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Trump: recriando um mundo que deveria estar esquecido

"Estou assustado com o futuro que nos espera caso ele tenha sucesso nessa empreitada, em parceria com Vladimir Putin, o ditador da Rússia".

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Luiz Carlos Mendonça de Barros

10/3/2025 9:39

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Nesta coluna para o Congresso em Foco, quero refletir, ainda de forma insegura, sobre o novo mundo que está sendo criado de maneira desordenada e violenta pelo presidente Donald Trump.

Quem acompanhou minha primeira coluna sabe que estou assustado com o futuro que nos espera caso ele tenha sucesso nessa empreitada, em parceria com Vladimir Putin, o ditador da Rússia.

Putin e Trump em encontro durante reunião do G20 em 2019

Putin e Trump em encontro durante reunião do G20 em 2019Casa Branca/Shealah Craighead

Como ressaltei anteriormente, minha geração cresceu em um arranjo geopolítico construído por líderes políticos após mais de 50 anos de guerras e destruição. Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, o mundo já estava dividido pela chamada Cortina de Ferro, que separava os blocos capitalista e comunista. Diante desse cenário, as lideranças ocidentais, sob a influência dos Estados Unidos, iniciaram um processo de reconstrução da Europa e do Japão, além de uma reestruturação política global que deu origem ao que se convencionou chamar de Mundo Livre.

Esse arcabouço político e econômico foi sendo consolidado ao longo de duas décadas, permitindo que os países encontrassem espaços de colaboração em áreas como política, economia e segurança. Essa estrutura, construída por diversas nações e líderes, garantiu uma paz duradoura por mais de 50 anos, apesar da constante ameaça de um conflito nuclear entre as superpotências.

Amparada por esse longo período de estabilidade e cooperação, a economia mundial se organizou em uma escala global, impulsionada por um arranjo institucional eficiente e colaborativo. Pela primeira vez, as fronteiras nacionais começaram a se abrir para a integração econômica, criando, pouco a pouco, cadeias de produção transnacionais.

Esse processo gerou um crescimento contínuo da renda per capita em diversos países, não apenas no chamado Primeiro Mundo, mas também em nações com realidades culturais e sociais muito distintas. Os números são impressionantes, especialmente nos países asiáticos, enquanto a América Latina registrou avanços mais tímidos. Algumas regiões, como o continente africano, permaneceram à margem desse progresso, mas o grande perdedor foi o bloco soviético, devido a suas próprias limitações ideológicas.

Em 1990, a União Soviética entrou em colapso, esmagada pelo peso de um regime autoritário e de uma economia rigidamente controlada pelo Estado. A vitória extraordinária da liberdade política e da integração econômica levou alguns analistas a declararem precipitadamente o fim da história.

No entanto, esse período de ouro está sendo ameaçado pela presença imperial de Donald Trump no comando da nação mais poderosa do mundo, justamente o país responsável pela construção desse sistema democrático e cooperativo que minha geração conheceu. Se seus projetos autoritários e demagógicos se concretizarem, veremos uma guinada de 180 graus na direção oposta aos valores que sustentaram a ordem global nas últimas décadas.

Trump parece ter mobilizado seus seguidores mais eufóricos dentro do que se tornou hoje o mundo fascista do chamado vale do Silicio para promover uma mudança radical contra os princípios que eles desprezam. Contra a abertura dos mercados e a integração produtiva global, ele propõe a construção de muros ao redor dos Estados Unidos, sustentados por uma irracional cadeia de tarifas comerciais. Contra os espaços políticos democráticos, ele ergue uma rede mafiosa de oligarcas que destroem os mecanismos de defesa da democracia, habilmente construídos por gerações de políticos comprometidos com a liberdade.

Outro de seus projetos visa desmontar todos os mecanismos de apoio aos mais pobres e menos favorecidos, que, ao longo dos anos, receberam algum tipo de auxílio administrado pelos governos centrais. Além disso, diante das evidências dos danos causados pela falta de regulamentação das redes sociais, esse grupo que hoje controla o poder político no Congresso americano defende uma liberdade irrestrita de conteúdo, sob o pretexto da defesa da liberdade de expressão.

Por conhecer os objetivos desse movimento, confesso que estou profundamente preocupado com o futuro.

O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para redacao@congressoemfoco.com.br.

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