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A democracia voltou. O Brasil, ainda não

Os primeiros cem dias de Lula trouxeram de volta a democracia. Mas o Brasil, no sentido de um país fraterno e otimista, ainda não

Rudolfo Lago

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10/4/2023 | Atualizado às 17:29

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Lula recebe a faixa de representantes do povo brasileiro. A democracia e o diálogo com a sociedade voltaram.Foto: Thania Rego/ABr

Lula recebe a faixa de representantes do povo brasileiro. A democracia e o diálogo com a sociedade voltaram.Foto: Thania Rego/ABr
Em cem dias de governo, Lula cumpriu um terço das suas promessas de campanha. O levantamento é do G1, um veículo jornalístico, não de governo, o que torna o dado bem menos suspeito. Assim, está longe, bem longe, muito longe, de ser pouco, visto que o governo tem ainda 1.360 dias pela frente. [caption id="attachment_560203" align="alignleft" width="300"] Lula desce a rampa com os presidentes dos demais poderes e os governadores. Demonstração de apreço à democracia. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr[/caption] Na verdade, dadas as circunstâncias, está mais para uma proeza. Lula venceu a eleição mais apertada da história. Segue governando um país dividido como nunca. Com uma oposição agressiva como jamais houve igual. Pela primeira vez, Lula tem contra si uma militância. Não é mais somente Lula e o PT quem as tem. Uma oposição que tem demonstrado muito maior capacidade de utilização das novas ferramentas do mundo da internet, como mostrou recente pesquisa do Instituto Quaest. O planeta assiste à guerra entre a Rússia e a Ucrânia torcendo para que ela não seja o início de uma guerra mundial. Nuclear. Ou seja, as circunstâncias internacionais estão longe de ser como eram nos governos anteriores. E, em cem dias, um terço do que foi prometido na campanha foi cumprido. Para marcar esses 100 dias, Lula escolheu como slogan: "O Brasil voltou. Boa parte daquilo que já foi cumprido diz respeito a fazer retornar um país que esteve ameaçado pela era Jair Bolsonaro nos quatro anos anteriores. Trata-se de recuperar a preocupação com as minorias, como se viu na atenção dada ao povo Yanomami. Trata-se de trazer de volta programas sociais com reconhecimento inclusive internacional. Trata-se de trazer de volta o respeito à ciência e ao conhecimento. E trata-se especialmente de trazer de volta a democracia e o respeito às suas instituições. Duas cenas, nesse sentido, serão para sempre emblemáticas desses primeiros cem dias. A primeira, a faixa colocada em Lula por representantes da sociedade brasileira. A segunda, a descida da rampa do Palácio do Planalto após o 8 de janeiro acompanhado de todos os governadores e dos presidentes dos demais poderes. A primeira cena marca o retorno do diálogo com a sociedade. A segunda, o retorno do diálogo com as instituições. Que inclui também a imprensa, com quem Lula tem conversado seguidamente. A última delas, no café da manhã da última quinta-feira (6). Mas seria um exagero já a essa altura dizer que "o Brasil voltou". Aqui, o Brasil que se deseja: fraterno, otimista, em crescimento. Dadas todas as enormes dificuldades, esse Brasil, é claro, ainda não está de volta. As dificuldades econômicas se somam às dificuldades políticas como obstáculos para a volta de um país em crescimento, otimista. Talvez caso obtenha as aprovações da reforma tributária e do arcabouço fiscal se criem assim as condições para isso. Mas, especialmente, ainda teremos que caminhar muito, infelizmente, para trazer de volta um país fraterno, mais tolerante e solidário. As mensagens de ódio dos últimos quatro anos parecem eclodir no menino que esfaqueia a professora. Ou no homem que mata crianças de três anos a machadadas em uma creche. Nos vândalos que destruíram os três principais prédios da República brasileira no 8 de janeiro. Alguém poderá dizer que tal Brasil nunca tenha de fato existido. Existiu, sim. Se, é claro, sempre foi desigual e violento, em muitos momentos o Brasil respirou ares de otimismo. Não cultivou o ódio como princípio. Esse Brasil ainda não voltou.
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