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Da invasão ao tapa, um resumo de 2023

OPINIÃO: Uma retrospectiva de 2023 e um desejo para 2024. Por Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

Rudolfo Lago

21/12/2023 15:09

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Congresso Nacional em 8 de janeiro, dia da invasão por manifestantes de extrema-direita. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Congresso Nacional em 8 de janeiro, dia da invasão por manifestantes de extrema-direita. Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
No dia 1º de janeiro, o presidente Lula subiu a rampa acompanhado do cacique Raoni, do menino Francisco, do professor Murilo, da vigilante Jucimara, do metalúrgico Wesley, da catadora Aline e do influenciador da inclusão Ivan. Oito dias depois, os três principais prédios da República brasileira foram invadidos e depredados por uma horda de alucinados extremistas. Um homem chegou a defecar em cima de uma mesa. Obras de arte de valor inestimável foram destruídas. No dia 20 de dezembro, o Congresso Nacional reuniu-se para promulgar a reforma tributária, uma mudança ansiada há 40 anos. Os três poderes da República reunidos: os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto no alto do plenário os três poderes se reuniam, em baixo parlamentares aplaudiam e vaiavam Lula. Uns o chamavam de "guerreiro do povo brasileiro", outros de "ladrão". No meio da confusão, o deputado Washington Quaquá (PT-RJ) chamou o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) de "viadinho" e estalou um tapa na cara do deputado Messias Donato (Republicanos-MG). Esses episódios que inauguram e fecham o ano fazem um preocupante resumo de 2023. Durante todo o tempo, houve importantes esforços de reconciliação nacional. Durante todo o tempo, porém, em diversos momentos esses esforços foram rechaçados com atos de violência. E uma polarização infantil que insiste em seguir como sombra incômoda sobre a nossa realidade. As pesquisas mais recentes Datafolha e Genial Quaest reforçam esse caminho da polarização. A quase totalidade dos eleitores que votaram em Lula em 2022 não se arrependem dos seus votos. Da mesma forma, a quase totalidade daqueles que votaram em Jair Bolsonaro. E aqui não vai nenhuma insinuação nem de um lado nem de outro de que deveriam ou não se arrepender. Tão somente a consolidação dos humores um ano após uma eleição na qual o vencedor conquistou o mandato com uma diferença de um ponto percentual apenas do derrotado. Segundo a Genial/Quaest, o governo Lula tem 36% de avaliação positiva e 29% de avaliação negativa. Os que consideram regular são 32%. Se hoje Lula tem um percentual a seu favor superior ao daqueles que o abominam, esse percentual menor segue barulhento, e por vezes violento. E a massa equivalente que considera o governo regular pouco se manifesta. Parecemos seguir um tempo de disputa política extremada, simplificada, violenta, tola, ingênua na simplificação rasa dos seus argumentos. Um tempo cunhado pelo ambiente das redes sociais. Que estimula que qualquer opinião seja mesmo extremada, simplificada, violenta, tola, ingênua na simplificação rasa dos seus argumentos. Não apenas aqui, mas, pelo visto no planeta inteiro. O povo argentino que elegeu Javier Milei já protesta nas ruas. Porque não há mesmo solução mágica para nada. Muito menos extremada. Que 2024 não siga entre invasões, defecações e tapas na cara.
O texto acima expressa a visão de quem o assina, não necessariamente do Congresso em Foco. Se você quer publicar algo sobre o mesmo tema, mas com um diferente ponto de vista, envie sua sugestão de texto para [email protected].
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Lula Congresso Nacional 8 de janeiro retrospectiva 2023

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