinping, com o peso que tem a China, possa ajudar a mediar um acordo de paz, com a ajuda de outros países, incluindo o Brasil. "A China tem peso, o Basil tem peso. Eu acho que a Indonésia pode participar, a Índia pode participar. Vamos lá conversar com o Putin, vamos conversar com o [presidente da Ucrânia] Zelensky, vamos conversar com o [presidente dos Estados Unidos] Biden. Vamos tentar ver se encontramos um grupo de pessoas que não se conforme com a guerra. Não é necessário ter guerra".
Para Lula, dificilmente uma solução de paz sairia dos dois países que iniciaram a guerra. Daí a ideia de formação de um grupo de outros países. "A paz é mais complicada que a guerra", disse Lula. Ele comparou com a deflagração de uma greve. Muitas vezes, no calor de uma assembleia, pressionado pela audiência, um líder sindical decreta uma greve. "É mais fácil decretar do que depois parar".
Lula e sua comitiva embarcam para a China na terça-feira (11). O encontro com Xi-Jinping está previsto para a sexta-feira (14). A comitiva embarca de volta para o Brasil no sábado (15). As próximas viagens internacionais de Lula serão a Portugal e Espanha, já na semana seguinte. O presidente deverá embarcar para Portugal no dia 22 de abril e ficar na Europa até o dia 25.
 O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, homenageia soldado no aniversário da guerra contra a Rússia. Para especialistas, chances de mediação para a paz são remotas. Foto: Fotos Públicas[/caption]
"Vou falar com Xi-Jinping sobre paz como falei com Joe Biden", disse Lula. Desde que tomou posse, Lula levou a Biden, presidente dos Estados Unidos, e a outros líderes mundiais a proposta de criação de um grupo de países, que não estão diretamente ligados ao conflito, para que possam mediar uma saída para o fim da guerra.
"Não há justificativa para essa guerra continuar", considera Lula. Para Lula, a situação que levou à guerra envolve erros de todas as partes. "O Brasil defende a integridade territorial de qualquer nação. Por isso, não aceitamos a invasão da Ucrânia", afirmou. Por outro lado, pressões da Europa e dos Estados Unidos para que a Ucrânia entrasse na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pesaram também para que a guerra acontecesse. Na conversa com os jornalistas, Lula chegou a fazer uma proposta polêmica. Sugeriu que a Ucrânia cedesse à Rússia a região da Crimeia, que já estavam ocupados antes do início da guerra, e cedesse as regiões que conquistou depois. A Ucrânia, porém, já respondeu que não aceita ceder a Crimeia e que lutará para recuperá-la.
Lula imagina que Xi-Jinping, com o peso que tem a China, possa ajudar a mediar um acordo de paz, com a ajuda de outros países, incluindo o Brasil. "A China tem peso, o Basil tem peso. Eu acho que a Indonésia pode participar, a Índia pode participar. Vamos lá conversar com o Putin, vamos conversar com o [presidente da Ucrânia] Zelensky, vamos conversar com o [presidente dos Estados Unidos] Biden. Vamos tentar ver se encontramos um grupo de pessoas que não se conforme com a guerra. Não é necessário ter guerra".
Para Lula, dificilmente uma solução de paz sairia dos dois países que iniciaram a guerra. Daí a ideia de formação de um grupo de outros países. "A paz é mais complicada que a guerra", disse Lula. Ele comparou com a deflagração de uma greve. Muitas vezes, no calor de uma assembleia, pressionado pela audiência, um líder sindical decreta uma greve. "É mais fácil decretar do que depois parar".
Lula e sua comitiva embarcam para a China na terça-feira (11). O encontro com Xi-Jinping está previsto para a sexta-feira (14). A comitiva embarca de volta para o Brasil no sábado (15). As próximas viagens internacionais de Lula serão a Portugal e Espanha, já na semana seguinte. O presidente deverá embarcar para Portugal no dia 22 de abril e ficar na Europa até o dia 25.Tags
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