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Proposta no Senado eleva dívida dos EUA e coloca em xeque a confiança internacional no dólar.

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Luiz Carlos Mendonça de Barros

30/6/2025 15:07

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A manchete deste domingo no New York Times - "Senate Bill Would Add at Least $3.3 Trillion to Debt, Budget Office Says" - oferece o gancho ideal para atualizar minha posição sobre os rumos da política fiscal do governo Trump, agora em seu segundo mandato.

Em minha coluna de hoje para o Congresso em Foco, reafirmo minha convicção de que a Casa Branca conquistará mais uma vitória significativa na implementação de sua agenda econômica, radicalmente heterodoxa em relação aos princípios que nortearam a política fiscal americana nas últimas décadas.

Corte de impostos e subsídios sem compensação elevam temor de crise sistêmica no sistema financeiro global.

Corte de impostos e subsídios sem compensação elevam temor de crise sistêmica no sistema financeiro global.Gabriel B Kotico/Casa Branca

O fim do Consenso de Washington?

Esses princípios, conhecidos como o Consenso de Washington, consagraram a disciplina fiscal como pilar central da estabilidade monetária internacional. Em especial, o compromisso do Tesouro americano com a estabilidade da dívida pública em relação ao PIB era visto como uma âncora de credibilidade - não apenas para os Estados Unidos, mas para todo o sistema financeiro global.

É verdade que, ao longo das últimas décadas, os EUA já vinham se distanciando dessa referência. No entanto, dois fatores atuavam como contrapeso a essa deterioração: o crescimento econômico robusto e a liderança tecnológica contínua da economia americana. Esses elementos asseguravam aos mercados uma confiança - talvez complacente demais - na sustentabilidade do dólar como moeda internacional.

Um novo salto no abismo fiscal?

O novo relatório do Congressional Budget Office (CBO) acendeu um sinal de alerta importante. A proposta legislativa atualmente em debate no Senado pode adicionar mais de US$ 3,3 trilhões à dívida federal ao longo da próxima década. A magnitude desse impacto fiscal surpreende, especialmente porque supera com folga a versão aprovada anteriormente pela Câmara dos Deputados.

A proposta inclui cortes de impostos, subsídios corporativos e aumento de gastos públicos, sem apresentar contrapartidas equivalentes em elevação de receitas ou redução de despesas. Trata-se de um salto deliberado rumo a um novo patamar de endividamento, desafiando os fundamentos tradicionais da lógica fiscal americana.

Reações do mercado e risco sistêmico

Não por acaso, os mercados internacionais de renda fixa reagiram com preocupação. A iminência de aprovação dessa proposta - uma das primeiras grandes medidas do segundo mandato de Trump - lança dúvidas sobre os rumos da política econômica americana. A combinação de inflação persistente, juros elevados e níveis recordes de endividamento torna esse movimento particularmente arriscado.

Senadores moderados, inclusive do próprio partido do governo, já expressaram desconforto. O debate promete ser intenso nas próximas semanas. Ainda assim, a tendência parece clara: a âncora fiscal está sendo solta, e o impacto disso pode ultrapassar as fronteiras dos Estados Unidos.

O que está em jogo

Estamos presenciando, em última análise, o abandono do paradigma do equilíbrio fiscal como fundamento da ordem econômica global. E isso, vindo da maior economia do planeta, carrega implicações profundas para o futuro da estabilidade financeira internacional.

A escalada da dívida pública americana

Evolução do volume de títulos públicos emitidos pelo Tesouro dos EUA em circulação nos mercados domésticos e internacionais (2010-2025).

Evolução do volume de títulos públicos emitidos pelo Tesouro dos EUA em circulação nos mercados domésticos e internacionais (2010-2025).


O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].

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