Alexandre de Moraes concede liberdade provisória a Valdemar

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, teve a liberdade provisória concedida neste sábado (10) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Valdemar deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, após dois dias de prisão. A decisão foi tomada por Alexandre após parecer da Procuradoria-Geral da República pela soltura, que levou em conta sua idade, 74 anos, e a ausência de grave ameaça ou violência da parte dele. O ex-deputado terá de cumprir uma série de medidas cautelares. Na noite de sexta-feira, o ministro havia convertido a prisão do político em preventiva (por tempo indeterminado) e solicitado manifestação de parecer da PGR. Os demais colaboradores do ex-presidente Jair Bolsonaro tiveram a prisão mantida. Continuam com prisão preventiva decretada o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins Garcia; o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, também ex-assessor especial; e o major Rafael Martins de Oliveira. Alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, Valdemar foi preso em flagrante na manhã de quinta-feira (8) porque a Polícia Federal encontrou uma arma sem licença de uso no apartamento dele. Horas mais tarde, a PF informou ter encontrado uma pepita de ouro de origem não comprovada com o político. O crime de usurpação mineral é inafiançável. A defesa do presidente do PL informou que a pepita era de baixo valor e que a posse não configuraria um delito. Em relação à arma, os advogados afirmaram que ela pertenceria a um parente e estaria registrada. O advogado Fabio Wajngarten, que representa a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, escreveu sobre a decisão nas redes sociais. "O presidente [nacional do PL] Valdemar acaba de ser solto decorrente de decisão do ministro Alexandre de Moraes. Teve concedida a sua liberdade provisória", postou Wajngarten na rede social X (antigo Twitter). De acordo com a decisão de Alexandre que autorizou a Tempus Veritatis, o PL de Valdemar foi instrumentalizado para atacar o sistema eleitoral em um projeto de tentativa de golpe de Estado. (Com informações da Agência Brasil) Veja a íntegra da decisão de Alexandre de Moraes Entenda a operação e como ela fecha o cerco a Bolsonaro