Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Colunas >
  3. Elefante oculto - preferimos tratar da eliminação de direitos e da ... | Congresso em Foco

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News
LEIA TAMBÉM

Pedro Valls Feu Rosa

Direito criminal e prisão domiciliar

Pedro Valls Feu Rosa

Hora de usar a ciência contra a criminalidade

Pedro Valls Feu Rosa

O que aconteceu, Brasil?

Pedro Valls Feu Rosa

Vivemos o fim do mundo livre?

Pedro Valls Feu Rosa

A quantas anda a Justiça dos homens?

Elefante oculto - preferimos tratar da eliminação de direitos e da implantação de reformas

Pedro Valls Feu Rosa

Pedro Valls Feu Rosa

8/7/2017 | Atualizado 10/10/2021 às 16:40

A-A+
COMPARTILHE ESTA COLUNA

"Não temos percebido que nosso povo vive menos e pior por conta de uma queda na qualidade dos serviços públicos"
Dizem alguns ser muito fácil ocultar-se um elefante em uma plantação de morangos - bastaria pintar as unhas dele de Vermelho. Deve ser verdade, considerada a imensa quantidade de vezes que ficamos concentrados nos detalhes da vida nacional, em detrimento de uma visão mais ampla. Vamos a um exemplo: nos idos de 1995, a dívida pública do Brasil ficava em 61 bilhões de Reais. Em 2007, já estava alcançando 1,3 trilhão de Reais. Chegou, em 2016, a espantosos 3,1 trilhões de Reais. E li, em publicação oficial recente, que ela já alcança 4,19 trilhões. [caption id="attachment_300712" align="alignright" width="300" caption=""Não temos percebido que nosso povo vive menos e pior por conta de uma queda na qualidade dos serviços públicos""][fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]Qual a consequência disso? Nos idos de 2006, quando a dívida era bem menor, fiz a seguinte conta: os recursos destinados no orçamento nacional para custear a Previdência Social, a Assistência Social, a Saúde, a Educação, o Trabalho, a Reforma Agrária, a Segurança Pública, o Urbanismo, a Habitação, os Direitos da Cidadania, o Desporto e Lazer, a Cultura e até o Saneamento, somados, davam R$ 317 bilhões - R$ 7,9 bilhões a menos do pagamos a título de juros naquele ano (R$ 325 bilhões).   Naqueles dias, calculava-se que 30% dos impostos pagos pelos brasileiros eram destinados ao pagamento de juros - desconsiderada a emissão de novos títulos para a denominada "rolagem". Perceba a extensão deste quadro: em um único ano (2008, quando a dívida pública era bem menor) o Brasil pagou de juros 5,35 vezes o que distribuiu aos seus famintos, via o "Bolsa-Família", nos cinco anos anteriores. Avanço um pouco no tempo e chego a 2013, quando um relatório do FMI mostrou o gasto do Brasil com juros da dívida pública como o terceiro maior do mundo. A despesa brasileira, na época equivalente a 5,7% da renda nacional, só perdia para a da Grécia, mergulhada em séria crise financeira, e a do Líbano, vivendo um quadro de guerra civil. Recordo que daquela época para cá nossa dívida aumentou bastante! Porém, pouco se discute este tema - preferimos tratar da eliminação de direitos e da implantação de reformas, ou seja, das unhas do elefante. Não temos percebido que nosso povo vive menos e pior por conta de uma queda na qualidade dos serviços públicos causada, em última análise, pela ânsia no gerar de um tal "superavit primário", meio legal para pagar mais e mais juros. Eis aí o elefante do cenário - este sim, merecedor de profundo debate. Leia outros artigos de Pedro Valls Feu Rosa
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

Saúde educação economia brasileira economia dívida pública FMI crise brasileira

Temas

Reportagem Colunistas
COLUNAS MAIS LIDAS
1

Fascismo 4.0

Democracia indiferente e fascismo pós-algoritmos

2

Comunicação e justiça

Liberdade de acesso à informação ou palanque midiático?

3

Política ambiental

Política ambiental: desmonte, reconstrução e o papel do Congresso

4

Intolerância

Quando se ataca um povo, fere-se toda a humanidade

5

Polarização online

A democracia em julgamento: o caso Zambelli, dos feeds ao tribunal

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES